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Análise: Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics

Duvido você falar o golpe do Wolverine corretamente

Crossovers entre grandes franquias de jogos são comuns atualmente, mas há três décadas, a ideia era praticamente inconcebível. Imagine a surpresa dos jogadores ao verem os icônicos personagens da Capcom enfrentando os lendários heróis da Marvel. Foi essa visão ousada que deu origem a uma das mais aclamadas séries de jogos de luta.

Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics reúne sete títulos clássicos que celebram essa parceria improvável. Esta coletânea não apenas homenageia uma franquia que marcou gerações, mas também oferece aos jogadores a oportunidade de reviver ou descobrir pela primeira vez esses marcos da história dos videogames.

Nesta análise, mergulharemos profundamente nesta coleção para determinar se ela vale o investimento, seja para os fãs nostálgicos ou para os novatos curiosos. Nos acompanhe nesta jornada pelos universos combinados da Marvel e da Capcom.

Um tesouro para os fãs de jogos de luta

Em 1995, a ideia de um Hadouken enfrentando um Optic Blast parecia ficção científica. Contudo, apenas um ano depois, esse sonho tornou-se realidade com X-Men vs. Street Fighter, o primeiro crossover que uniu os mutantes da Marvel aos icônicos lutadores da Capcom. Este marco inaugurou uma parceria duradoura e lucrativa, que se estendeu até o controverso Marvel vs. Capcom Infinite.

Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics oferece um tesouro de sete títulos lendários, incluindo X-Men: Children of the Atom, Marvel Super Heroes, X-Men vs. Street Fighter, Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes, Marvel vs. Capcom 2 e The Punisher. A coletânea apresenta seis jogos de luta clássicos, complementados por The Punisher, um beat ’em up que adiciona variedade à seleção. Todos os sete títulos receberam melhorias significativas, elevando a experiência.

Os jogos de luta foram otimizados para suportar resolução 4K, preservando a estética pixel art original, mas com cores mais vibrantes e áudio cristalino. Além disso, a adição de lobbies online para até 9 jogadores permite batalhas épicas de multiplayer. Uma nova função “um botão” simplifica a execução de golpes EX, tornando os jogos mais acessíveis aos novatos.

The Punisher, por sua vez, além das melhorias audiovisuais, ganha a opção de cooperativo online, permitindo que você e um amigo enfrentem os inimigos juntos. A interface da coletânea também foi aprimorada, oferecendo recursos ausentes nos jogos originais. Agora é possível consultar a lista de golpes in-game, salvar o progresso a qualquer momento e alternar livremente entre os títulos. Essas adições modernizam a experiência, tornando-a mais conveniente e agradável para os jogadores contemporâneos.

análise Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics

Era dos jogos de luta da Marvel

Analisando individualmente cada título da coleção, começamos com X-Men: Children of the Atom, um jogo de luta que reúne os principais integrantes do grupo de mutantes e seus antagonistas. Com sua estética característica dos anos 90, o jogo oferece um elenco diversificado de heróis como Ciclope, Wolverine, Homem de Gelo, Psylocke e Tempestade. Do lado dos vilões, temos o imponente Sentinela, a ágil Spiral, o temível Omega Red e o habilidoso Samurai de Prata.

Como surpresa adicional, Akuma, de Street Fighter, faz uma aparição como personagem bônus. A coletânea vai além, introduzindo Fanático e Magneto como personagens jogáveis, enriquecendo ainda mais o roster.

A jogabilidade de X-Men: Children of the Atom pode inicialmente surpreender (não positivamente) os novatos, especialmente devido à movimentação peculiar dos personagens. No entanto, após a adaptação inicial, o jogo proporciona uma experiência divertida e desafiadora, principalmente ao enfrentar o Sentinela.

Na sequência, temos Marvel Super Heroes, que já prenuncia elementos dos futuros crossovers com Street Fighter e outros títulos da Capcom. Embora o foco nos X-Men seja reduzido, com apenas Psylocke e Magneto presentes, o jogo expande o universo Marvel com a inclusão de ícones como Hulk, Homem de Ferro, Capitão América e Homem-Aranha. Vilões como Blackheart, Shuma-Gorath e Fanático completam o elenco original.

Como bônus especial, a coletânea permite que os jogadores desbloqueiem personagens anteriormente secretos, como Thanos, Anita e o Doutor Destino.

A chegada de Street Fighter

O verdadeiro marco da série ocorreu com X-Men vs. Street Fighter, o primeiro crossover oficial que revolucionou o gênero ao introduzir batalhas 2 vs. 2. Este título expandiu significativamente o elenco de personagens em comparação com seus predecessores.

Embora X-Men vs. Street Fighter não tenha recebido personagens secretos adicionais nesta coletânea, sua qualidade permanece intacta. O jogo mantém-se como uma experiência de luta excepcional, com um elenco cuidadosamente selecionado e uma jogabilidade que agrada tanto aos fãs de X-Men quanto aos entusiastas de Street Fighter.

Na sequência cronológica, temos Marvel Super Heroes vs. Street Fighter, que eleva ainda mais o patamar da série. Este título traz uma novidade na coletânea: o lendário Cyber-Akuma como personagem jogável, uma adição que não estava presente na versão arcade original. Além disso, a coletânea oferece a opção de jogar a versão japonesa do game, permitindo aos jogadores acessarem o excêntrico e exclusivo personagem Norimaro.

Marvel Super Heroes vs. Street Fighter também se destacou por introduzir versões alternativas fascinantes de personagens já conhecidos. Essas variações incluem o Homem-Aranha com armadura, o Agente Americano (uma versão alternativa do Capitão América), Mephisto, Dark Sakura, Mech-Zangief e o Shadow.

Enfim Marvel vs Capcom

Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes destaca-se como o título mais popular da coletânea, em grande parte devido à sua ampla acessibilidade após o lançamento no icônico PlayStation 1. Este capítulo da série apresenta um elenco diversificado e equilibrado, reunindo personagens emblemáticos de ambos os universos. Jogadores podem escolher entre figuras lendárias como Mega Man, Morrigan, Venom e War Machine – este último substituindo o Homem de Ferro.

Embora a versão presente na coletânea não adicione novos personagens, ela mantém as variações clássicas que tornaram o jogo original tão apreciado. Lutadores alternativos como o High Speed Venom e a Shadow Lady continuam presentes.

O ápice da série, Marvel vs. Capcom 2, lançado originalmente em 2000, fecha a coletânea com chave de ouro. Este título impressiona com seu extenso elenco de 56 lutadores – superando seus sucessores Marvel vs. Capcom 3 e Infinite em 20 personagens a mais.

Marvel vs. Capcom 2 também inovou ao introduzir o sistema de combate 3 vs. 3, uma mecânica que se tornaria marca registrada da série nos títulos subsequentes. Esta mudança não apenas expandiu as possibilidades táticas, mas também intensificou a dinâmica das partidas, solidificando o jogo como um dos mais queridos entre os fãs de jogos de luta.

Desempenho

Devido ao acesso antecipado à coletânea, não foi possível avaliar completamente a experiência online. No entanto, os desenvolvedores prometem um netcode robusto, visando proporcionar batalhas fluidas e responsivas para os jogadores.

Um destaque adicional é a implementação do modo multiplayer em The Punisher. Esta nova funcionalidade permite que dois jogadores cooperem na campanha, com um controlando o protagonista Frank Castle e o outro assumindo o papel do lendário espião Nick Fury.

Em termos de desempenho geral, a maioria dos jogos da coletânea funciona de maneira exemplar. Contudo, Marvel Super Heroes apresentou uma anomalia notável, com quedas de velocidade perceptíveis durante a jogabilidade, resultando em combates menos fluidos. Embora preocupante, é provável que este problema seja solucionado através de uma atualização pós-lançamento.

The Punisher emerge como o destaque da coleção em termos de fluidez e otimização. O jogo roda de forma excepcionalmente suave, superando as expectativas para um título dos anos 90. Além do desempenho técnico, The Punisher impressiona por ter envelhecido graciosamente em termos de jogabilidade, nível de desafio e diversão geral. Sua campanha de seis capítulos oferece uma experiência envolvente e satisfatória, reafirmando seu status como um clássico atemporal do gênero beat ’em up.

Conclusão da análise de Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics

Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics apresenta-se como uma antologia notável, reunindo uma seleção de jogos que marcaram a história da parceria Marvel-Capcom. Esta coletânea tem o potencial de agradar tanto aos fãs veteranos quanto aos recém-chegados ao gênero de jogos de luta.

Embora cada título da coleção mantenha sua qualidade, é importante notar que alguns jogos, especialmente X-Men: Children of the Atom e Marvel Super Heroes, podem inicialmente parecer datados em termos de jogabilidade. No entanto, essa impressão inicial é rapidamente superada após algumas partidas, à medida que o jogador se familiariza com as mecânicas de cada jogo.

A inclusão de The Punisher como um beat ’em up clássico adiciona uma diversidade bem-vinda à coletânea, oferecendo uma experiência de jogo distinta e igualmente cativante.

Para concluir, Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics cumpre com maestria seu objetivo de revitalizar estes clássicos atemporais. A coletânea não apenas preserva a essência nostálgica dos jogos originais, mas também os atualiza. Seja para reviver memórias ou criar novas, esta coleção oferece uma jornada fascinante através da evolução dos jogos de luta, solidificando seu lugar como um item essencial para os fãs do gênero e fãs da Marvel e Capcom.

A análise de Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Uma coleção obrigatória

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 9
Conteúdo - 10

9.4

Excelente

Marvel vs. Capcom Fighting Collection: Arcade Classics reúne clássicos dos jogos de luta e entrega eles em seu auge, trazendo também personagens jogáveis totalmente inéditos para ampliar ainda mais a experiência.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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