Análise: Ys Memoire: The Oath in Felghana

Enquanto a franquia Ys celebra o recente lançamento de seu décimo título cronológico, nossa análise se volta para um importante remaster. Ys Memoire: The Oath in Felghana, originalmente lançado para PC no Japão em 2005 e posteriormente no Ocidente em 2010 para PSP, é uma reimaginação do clássico Ys III: Wanderers from Ys de 1989.

Esta nova versão representa a terceira iteração de Ys III, trazendo pela primeira vez dublagem completa para todos os personagens, além de diversas outras melhorias significativas. Venha descobrir o que esta nova edição tem a oferecer.

Relembrando uma das batalhas mais difíceis de Adol

Em Ys Memoire: The Oath in Felghana, embarcamos em mais uma aventura de Adol Christin que, como de costume, inicia sua jornada no mar, navegando ao lado de seu companheiro Dogi. Ao aportarem em uma ilha, são surpreendidos por gritos de socorro, levando Adol a correr em auxílio de uma jovem que está sendo atacada por monstros. Após resgatá-la, descobrem que a moça é uma antiga amiga de infância de Dogi, e que aquela ilha abriga sua cidade natal.

O que deveria ser apenas uma pausa nostálgica para descanso na terra natal de Dogi transforma-se em uma missão de proporções continentais. O grupo descobre a existência de quatro estatuetas místicas, objetos de desejo de um rei tirânico que planeja usá-las para dominar todo o continente. Diante dessa ameaça, Adol assume a responsabilidade de frustrar os planos do monarca.

A narrativa se desenvolve em um ritmo ágil e envolvente, livre de diálogos supérfluos, mantendo o jogador constantemente interessado nos desdobramentos da trama. Os personagens principais são construídos com profundidade e carisma, com destaque especial para o desenvolvimento de Dogi, que finalmente transcende seu papel habitual de mero personagem secundário, ganhando uma história própria e mais complexa.

Batalha acelerada, inúmeros inimigos e desafios

Ys Memoire: The Oath in Felghana mantém o estilo clássico da franquia, característico até Ys: Memories of Celceta, apresentando uma perspectiva superior e combates em tempo real contra os inimigos. Seguindo a estrutura original de Ys III, o jogo apresenta Adol como único personagem controlável – uma escolha que se prova certa, pois sua jogabilidade dinâmica, combinada com uma duração aproximada de 12 horas, mantém a experiência sempre envolvente.

O sistema de combate é elegantemente simples e eficaz: um botão para ataques básicos, outro para saltos e um terceiro para executar habilidades especiais obtidas através de artefatos místicos – como projéteis de fogo ou ataques giratórios. Estas habilidades não apenas enriquecem o combate, mas são essenciais para superar os diversos obstáculos durante a exploração.

Embora seja primariamente um RPG de ação, o jogo incorpora elementos significativos de plataforma, desafiando o jogador com saltos precisos entre plataformas e esquivas de armadilhas. Em adicional, também temos puzzles inteligentes.

As batalhas contra chefes merecem destaque especial, oferecendo encontros memoráveis que exigem domínio completo das habilidades de Adol. Cada confronto apresenta mecânicas únicas e estratégias distintas, demandando adaptação e perícia do jogador.

Uma das inovações mais notáveis desta versão remasterizada é o sistema adaptativo de dificuldade nas batalhas contra chefes. Após três derrotas consecutivas, o jogo oferece a opção de ajustar o nível de desafio, aumentando a defesa do jogador e seu poder de ataque. Este sistema pode ser ajustado progressivamente após cada derrota, tornando o jogo mais acessível sem comprometer sua essência desafiadora.

Gráficos e áudio

Na questão visual, Ys Memoire: The Oath in Felghana preserva a essência gráfica do lançamento original, mas traz importantes otimizações técnicas. A resolução foi aprimorada para compatibilidade com monitores modernos, incluindo telas 4K, eliminando serrilhamentos e garantindo uma apresentação visual mais limpa. Uma das melhorias mais notáveis está na interface do usuário, que agora exibe ilustrações 2D completas dos personagens durante os diálogos, em contraste com os simples retratos faciais da versão PSP.

Embora uma atualização gráfica mais profunda pudesse ser bem-vinda, o visual retrô se mantém surpreendentemente eficaz, contribuindo para o charme nostálgico.

No aspecto sonoro, o jogo verdadeiramente se destaca. A trilha sonora é expecional, apresentando composições fantásticas que facilmente superam algumas das produções mais recentes da série. Complementando a excelência musical, as dublagens em inglês e japonês foram executadas com notável qualidade, elevando ainda mais o padrão de produção do título.

Conclusão da análise de Ys Memoire: The Oath in Felghana

Ys Memoire: The Oath in Felghana reafirma sua excelência nesta versão remasterizada, que aprimora com sensibilidade a experiência original. Embora uma atualização gráfica mais ambiciosa pudesse ter sido implementada, a estética retrô preservada confere ao título um charme nostálgico inegável que dialoga perfeitamente com sua proposta.

Do ponto de vista da jogabilidade, o título representa um dos pontos altos da série Ys. Seu sistema de combate dinâmico e ágil, combinado com batalhas contra chefes meticulosamente elaboradas, cada uma exigindo estratégias únicas, oferece uma experiência de jogo verdadeiramente memorável.

Esta remasterização de The Oath in Felghana se apresenta como um dos mais notáveis lançamentos para iniciar 2025, proporcionando aos fãs de JRPGs uma aventura que equilibra perfeitamente elementos clássicos com refinamentos modernos. É uma obra que não apenas preserva o legado da série Ys, mas o fortalece para uma nova geração de jogadores.

Concluindo essa análise de Ys Memoire: The Oath in Felghana, temos um excelente JRPG para iniciar 2025 na mais pura nostalgia.

Essa análise de Ys Memoire: The Oath in Felghana segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.