
Tivemos a oportunidade de jogar Towa and the Guardians of the Sacred Tree por cerca de três horas em um evento fechado da Bandai Namco, e agora trazemos nossas primeiras impressões sobre o título.
Confesso que, à primeira vista, não esperava muito do jogo, mas acabei me surpreendendo com a proposta. Trata-se de um roguelite de ação que aposta em uma ampla customização e em decisões tensas que podem mudar o rumo da experiência. Confira a seguir o nosso preview de Towa and the Guardians of the Sacred Tree.

História
Nas primeiras horas de Towa and the Guardians of the Sacred Tree, já é possível perceber que a narrativa busca algo mais elaborado do que o comum em jogos do gênero. O mundo está tomado por uma corrupção demoníaca, e o jogador assume o papel de Towa, uma representante da deusa na terra com a missão de purificar essa maldição. Ao seu lado, um grupo de oito heróis únicos, cada um com habilidades próprias, embarca na jornada de enfrentar grandes inimigos para restaurar o equilíbrio.
O que parecia ser uma missão promissora, no entanto, acaba em fracasso logo no início. Um acontecimento inesperado envia os companheiros de Towa para uma dimensão paralela conhecida como o limiar do universo, enquanto a protagonista permanece na linha temporal principal. A partir daí, a história se desdobra em múltiplas realidades, com Towa buscando maneiras de recuperar seus seguidores, seus próprios poderes e acabar com a corrupção demoníaca.
Um dos pontos interessantes é a forma como os personagens interagem durante as missões. Towa and the Guardians of the Sacred Tree permite combinar diferentes heróis, o que resulta em diálogos variados. Desde comentários sobre inimigos até conversas sobre a própria jornada. Esse recurso adiciona personalidade ao elenco e amplia o fator de imersão, reforçado por uma dublagem consistente que dá vida às interações.
Em termos de narrativa, uma dupla com personagens rivais será diferente de uma dupla com personagens amigos. Ou seja, em uma tentativa você terá comentários ácidos, enquanto na outra, terá elogios e reconhecimento. Isso é uma característica única de Towa and the Guardians of the Sacred Tree.

Ambientação e Trilha Sonora
Mesmo sem apostar em realismo, Towa and the Guardians of the Sacred Tree surpreende pelo cuidado visual. A proposta é simples, mas muito colorida e rica em detalhes, explorada através da visão isométrica que valoriza os cenários sem sobrecarregá-los. A aldeia principal, por exemplo, é bem caracterizada e traz forte influência da arte japonesa, perceptível na arquitetura das torres, nos trajes dos personagens e na composição geral do mundo.
Durante as runs, cada um dos oito mundos (dos quais tivemos acesso a três) apresenta sua própria identidade, com ambientes temáticos, inimigos únicos e elementos naturais que remetem a estilos orientais, como árvores semelhantes a sakuras, florestas, banhos de águas termais e mais. Essa diversidade dá personalidade a Towa and the Guardians of the Sacred Tree e reforça a sensação de progressão a cada nova área explorada.
Na parte sonora, a trilha é animada e se adapta bem às situações de jogo, enquanto a dublagem mantém o mesmo nível de qualidade já visto nos diálogos. Vale destacar dois pontos: o primeiro é um problema técnico visível nas cutscenes, onde as sombras dos personagens aparecem pixeladas e irregulares, algo que não ocorre no gameplay e que deve estar relacionado ao fato de se tratar de uma build prévia ao lançamento.
O segundo ponto é uma escolha de direção artística: os diálogos acontecem em ilustrações desenhadas à mão em vez de utilizar os modelos 3D.
Gameplay complexo de Towa and the Guardians of the Sacred Tree
O gameplay de Towa and the Guardians of the Sacred Tree se organiza em dois grandes pilares: a parte da cidade, onde estão as atividades entre as runs, e a parte da ação, que é o núcleo das batalhas. Cada uma delas tem sistemas próprios e se conecta diretamente à progressão do jogador.




A cidade e suas atividades
Na cidade, Towa pode interagir com diversos moradores e desbloquear recursos a cada nova tentativa. Como em outros roguelites, a progressão depende da repetição: morrer faz parte do processo, já que muitas melhorias só ficam disponíveis após algumas tentativas frustradas. Entre as atividades principais estão a melhoria de habilidades, o uso de amuletos, a troca de armas, a troca de magias e, principalmente, o sistema de forja de espadas.
A criação das espadas merece destaque porque vai além da simples coleta de itens: o jogador participa de uma sequência de minigames que simulam o processo de forja, como aquecer, martelar, resfriar ou amolar o metal. A qualidade e a resistência da espada variam conforme o desempenho nessas etapas, impactando atributos como ataque básico e especial. O sistema ainda permite escolhas entre pedras de afiação, que dão bônus específicos, exigindo equilíbrio entre vantagens e desvantagens. Apesar da profundidade, Towa and the Guardians of the Sacred Tree oferece alternativas para acelerar o processo, como forjas pré-moldadas ou automáticas.
Curiosamente, também é possível criar espadas de formatos inusitados, que acaba saindo das convenções tradicionais das espadas. Embora o aspecto visual pode tender ao absurdo, isso não afeta sua funcionalidade.

Ação e progressão nas runs
Nas runs, o jogador sempre precisa escolher dois personagens: um ofensivo e outro de suporte. O personagem de suporte carrega o cajado responsável por criar a área segura que permite avançar pelos cenários. Essa dinâmica exige coordenação, já que os personagens possuem papéis bem definidos.
O combate se baseia em duas katanas com estilos de ataque diferentes. À medida que uma vai perdendo o fio, é necessário alternar para a outra, o que adiciona ritmo e estratégia às batalhas. O suporte também contribui ativamente, podendo conjurar até duas magias configuráveis, que variam entre magias mais diretas ou de área.
Towa and the Guardians of the Sacred Tree segue uma lógica semelhante à de Hades: cada área precisa ser limpa de inimigos antes de liberar recompensas, como materiais de forja, upgrades ou diálogos. No final de cada etapa, o jogador pode escolher entre duas “portas”, cada uma levando a um tipo de benefício, até chegar ao chefe. Vencer o chefe significa liberar uma nova área e avançar na história.
O diferencial está na gestão dos oito heróis disponíveis. Cada um tem habilidades únicas tanto no ataque quanto no suporte, e encontrar combinações que se encaixem ao estilo do jogador é parte da experiência. Porém, há uma mecânica que adiciona peso às escolhas: para purificar uma área, é necessário sacrificar o personagem que carrega o cajado. Com isso, as opções de suporte vão diminuindo ao longo da progressão, aumentando a tensão estratégica e reforçando o fator replay.

Towa and the Guardians of the Sacred Tree é promissor
Encerrando este preview de Towa and the Guardians of the Sacred Tree, posso dizer que o jogo superou minhas expectativas. Ele já demonstra estar em um estágio avançado de desenvolvimento e, tirando um detalhe de sombra que mencionei antes, não encontrei bugs durante a jogabilidade. O gameplay é fluido, dinâmico e viciante, transmitindo aquela sensação de “só mais uma partida”.
Naturalmente, um evento como este não permite mergulhar na complexidade de todos os oito personagens jogáveis, já que cada um oferece combinações únicas de ataque e suporte — resultando em 16 variáveis possíveis. Isso mostra o potencial de profundidade do sistema de combate e de progressão. Também fica claro que há muito mais a ser explorado na vila principal, que serve como hub de interação e evolução.
No geral, Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um título que merece atenção. Seja você fã da estética nipônica, de roguelites desafiadores, de escolhas estratégicas ou da construção de builds complexas, este jogo promete agradar. Fiquei bastante impressionado com o que vi até agora e, quando o título for lançado, traremos uma análise completa aqui no site.
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