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Análise: Edens Zero

Mais um jogo vindo das criações de Hiro Mashima

Criado por Hiro Mashima, a mente por trás de Fairy Tail, Edens Zero troca o conhecido universo de fantasia medieval de sua obra mais famosa por uma aventura de ficção científica. A trama nos transporta para uma jornada através de múltiplos planetas na companhia dos protagonistas Shiki, Rebecca e Happy.

A adaptação para os games, publicada pela Konami, se apresenta como um RPG de ação com combate em tempo real (hack ‘n’ slash). No jogo, os jogadores montam equipes de até três personagens para reviver os acontecimentos da história do anime em uma série de missões.

Uma aventura espacial

A narrativa do jogo tem um início apressado, apresentando os principais acontecimentos do anime em um resumo condensado que também funciona como um breve tutorial. Logo após um momento impactante, no qual Shiki é derrotado, a trama utiliza um recurso interessante: Rebecca é transportada por uma fenda dimensional, e a história retorna ao seu ponto de partida.

A partir daí, o enredo se desenvolve em um ritmo mais cadenciado, seguindo os eventos do anime com mais fidelidade até alcançar novamente o clímax inicial. A proposta é inteligente, pois introduz mudanças pontuais que sugerem a possibilidade de um destino diferente para Shiki. Isso oferece um elemento de novidade para quem já conhece o material original, sem descaracterizar a obra para os fãs.

Contudo, a imersão é prejudicada pela falta de fluidez nas animações dos personagens durante as cenas, o que quebra o ritmo da narrativa.

Gráficos e Áudio

Visualmente, o jogo busca simular a estética de um mangá colorido. Embora a intenção seja criativa, na prática, essa escolha resulta em animações rígidas e pouco naturais, especialmente nos modelos dos personagens. O problema se torna menos evidente durante o combate, onde a ação frenética e a tela cheia de inimigos ajudam a disfarçar a movimentação travada dos heróis. No entanto, a rigidez volta a incomodar nos cenários, com elementos estáticos como árvores e vegetação.

No departamento sonoro, o destaque fica para a dublagem, que conta com os mesmos atores do anime e entrega uma experiência autêntica para os fãs. A trilha sonora, por outro lado, não acompanha a mesma qualidade, com melodias genéricas e pouco inspiradas que não conseguem adicionar emoção à jornada.

Hack ‘n’ slash num RPG

O combate é o pilar da experiência de Edens Zero. Cada personagem jogável possui um conjunto de habilidades distinto, como Shiki, focado em ataques gravitacionais corpo a corpo, e Rebecca, que utiliza armas de fogo à distância, o que garante variedade na jogabilidade. O sistema é funcional, com comandos para ataques rápidos e fortes, esquiva e habilidades especiais.

Apesar de incluir uma árvore de progressão para desbloquear combos e melhorar atributos, o jogo falha em oferecer profundidade. A maioria dos títulos do gênero permite customizar um arsenal de técnicas, mas aqui as opções são limitadas, o que torna a evolução pouco recompensadora e a jogabilidade repetitiva. A principal forma de variar o combate é, portanto, alternar entre os membros da equipe.

Os confrontos contra chefes são um ponto alto, exigindo que o jogador aprenda padrões de ataque e se adapte a inimigos desafiadores. O problema é que o baixo dano causado aos adversários torna essas batalhas excessivamente longas, transformando o que deveria ser um desafio estratégico em um exercício de paciência.

A exploração também começa de forma restrita, com mapas lineares que só se tornam mais abertos em estágios avançados. É quando um modo de exploração livre é liberado, permitindo ao jogador revisitar cenários em busca de equipamentos e itens essenciais para fortalecer os personagens.

O combate contra chefes é a melhor parte, fazendo com que enfrentemos inimigos de golpes variados e que trazem desafio. Porém, o dano que é causado na vida desses oponentes pode deixar a batalha levemente maçante por ser bastante baixo.

Quando você joga o modo história nas primeiras missões sente a liberdade do mapa bastante reduzido, fazendo com que o jogo se baseie totalmente em linhas retas que te impedem de explorar mais os cenários. Felizmente isso muda no decorrer do jogo, trazendo cenários mais amplos e exploráveis de fato. Até mesmo um modo de exploração é liberado para permitir que você usufrua dos cenários para conseguir equipamentos, itens e outras coisas.

Falando em equipamentos, eles são fundamentais para que você consiga aguentar os ataques dos inimigos mais fortes ou ampliar os seus status de uma forma mais efetiva.

Edens Zero tem boas ideias em sua jogabilidade e desenvolvimento para os personagens, porém, infelizmente acaba escorrendo em não fazer melhor proveito do que foi construído.

No fim, Edens Zero apresenta boas ideias de jogabilidade, mas é prejudicado por não explorar todo o potencial de suas próprias mecânicas.

Conclusão da análise de Edens Zero

Edens Zero acerta ao adaptar a história do anime com fidelidade, adicionando reviravoltas que podem agradar aos fãs. Seu sistema de combate é acessível e a variedade de personagens é um ponto positivo. No entanto, o jogo é minado por problemas de execução: a jogabilidade se torna repetitiva devido à falta de customização, e os gráficos rígidos comprometem a imersão.

No fim, Edens Zero é uma experiência que entretém, mas que não consegue explorar todo o potencial de suas boas ideias, resultando em um título que dificilmente se destacará no concorrido gênero de RPG de ação.

Essa análise de Edens Zero segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.

É um jogo específico para fãs do anime e mangá

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 7
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7

6.6

Mediano

Edens Zero entrega uma adaptação funcional com combate acessível e boas intenções, mas peca em profundidade e polimento técnico.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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