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Análise: Nikoderiko – The Magical World

Um compilado de referências em forma de jogo.

Nikoderiko: The Magical World é uma carta de amor aos clássicos jogos de plataforma dos anos 90 (e alguns um pouco mais recentes), capturando o charme e a simplicidade daqueles títulos icônicos e oferecendo uma experiência divertida e acessível para todas as idades.

Desenvolvido pela VEA Games, o jogo coloca os jogadores no papel de Niko ou Luna, duas “mangostas” que precisam se aventurar em sete mundos diferentes para recuperar um artefato mágico e salvar sua ilha do vilão Grimbald. Embora não traga muitas inovações para uma narrativa do gênero, o jogo se destaca pela execução sólida e por proporcionar uma dose de nostalgia com uma roupagem moderna.

Narrativa

A história de Nikoderiko é simples e direta, centrada na missão de Niko e Luna de resgatar um artefato perdido que mantém a paz na ilha onde vivem. O enredo serve mais como um pequeno contexto para justificar a progressão de fases e os confrontos com os chefes, mantendo o tom leve e familiar. Os personagens principais, embora não sejam profundos, são cativantes e carismáticos, o que ajuda a criar uma conexão com o jogador desde os primeiros minutos de jogo. Um dos fatores que contribuem muito para isso é a ótima localização para português nas legendas.

A ambientação é bem trabalhada, com cada um dos sete mundos oferecendo um tema distinto, que varia de florestas tropicais a paisagens congeladas e mundos de lava. Cada área introduz elementos narrativos e visuais que refletem a temática do cenário, o que ajuda a manter a experiência envolvente e evita a repetição. No entanto, apesar do charme, a narrativa segue um padrão bastante previsível, e o vilão Grimbald acaba por ser um antagonista genérico, sem grandes motivações que o tornem memorável e aparecendo relativamente pouco antes dos momentos finais do jogo.

Qualidade gráfica e pontos fortes

Visualmente, Nikoderiko é bem colorido, lembrando muito os desenhos animados da nossa infância (meio Marsupilami). Os cenários são ricos em detalhes e repletos de elementos vibrantes que conferem vida ao mundo do jogo. A direção de arte faz um bom trabalho ao alternar entre tons mais alegres e outros mais sombrios, dependendo do cenário. No entanto, é difícil ignorar as semelhanças estéticas com outras franquias, como Donkey Kong Country, o que pode passar uma sensação de falta de identidade própria.

Um dos aspectos mais interessantes da jogabilidade é o sistema de colecionáveis e objetivos em cada fase. Seguindo uma abordagem similar a Donkey Kong, o jogador precisa encontrar letras para formar a palavra “Niko” e descobrir joias escondidas em áreas secretas. Os itens coletados podem ser trocados por baús de recompensas, que oferecem desde skins e músicas até a opção de comprar e invocar montarias em qualquer lugar da fase.

A trilha sonora, composta por David Wise, é um dos destaques do jogo, trazendo melodias cativantes que remetem aos tempos áureos dos jogos de plataforma. Cada faixa musical se adapta perfeitamente ao ambiente do momento, criando uma atmosfera imersiva e proporcionando uma experiência auditiva prazerosa. Os efeitos sonoros são satisfatórios, com o uso criativo do DualSense no PS5 para adicionar feedback tátil e áudio ao coletar itens, mas para por aí.

Como dito anteriormente, você verá muito de outros jogos em Nikoderiko. As moedas do jogo e como elas se movimentam lembram Rayman, muita coisa lembra Donkey Kong (principalmente o mais recente DKC Returns), e temos mudança da plataforma lateral para a 3D constantemente como em Crash Bandicoot.

Pequenos problemas fazem Nikoderiko não ser melhor

Em termos de desempenho, Nikoderiko entrega uma experiência fluida na maior parte do tempo, com taxas de quadros consistentes e sem quedas notáveis, mesmo em momentos mais caóticos. O jogo possui tempos de carregamento rápidos e transições suaves entre os níveis mas, estranhamente, não em todos os momentos. As animações são bem feitas mas parecem rodar uma resolução muito mais baixa que o jogo em si (como se fosse a animação de um jogo remaster).

Além de problemas de performance, o jogo também peca em alguns pontos de checkpoint muito distantes um do outro e que podem aparecer logo antes de barris de fase bônus. Ou seja, caso você perca uma vida, tem sempre que refazer a fase bônus, quebrando o ritmo do jogo.

Conclusão

Nikoderiko: The Magical World é um jogo que cumpre o que promete: diversão acessível e nostálgica em um formato de plataforma 2D. Com uma direção artística encantadora e uma trilha sonora que agrada, o jogo é indicado tanto para veteranos do gênero quanto novatos. Apesar de não trazer inovações, a execução bem-feita e o respeito às suas influências clássicas fazem dele uma excelente opção para quem procura reviver a era de ouro dos jogos de plataforma.

No entanto, a falta de originalidade e alguns problemas na curva de dificuldade impedem o jogo de atingir um patamar mais alto. Ainda assim, com uma nota de 8.5/10, Nikoderiko se destaca como uma das melhores opções do ano para os fãs de plataformas, oferecendo uma experiência divertida e envolvente que vale a pena conferir.

Essa análise/review de Nikoderiko segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

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Um mix de homenagem e suspiro ao gênero

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8

8.3

Ótimo

Com fases coloridas, chefes memoráveis e uma trilha sonora envolvente, Nikoderiko é ideal tanto para veteranos que cresceram jogando plataformas 2D quanto para uma nova geração de jogadores. O jogo oferece uma boa mistura de nostalgia e modernidade, equilibrando momentos tradicionais que garantem diversão para toda a família. Apesar de alguns tropeços, o jogo se sustenta bem como um dos destaques do ano no gênero.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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