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Análise: Power Rangers Rita’s Rewind

É hora de morfar!

Os Power Rangers estão de volta com Power Rangers Rita’s Rewind, um título repleto de nostalgia e surpresas. Embora sua premissa inicial seja de um clássico beat’em up, Power Rangers Rita’s Rewind surpreende ao oferecer mecânicas mais elaboradas e diversas homenagens, tanto ao universo dos Power Rangers quanto ao mundo dos games como um todo.

Infelizmente, o título ainda não conta com localização para o português brasileiro, mas para os fãs da franquia e do gênero, vale a pena conferir como esta reinterpretação se sai. Acompanhe nossa análise de Power Rangers Rita’s Rewind para saber todos os detalhes!

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Power Rangers Rita’s Rewind é uma homenagem a franquia

A trama de Power Rangers Rita’s Rewind entrega uma história inédita, mas enraizada na nostalgia, ao ponto de poder ser considerada canônica. O enredo se passa após o episódio comemorativo da Netflix, onde somos apresentados à Rita Robô. Derrotada pelos Rangers nesse episódio, Rita Robô viaja no tempo para encontrar sua contraparte original, a icônica Rita Repulsa, logo no início da formação dos primeiros Power Rangers escolhidos por Zordon.

Esse encontro entre as duas Ritas desencadeia uma nova tentativa de dominação mundial, e cabe aos Rangers clássicos – Billy, Zack, Kimberly, Trini e Jason – enfrentarem essa dupla ameaça. A história se desenrola por meio de diálogos, mas, infelizmente, Power Rangers Rita’s Rewind não oferece localização em português brasileiro, o que pode limitar a experiência para alguns jogadores.

Ainda assim, Power Rangers Rita’s Rewind presta uma grande homenagem à franquia, trazendo referências a inimigos clássicos como Goldar e os Patrulheiros de Massa, além de momentos icônicos que os fãs reconhecerão instantaneamente. A narrativa é complementada por uma estética retrô que reforça o tom nostálgico.

Entre as fases, o jogo oferece momentos descontraídos no bar de sucos da escola dos Rangers, onde os jogadores podem interagir com personagens desbloqueados. Esse espaço também serve para a dupla cômica Bulk e Skull roubarem a cena com suas histórias exageradas e divertidas, que adicionam o humor característico da dupla.

Embora a história não seja inovadora, ela cumpre bem seu papel dentro do universo dos Power Rangers, sendo um prato cheio para os fãs que desejam reviver a essência da série.

Ambientação com muita nostalgia

Quando falamos dos aspectos visuais e sonoros de Power Rangers Rita’s Rewind, encontramos uma mistura de altos e baixos. O jogo acerta em cheio na nostalgia, mas deixa a desejar em alguns pontos técnicos.

O maior destaque de Rita’s Rewind está em sua estética retrô. O jogo abraça a simplicidade dos beat’em ups dos anos 90, replicando a experiência de jogar títulos clássicos da franquia que fizeram sucesso naquela década. Os gráficos, embora simples, são extremamente funcionais e repletos de charme.

Como um toque especial, o jogo oferece a possibilidade de adicionar scanlines para simular a aparência de monitores antigos. São três ou quatro opções de scanlines disponíveis, além da opção de jogar com a imagem “limpa.” Para quem aprecia a nostalgia, como foi meu caso, jogar com scanlines ativa um sentimento de voltar no tempo.

Outro ponto interessante de Power Rangers Rita’s Rewind é a variação visual durante certas fases. Quando o jogador controla os Zords, as motos ou o Megazord, o jogo muda para uma perspectiva 3D arcaica, típica dos primeiros jogos poligonais dos anos 90. Essa transição, embora traga animações mais rígidas e menos refinadas, cumpre seu papel de homenagear a era inicial dos gráficos vetorizados.

E enquanto os visuais entregam uma experiência satisfatória, o mesmo não pode ser dito do design sonoro. O primeiro ponto negativo é a ausência de dublagem para os personagens. Apesar dos diálogos escritos cumprirem sua função, ter as vozes icônicas dos Rangers teria adicionado um toque extra de autenticidade e imersão ao jogo.

Além disso, os efeitos sonoros e as músicas deixam a desejar. As faixas musicais, embora remetam ao estilo da franquia, são curtas e extremamente repetitivas, o que acaba se tornando cansativo após algum tempo de jogo. Essa falta de variedade compromete a experiência sonora, tirando parte do brilho do que poderia ser um pacote completo de nostalgia.

Power Rangers Rita’s Rewind – O Beat’em Up Clássico

A principal mecânica de Power Rangers Rita’s Rewind é, sem dúvidas, o beat’em up, que segue a proposta tradicional do gênero e se apresenta como o coração do jogo. Aqui, o título busca capturar a essência dos jogos da velha escola, focando em uma jogabilidade simples e nostálgica, mas sem deixar de lado os desafios.

Desde o início, os jogadores têm acesso ao conjunto completo de habilidades dos Rangers, sem necessidade de desbloquear poderes ou evoluir habilidades ao longo da campanha. Isso inclui:

  • Movimentação lateral clássica;
  • Pulos e pulo duplo;
  • Golpes como chutes laterais e diagonais;
  • Um impacto poderoso no chão ao pular;
  • Coleta de itens colecionáveis e power-ups durante as fases, como invencibilidade temporária ou a ativação de um especial que atinge todos os inimigos na tela.

Embora o sistema seja direto, a simplicidade cumpre bem sua função. No entanto, é importante destacar que Power Rangers Rita’s Rewind opta por uma jogabilidade mais lenta e cadenciada, o que pode não agradar jogadores acostumados com a fluidez dos beat’em ups modernos. Ainda assim, a proposta de resgatar a essência dos clássicos é executada com competência.

Já os combates são desafiadores, com inimigos que exigem atenção e precisão para serem derrotados. O jogo também incorpora um sistema de “dodge” que concede invencibilidade temporária, o que se torna essencial para evitar golpes mais pesados. O aprendizado dos padrões de ataque dos inimigos e chefes é parte central da progressão, tornando cada vitória uma recompensa pela paciência e prática.

É importante ressaltar a variedade e padrões desses chefes e as lutas que mudam constantemente a cada nova fase. Os novos, padrões, poderes e até perspectivas, fará com que tenha que se readaptar constantemente.

Por fim, embora o gameplay funcione bem no geral, há um ponto que pode decepcionar alguns fãs: a falta de diferenças significativas entre os Rangers. Apesar de cada personagem ter sua cor característica e animações próprias, todos compartilham o mesmo conjunto de habilidades e atributos. Seria interessante ver variações individuais, como diferentes níveis de força, velocidade ou técnicas específicas, o que agregaria mais profundidade ao gameplay e incentivaria a experimentação entre os personagens.

Rebobinando o tempo

Um aspecto interessante de Power Rangers: Rita’s Rewind é como o conceito de viagem no tempo é incorporado de forma criativa ao gameplay. Como mencionado, a Rita Robô volta no tempo para se aliar à Rita Repulsa, e juntas elas começam a coletar cristais do tempo para executar seus planos. Esse elemento não é apenas narrativo, mas também afeta diretamente o gameplay, especialmente nas fases de beat’em up.

Diversas vezes, o jogador se depara com torres protegidas por esses cristais do tempo. O objetivo é simples, mas desafiador: destruir o cristal dentro de um limite de tempo. Caso o jogador não consiga, a fase “rebobina”, retornando para uma parte anterior do gameplay. Esse sistema cria uma dinâmica de loop temporal que traz um senso de urgência e diferencia o jogo de outros beat’em ups tradicionais. É uma adição criativa que se alinha bem com o tema da viagem no tempo, sem deixar de ser divertida e desafiadora.

Power Rangers Rita’s Rewind – Motos e Zords

Além do clássico beat’em up, Power Rangers Rita’s Rewind surpreende ao incluir segmentos variados de gameplay que trazem frescor à experiência, misturando mecânicas de direção e tiro ao estilo shoot’em up. Essas partes aparecem entre as fases principais e introduzem uma dinâmica diferenciada que complementa bem o ritmo do jogo.

Os jogadores têm a oportunidade de pilotar motos e Zords em diversas fases, em momentos onde a narrativa justifica a transição de gameplay. Seja perseguindo inimigos, enfrentando ondas de ataques ou destruindo alvos específicos, essas sequências oferecem uma quebra na repetitividade do beat’em up.

Embora cada Ranger tenha seu próprio Zord, a única diferença está no visual (skins). Não há variação de habilidades ou atributos específicos entre os veículos, o que poderia ter sido uma oportunidade para adicionar mais profundidade ao gameplay.

A mecânica é claramente inspirada por clássicos do gênero shoot’em up, oferecendo uma boa dose de nostalgia. A jogabilidade rápida e focada em reflexos exige atenção e precisão, especialmente nos momentos mais caóticos, onde inimigos e obstáculos aparecem em grande quantidade.

Power Rangers Rita’s Rewind – Lutas Clássicas com o Megazord

As batalhas com o Megazord são um dos pontos altos de Power Rangers: Rita’s Rewind, recriando os momentos clássicos da série em que os Rangers enfrentam monstros gigantes. Como esperado, após o inimigo ser ampliado pelo cetro mágico da Rita, os Rangers se reúnem para formar o poderoso Megazord, e o jogo assume um estilo de gameplay totalmente novo.

Aqui, o jogador controla o Megazord te colocando dentro da cabine do gigantesco mecha, onde a principal mecânica envolve esquivar de ataques inimigos – sejam projéteis disparados de longe ou investidas físicas. O objetivo inicial é se aproximar do monstro, o que exige precisão no timing das esquivas. Ao encurtar a distância, o combate muda para uma sequência de golpes alternados entre o braço esquerdo e o direito do Megazord, permitindo causar dano significativo ao adversário enquanto uma barra de energia especial é carregada.

Quando essa barra atinge o máximo, o jogador pode ativar o golpe final utilizando a icônica espada do Megazord para derrotar o monstro, em uma sequência que recria o clímax dos episódios do seriado. Além da mecânica simples, mas eficiente, as animações enriquecem a experiência, mostrando os Rangers reagindo aos impactos dentro da cabine do Megazord.

Cada batalha de Megazord serve como um encerramento para as fases de Power Rangers Rita’s Rewind, oferecendo um ritmo envolvente que mantém o jogador imerso na ação e na homenagem ao universo Power Rangers.

Conclusão

Power Rangers: Rita’s Rewind é um verdadeiro presente para os fãs da franquia e do gênero beat’em up. Ele abraça com excelência a nostalgia, trazendo uma jogabilidade que remete diretamente aos clássicos da era 16-bits, com uma pegada mais técnica e deliberada. Embora não tenha a fluidez moderna de títulos como Streets of Rage 4 ou Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge, sua abordagem mais “pesada” funciona muito bem dentro da proposta de ser uma homenagem tanto à série quanto aos primeiros jogos de Power Rangers.

O destaque vai para a possibilidade de reunir os amigos e formar a equipe completa, enfrentando hordas de inimigos e revivendo as batalhas épicas da série. O grande ponto que deixa a desejar é a trilha sonora, que carece de variação e acaba se tornando repetitiva com o tempo.

Adicionalmente, é necessário falar que existe em Power Rangers Rita’s Rewind alguns pontos com queda de frames inexplicáveis. Existe um day one patch programado e esperamos que ele conserte essa queda de frames que incomoda quando há muitos personagens e efeitos acontecendo na tela.

No geral, Power Rangers Rita’s Rewind é um jogo sólido e divertido, recomendado especialmente para fãs da franquia e para quem aprecia um bom beat’em up com uma dose de nostalgia.

Essa análise/review de Power Rangers: Rita’s Rewind segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Uma clássica e sólida experiência

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 6

7.8

Bom

Power Rangers Rita's Rewind é um jogo sólido e divertido, recomendado especialmente para fãs da franquia e para quem aprecia um bom beat'em up com uma dose de nostalgia.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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