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Análise: Phantom Brave: The Lost Hero

Uma sequência após 15 anos.

Em 2009, o universo dos RPGs táticos foi presenteado com Phantom Brave: We Meet Again, uma obra que se destacou por sua proposta única. No centro da narrativa, conhecemos Marona, uma jovem com o extraordinário dom de invocar espíritos, e Ash, seu guardião fantasmagórico que jurou protegê-la. Com uma jogabilidade refinada que remete à consagrada série Disgaea e uma história cativante sobre laços eternos, o jogo conquistou um lugar especial no coração dos fãs do gênero.

Agora, após anos de espera, surge Phantom Brave: The Lost Hero, prometendo dar continuidade a essa história memorável. Acompanhe nossa análise para descobrir se esta aguardada sequência consegue não apenas honrar o legado de seu antecessor, mas também trazer novidades significativas para a franquia.

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Uma nova saga em alto mar

Phantom Brave: The Lost Hero transporta Marona e seu guardião Ash para uma emocionante aventura marítima no mundo de Ivoire. A história toma um rumo dramático quando, durante o retorno de uma missão, seu navio é brutalmente atacado pela Shipwreck Fleet, uma temível armada de piratas fantasmas. Após o naufrágio, Marona desperta sozinha em uma ilha misteriosa, onde encontra Apricot, uma jovem espírito em busca de seu pai desaparecido – o lendário capitão dos Argento Pirates, grupo que outrora enfrentou bravamente a Shipwreck Fleet.

Com a ausência de seu líder, os Argento Pirates encontram-se à beira do colapso. Marona e Apricot unem forças em uma missão tríplice: revitalizar a antiga glória dos Argento Pirates, desvendar os segredos obscuros da Shipwreck Fleet e, principalmente, resgatar Ash, cuja presença pode ser fundamental para derrotar definitivamente esta ameaça sobrenatural.

Embora seja uma sequência direta de Phantom Brave: We Meet Again, The Lost Hero constrói sua própria identidade com maestria. Mantendo apenas a dupla protagonista do original, o jogo apresenta um cenário completamente novo e um elenco de personagens cativantes que, mesmo inéditos, preservam a essência que tornou o primeiro título tão especial.

Gameplay tático que evoluiu com o tempo

O sistema de combate em Phantom Brave passou por uma notável evolução desde sua origem. No primeiro título, apresentava um formato tradicional de RPG tático, com movimento baseado em grades quadriculadas, diferenciando-se pela peculiar mecânica de ataques em 360 graus que oferecia maior liberdade estratégica que seus contemporâneos.

The Lost Hero moderniza essa fórmula, seguindo uma tendência vista em títulos recentes como Persona 5 Tactica. O novo sistema abandona as limitações do grid tradicional em favor de áreas circulares de movimento, permitindo deslocamento livre e incorporando elementos verticais através de saltos.

O aspecto mais distintivo do jogo continua sendo seu sistema único de invocação. Como Marona é a única personagem física presente no campo de batalha, ela deve manifestar seus aliados fantasmagóricos através de objetos inanimados espalhados pelo cenário. Cada objeto possui propriedades específicas que podem conferir benefícios (buffs) ou penalidades (debuffs) tanto para aliados quanto para inimigos, tornando a escolha do ponto de invocação um elemento crucial da estratégia.

Complementando este sistema, a mecânica de arremesso (throw) adiciona uma dimensão extra à jogabilidade. É possível lançar tanto personagens quanto objetos pelo campo de batalha, seja para posicionar aliados em pontos estratégicos ou para remover objetos que beneficiam o inimigo.

O resultado é um sistema de combate robusto e refinado que proporciona dezenas de horas de entretenimento. Além da campanha principal, o jogo oferece diversas missões secundárias com confrontos únicos, garantindo longevidade e rejogabilidade à experiência.

Gráficos e áudio

Em sua transição visual, Phantom Brave: The Lost Hero abandona o estilo sprite 2D característico dos primeiros jogos da série Disgaea em favor de uma abordagem tridimensional moderna. Embora o charme nostálgico dos gráficos bidimensionais possa fazer falta aos fãs mais antigos, esta evolução representa um passo natural no desenvolvimento da série, otimizando o processo de produção e abrindo novas possibilidades visuais. O destaque fica por conta das animações, especialmente durante a execução dos golpes especiais, que demonstram um capricho notável na sua elaboração.

No departamento sonoro, o jogo oferece opções de dublagem em inglês e japonês. A versão japonesa se sobressai com interpretações convincentes e emotivas, enquanto a dublagem em inglês apresenta inconsistências que podem comprometer a imersão. A trilha sonora, por sua vez, estabelece uma identidade própria para o título, mas sem alcançar o status de memorável. As composições cumprem seu papel na ambientação, mantendo-se em um patamar satisfatório, ainda que não excepcional.

Conclusão da análise de Phantom Brave: The Lost Hero

Phantom Brave: The Lost Hero alcança um equilíbrio notável entre tradição e inovação. A evolução do sistema de combate, abandonando as grades tradicionais em favor de uma movimentação mais fluida, revitaliza a experiência tática sem comprometer a essência da série. O refinamento da mecânica de invocação através de objetos eleva ainda mais a complexidade estratégica, recompensando jogadores que investem tempo em dominar suas nuances.

A modernização visual para gráficos 3D representa uma mudança ousada que certamente dividirá opiniões. Embora o charme nostálgico do estilo 2D original seja insubstituível, as novas animações de combate demonstram competência técnica, mesmo que o design geral não estabeleça novos padrões para o gênero. No aspecto sonoro, a dublagem japonesa se destaca positivamente, compensando as deficiências da versão em inglês, enquanto a trilha sonora, ainda que não memorável, cumpre seu papel na ambientação.

O verdadeiro triunfo de The Lost Hero está em sua capacidade de entrelaçar uma narrativa envolvente com um sistema de combate aprimorado. A introdução de novos personagens carismáticos e a manutenção da identidade da série criam uma experiência que satisfaz tanto veteranos quanto novatos. Para entusiastas de RPGs táticos dispostos a abraçar inovações, o jogo oferece dezenas de horas de estratégia desafiadora e entretenimento de qualidade.

Phantom Brave: The Lost Hero prova que é possível evoluir mantendo a essência que tornou a série especial, estabelecendo-se como uma adição valiosa ao gênero de RPGs táticos.

Essa análise de Phantom Brave: The Lost Hero segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

O retorno de um jogo que merece maior reconhecimento

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7

8.4

Ótimo

Phantom Brave: The Lost Hero é um ótimo jogo de RPG tático trazendo muito conteúdo para centenas de horas se assim você desejar. Além disso, o seu sistema de batalha está totalmente refinado e trazendo uma das melhores experiências atuais num RPG deste estilo.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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