
Vamos trazer aqui nossas primeiras impressões de Stick It to the Stickman, novo jogo publicado pela Devolver Digital que chama a atenção justamente pela simplicidade. Com um visual baseado em bonecos de palito e uma proposta de ação acelerada, o título coloca o jogador em uma jornada nada convencional: enfrentar colegas de trabalho em uma escalada de combates até chegar ao chefe e “demiti-lo”.
A ideia pode parecer estranha à primeira vista, mas é justamente essa mistura de humor e caos que dá identidade ao jogo. Confira aqui o que achamos de Stick It to the Stickman, que já está disponível em acesso antecipado.

História e ambientação
Apesar de sua proposta simples, Stick It to the Stickman surpreende por contar com uma narrativa, algo que não parecia essencial em um jogo desse tipo (e que eu nem esperava que tivesse uma). O enredo parte de uma premissa básica: você é uma pessoa em busca de dinheiro que acaba contratado por uma empresa, mas rapidamente se vê insatisfeito com o trabalho. A solução encontrada pelo protagonista é direta: enfrentar colegas de escritório até chegar ao chefe e derrotá-lo.
Esse ciclo se repete em formato de roguelite: ao vencer o chefe, o personagem é convidado pelos acionistas a assumir o cargo, dando início a uma nova escalada. Entre uma tentativa e outra, pequenas cenas e variações ajudam a quebrar a repetição e acrescentam humor à jogatina.
Visualmente, o título mantém o estilo de bonecos de palito, mas em uma abordagem tridimensional simplificada. O design segue essa linha minimalista também nos ajustes gráficos: basicamente, é possível alterar o estilo do boneco em três variações e, nas opções de qualidade (Low, Medium e High), a mudança está mais ligada à iluminação do que a efeitos complexos.

Desempenho aquém do ideal
À primeira vista, Stick It to the Stickman parece um jogo leve do ponto de vista técnico. Afinal, é basicamente um boneco de palito lutando contra outros bonecos de palito em cenários simples. No entanto, a experiência mostrou que o desempenho pode ser mais exigente do que o esperado.
Rodando em um PC equipado com uma RTX 4070 Super e um Ryzen 7 5800X, o jogo inicialmente apresentou resultados sólidos, chegando a mais de 100 fps em resolução 2K. Com o passar das partidas, porém, a performance começou a cair de forma perceptível. Além disso, um detalhe curioso chamou a atenção: ao concluir andares, o jogo insere um slowdown proposital para marcar a transição de fase, mas em alguns momentos esse efeito parecia se estender além do planejado, resultando em quedas bruscas de fluidez, quase como se fosse uma apresentação de slides.
Outro ponto observado é que a forma de exibição do jogo (tela cheia, janela ou janela em tela cheia) influencia diretamente no desempenho, algo incomum e que reforça a impressão de que ainda existem ajustes a serem feitos. Como o título está em acesso antecipado, é provável que essas inconsistências sejam corrigidas no futuro, mas no estado atual afetam a experiência e a fluidez do gameplay.
É importante pontuar que esse setup roda jogos atuais como Doom: The Dark Ages, Space Marine 2, The Alters e outros que são jogos pesados a frames muito mais altos. Isso evidencia a falta de otimização de Stick It to the Stickman.


Stick It to the Stickman e seu rico gameplay
À primeira vista, Stick It to the Stickman parece ter um gameplay extremamente simples: você escolhe um personagem e parte para enfrentar uma série de inimigos dentro da empresa, subindo andares até chegar ao chefe e, eventualmente, tomar o lugar dele. O combate básico se resume a atacar com um único botão, podendo alternar com pulos, socos, chutes e até armas ocasionais.
Essa simplicidade, porém, rapidamente ganha um aumento de complexidade. Cada run traz variações, com inimigos diferentes, situações ambientais como janelas pelas quais é possível arremessar adversários ou escadas que permitem reposicionamento estratégico e até momentos em que subchefes são reforçados por novos inimigos vindos do elevador. Esses detalhes garantem que cada tentativa seja um pouco diferente da anterior.
O aspecto roguelite fica evidente na forma como o jogador acumula dinheiro e melhorias ao longo das partidas. O dinheiro pode ser investido em “departamentos” da empresa, desbloqueando novas interações no cenário, como servidores que eletrocutam inimigos ou itens de recuperação, como café e água. Além disso, existem progressões ligadas a conquistas e ações específicas durante o combate.
Outro ponto importante está nos personagens e suas características próprias. Cada um possui características que influenciam o estilo de luta: o “viciado em café”, por exemplo, pode usar xícaras como armas e ganha vantagens ao consumir café; já o “corredor” é especializado em golpes de perna. Essas diferenças trazem variedade às runs e incentivam o jogador a testar combinações diferentes.



O sistema de combate é baseado em cartas de ataques. Cada vez que o jogador acerta um golpe, avança para a próxima carta disponível no seu “deck”, criando uma espécie de ciclo de habilidades. Durante a run, novas cartas podem ser adicionadas e as já existentes podem ser fortalecidas, permitindo que o jogador molde sua build progressivamente, embora de maneira parcialmente aleatória, o que exige adaptação a cada situação.
As armas também marcam presença, variando de pistolas a itens inusitados, como grampeadores ou xícaras. Algumas exigem gerenciamento de munição, adicionando mais uma camada estratégica ao ritmo acelerado do jogo.
Apesar da simplicidade visual e da física não realista, o resultado é um gameplay variado e divertido, reforçado por referências a clássicos da cultura pop e dos jogos de luta — como o Shoryuken de Street Fighter, o chute do Karate Kid e até movimentos que lembram personagens de Dragon Ball. A dublagem cômica, com um tom propositalmente exagerado que remete ao estilo dos Canadenses de South Park, complementa a experiência e reforça a pegada humorística do título.

Conclusão
Stick it to the Stickman chega com uma proposta simples, divertida e acessível. Não é o tipo de jogo que vai revolucionar a indústria, mas entrega momentos descontraídos, risadas genuínas e um gameplay direto ao ponto.
O maior problema neste início de acesso antecipado está na otimização, já que as quedas de desempenho podem atrapalhar a experiência. Ainda assim, por apenas R$17,00, é uma opção que certamente vale a pena para quem busca algo leve e divertido para jogar sem grandes preocupações.
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