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Análise: Dynasty Warriors: Origins

Uma nova história da Era dos Três Reinos

Dynasty Warriors: Origins surpreende os fãs da franquia ao apresentar não uma sequência direta do nono título, mas sim um prequel ambicioso que promete elevar a série a novos patamares. Esta análise mergulha no mais recente capítulo da aclamada franquia que, em 1997, revolucionou ao apresentar o gênero musou no primeiro PlayStation.

Após seis anos sem um novo título principal na série, seria possível reinventar uma fórmula tão consolidada? É o que descobriremos nesta análise.

De volta ao inicio

Dynasty Warriors: Origins marca um recomeço audacioso para a consagrada parceria entre Koei Tecmo e Omega Force. A narrativa clássica dos Três Reinos é reimaginada com uma adição crucial: um protagonista enigmático conhecido apenas como “o Andarilho”, um guerreiro sem memórias de seu passado ou propósito.

O destino intervém quando o Andarilho, ao proteger uma criança inocente, encontra-se no meio de um conflito histórico. Este encontro o coloca no caminho de três lendários guerreiros – Liu Bei, Guan Yu e Zhang Fei – que lutam contra as forças por trás da turbulenta Revolta dos Turbantes Amarelos.

Unidos por circunstâncias extraordinárias, o Andarilho se alia aos três irmãos de juramento em sua nobre missão de trazer paz e prosperidade à China dilacerada pela guerra. Contudo, esta aliança é apenas o prelúdio de uma saga mais ampla, onde os mistérios do passado do protagonista se entrelaçam com o destino do próprio império.

Esta reinterpretação do período dos Três Reinos apresenta versões reinventadas de personagens icônicos da franquia. Com personalidades atualizadas e designs modernizados, o jogo serve como ponto de entrada ideal tanto para veteranos quanto para novatos na série.

A narrativa se desenvolve de forma envolvente, embora alguns jogadores possam considerar os capítulos extensos demais antes de alcançarem seus momentos decisivos. Um sistema de diálogos com escolhas múltiplas adiciona profundidade à experiência: enquanto algumas decisões são meramente contextuais, outras podem alterar significativamente o curso da história, proporcionando diferentes perspectivas e desfechos para a saga do Andarilho.

Não é apenas esmagar botões

Dynasty Warriors: Origins representa uma mudança significativa em relação ao mundo aberto introduzido em Dynasty Warriors 9. O novo design optou por um mapa estilo tabuleiro, onde o jogador navega livremente entre missões principais, atividades secundárias e encontros com inimigos em áreas pré-definidas. Esta abordagem mais compacta e objetiva otimiza a experiência de jogo, reduzindo significativamente o tempo de deslocamento entre objetivos.

O sistema de combate passou por uma revolução notável. Diferentemente dos títulos anteriores, onde os inimigos eram majoritariamente passivos, Origins apresenta adversários mais inteligentes e agressivos, que exploram pontos cegos e buscam vantagens táticas. Embora os icônicos combos da série permaneçam, a sobrevivência agora depende de um equilíbrio entre ataque e defesa.

O destaque do novo sistema de combate está em seu robusto mecanismo de defesa. A mecânica de “aparagem perfeita” permite que jogadores habilidosos não apenas se defendam, mas também contra-ataquem, causando dano aos oponentes. O jogo adiciona ainda mais desafio com os inimigos utilizando ataques especiais sinalizados por um brilho laranja, que exigem uma habilidade específica de contra-ataque para serem neutralizados.

A base do gameplay mantém os elementos clássicos do gênero musou: ataques rápidos, golpes fortes, esquivas e saltos, complementados por movimentos especiais acionados através da combinação do R1 do DualSense com outros botões de ação.

As batalhas contra chefes elevam ainda mais o desafio, exigindo o domínio completo do sistema defensivo. Estes encontros testam não apenas a habilidade do jogador com os controles, mas também sua capacidade de ler padrões de ataque e reagir adequadamente.

Apesar dos ótimos pontos, há um problema

Apesar de suas inovações bem-sucedidas, Dynasty Warriors: Origins enfrenta um obstáculo significativo: a repetitividade, embora de natureza diferente da tradicionalmente associada à série.

O principal problema reside na estrutura das missões principais. Diferentemente dos títulos anteriores, que culminavam em confrontos memoráveis contra antagonistas marcantes, Origins frequentemente apresenta “chefes” genéricos e pouco marcantes. Esta mudança representa um retrocesso em relação à fórmula consagrada da franquia, que tradicionalmente recompensava os jogadores com batalhas épicas e memoráveis.

A decisão de limitar o modo história a um único protagonista jogável, o Andarilho, também contribui para uma sensação de monotonia ao longo da extensa campanha. Embora o personagem tenha acesso a um vasto arsenal de armas, cada uma oferecendo estilos de combate distintos, há um problema de originalidade: o conjunto de movimentos dessas armas espelha aqueles utilizados pelos inimigos comuns, criando uma impressão de conteúdo reaproveitado.

Para contrabalancear parcialmente essa limitação, o jogo implementa um sistema de personagens auxiliares. Em determinadas missões, é possível invocar um aliado totalmente jogável quando a barra de energia atinge seu máximo. Estes momentos proporcionam uma quebra bem-vinda na jogabilidade, apresentando combinações de ataques únicas e poderosas que renovam momentaneamente a experiência de combate.

Evolução constante

Dynasty Warriors: Origins apresenta um sistema de progressão multifacetado que enriquece significativamente a experiência de jogo. No centro deste sistema está a evolução do Andarilho, que se desenvolve através de múltiplas camadas de personalização e aprimoramento.

O desenvolvimento do personagem começa com o tradicional sistema de níveis, que aumenta gradualmente os atributos base do protagonista. Porém, o verdadeiro diferencial está nas extensivas árvores de habilidade que são desbloqueadas conforme o jogador progride na narrativa. Estas árvores oferecem tanto habilidades passivas, que fortalecem atributos específicos e concedem efeitos especiais, quanto técnicas de combate que expandem o arsenal do personagem com novos golpes e movimentos especiais.

O sistema de maestria com armas adiciona mais profundidade ao gameplay. À medida que o jogador utiliza uma determinada arma, sua proficiência aumenta naturalmente, desbloqueando movimentos exclusivos, ataques especiais aprimorados e combinações de golpes expandidas. Esta progressão orgânica incentiva a experimentação com diferentes tipos de armamento, agregando variedade à experiência de combate.

Complementando estes sistemas, há ainda a progressão dos acessórios, que podem ser aprimorados utilizando materiais coletados durante a exploração. Cada acessório possui seu próprio nível de evolução, permitindo que o jogador refine ainda mais as características passivas de seu personagem, criando builds cada vez mais especializadas e eficientes.

Esta estrutura de progressão em camadas oferece aos jogadores ampla liberdade para personalizar seu estilo de jogo, garantindo uma experiência mais individual entre os jogadores.

Gráficos e Áudio

Dynasty Warriors: Origins apresenta uma qualidade visual notável, mesmo que não alcance os padrões estabelecidos pelos títulos AAA mais recentes como Dragon Age: The Veilguard ou Baldur’s Gate 3. Utilizando o motor gráfico proprietário da Omega Force – o mesmo que impulsiona Rise of the Ronin e Wo Long – o jogo oferece uma apresentação visual consistente e impressionante dentro de suas propostas.

Na parte de áudio, o jogo se destaca com dublagens de alta qualidade tanto em inglês quanto em japonês. Entretanto, nota-se uma oportunidade perdida na ausência de uma opção de dublagem em mandarim, que poderia ter proporcionado maior autenticidade à experiência, considerando que a narrativa se passa inteiramente na China antiga. A trilha sonora mantém o alto padrão característico da franquia, com composições épicas que complementam perfeitamente a ação na tela.

O desempenho técnico merece destaque especial. O carregamento do jogo é praticamente instantâneo, eliminando as tradicionais telas de loading. Mais impressionante ainda é sua capacidade de renderizar uma quantidade sem precedentes de unidades simultâneas em tela – facilmente ultrapassando mil inimigos em uma única cena – sem comprometer a estabilidade. Esta conquista técnica estabelece um novo marco para o gênero musou, superando as limitações tradicionalmente associadas a jogos do gênero.

Conclusão da análise de Dynasty Warriors: Origins

Dynasty Warriors: Origins representa uma evolução significativa para a icônica franquia, renovando sua fórmula tradicional com mecânicas inovadoras e um sistema de combate mais desafiador. Esta nova abordagem traz frescor à série, sem abandonar os elementos fundamentais que a tornaram um sucesso.

A narrativa, mesmo revisitando o familiar período dos Três Reinos – território já explorado pela franquia e pelo recente Wo Long: Fallen Dynasty – consegue se manter envolvente graças ao protagonista, o Andarilho. Seu mistério pessoal adiciona mais interesse à conhecida história, mantendo os jogadores intrigados ao longo da jornada.

Contudo, o jogo apresenta algumas limitações notáveis. A repetitividade dos confrontos finais, que carecem de antagonistas memoráveis, e a restrição a um único personagem jogável durante a extensa campanha podem diminuir o impacto da experiência. Por isso, recomenda-se uma abordagem mais pausada ao jogo, dosando as sessões para melhor apreciar suas qualidades sem se desgastar com suas limitações.

Apesar destes pontos, Dynasty Warriors: Origins consegue estabelecer-se como uma adição valiosa à série, oferecendo uma experiência refinada que agradará tanto veteranos quanto novatos no gênero. É um título que demonstra que ainda há espaço para inovação mesmo em uma franquia tão estabelecida.

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Um novo começo promissor para Dynasty Warriors

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 8

8.1

Ótimo

Dynasty Warriors: Origins é o caminho certo para essa milenar franquia de hack'n slash que trouxe o estilo "musou" aos jogos. Esse jogo consegue solucionar muitos pontos negativos que os jogos anteriores apresentavam, porém, infelizmente, agora possuí uma repetição diferente ao limitar o elenco de personagens jogáveis no modo história e trazer inúmeros inimigos genéricos invés de oponentes formidáveis. Apesar desses pontos negativos, é um jogo necessário para quem gosta de jogar um bom warriors.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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