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Análise: Digimon Story: Time Stranger

Multiverso, viagem no tempo e a devastação da guerra.

A franquia Digimon explora sua mitologia através de séries distintas, como a de simulação em Digimon World, a de sobrevivência em Digimon Survive e, claro, a de JRPG com Digimon Story. Nascida no Nintendo DS, a série Story ganhou destaque global com a duologia Cyber Sleuth.

Agora, essa saga se expande com Digimon Story: Time Stranger. O novo título promete evoluir as mecânicas já consagradas da série e, ao mesmo tempo, entregar uma narrativa completamente inédita.

Nesta análise, vamos descobrir se essa nova aventura faz jus ao legado da franquia.

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Uma guerra para definir o futuro da humanidade

A história de Time Stranger começa com a escolha entre um protagonista masculino e um feminino. A decisão define seu papel: um se torna o Agente de campo, enquanto o outro assume a função de Coordenador(a) de missões. Como membros da ADAMAS, uma organização que combate anomalias digitais, os jogadores são enviados para investigar uma misteriosa onda de destruição.

No local, a missão toma proporções inesperadas com o surgimento de Digimons. A situação escala rapidamente quando criaturas gigantescas e extremamente poderosas aparecem, iniciando uma guerra que culmina em uma explosão catastrófica.

Em meio ao caos, o protagonista é brevemente transportado para outro mundo digital. Lá, ele acaba derrubando um ovo lendário em um portal antes de ser puxado de volta. Ao despertar, ele se vê no ponto de partida da missão e descobre que o prédio está intacto, como se nada tivesse acontecido.

Este é o ponto de partida para um mistério envolvente que serve como fio condutor da trama. A narrativa se mostra um dos pontos altos do jogo, explorando com competência temas como viagem no tempo e realidades paralelas. Vale notar que a abordagem de multiversos não é novidade para a franquia, que já se aventurava por esses conceitos muito antes de sua recente popularização na cultura pop.

A trama é sustentada por personagens carismáticos e um mundo digital inédito, mas repleto de referências a jogos e animes anteriores. A exploração se torna, assim, uma recompensa para os fãs de longa data, que reconhecerão elementos clássicos a cada passo.

O jogo mais bonito da franquia

Visualmente, Time Stranger representa um salto de qualidade para a série. O jogo adota um estilo de arte vibrante, com personagens bem definidos que lembram o visual de Scarlet Nexus, mas sem abandonar a identidade visual que consagrou Cyber Sleuth.

Os cenários são um espetáculo à parte, muito mais detalhados e vivos que nos títulos anteriores. Digimons se movem livremente pelo ambiente, criando a sensação de um ecossistema digital pulsante. A exploração também foi aprimorada com o uso de habilidades de campo: seus parceiros podem destruir obstáculos, energizar mecanismos, servir como montaria em diferentes terrenos e atravessar trechos com água.

Em relação ao áudio, o destaque fica para a dublagem de todos os Digimons durante os ataques, replicando a experiência do anime. A qualidade geral dos efeitos é excelente, mas a trilha sonora, embora competente, não chega a ser memorável.

Batalhas com profundidade estratégica

O combate de Time Stranger segue a fórmula clássica dos JRPGs por turnos. O jogador gerencia uma equipe de até seis Digimons, com três na linha de frente e três na reserva, que podem ser trocados a qualquer momento. As ações incluem comandos básicos como atacar, defender e usar itens, além dos golpes especiais. Funções de qualidade de vida, como acelerar o combate em até 5x e um modo automático, também estão presentes.

A profundidade estratégica se revela no sistema de vantagens. O tradicional “pedra-papel-tesoura” da série retorna (Vírus > Dado > Vacina > Vírus), complementado por fraquezas elementais. Explorar esses pontos fracos é crucial, pois um acerto pode aumentar o dano em até 400%, enquanto um tipo resistente pode anular um ataque completamente. Além dos tipos citados, há outros que não são influenciados por essas vantagens ou fraquezas, fazendo com que o dano elemental seja o principal.

Se as batalhas comuns servem como aquecimento, os confrontos com chefes são onde o desafio realmente se destaca. Com vida e poder de ataque muito superiores, eles frequentemente carregam um golpe devastador ao longo de vários turnos. Para sobreviver, é preciso focar os ataques em um ponto fraco específico para interromper a carga e atordoar o alvo.

O Agente também tem um papel ativo na batalha. Através de uma árvore de talentos, é possível desbloquear melhorias passivas para os Digimons. Além disso, o protagonista acumula Pontos de Ação para usar uma habilidade especial equipável, capaz de curar o time, aplicar bônus ou desferir um ataque poderoso em momentos críticos.

Para quebrar a rotina, o jogo também introduz missões em dungeons com regras especiais, como defender um alvo, explorar labirintos e até mesmo corrida.

Treinando, Digivolvendo e Fortalecendo

O sistema de progressão de Time Stranger segue a amada fórmula da série Story. Cada Digimon possui múltiplas linhas evolutivas, desbloqueadas ao atingir requisitos específicos de nível e atributos. O núcleo do sistema, no entanto, está na mecânica de revertê-los a uma forma anterior. Esse processo, embora pareça um retrocesso, é fundamental para aumentar o nível máximo do Digimon, permitindo que ele se torne mais forte e alcance as cobiçadas evoluções de estágio Mega.

A DigiFazenda retorna como a principal ferramenta de gerenciamento. Além de servir como um local para armazenar seus parceiros, ela permite que eles treinem atributos específicos passivamente. Isso é essencial para otimizar o tempo e preparar múltiplos Digimons para suas próximas evoluções enquanto você explora o mundo. O sistema é complementado por itens como DigiOvos e DigiEspíritos, que podem ser criados no jogo para desbloquear formas especiais.

Apesar de viciante, o gerenciamento apresenta uma pequena falha de usabilidade: não é possível visualizar as rotas evolutivas de dentro da DigiFazenda. A necessidade de alternar entre menus para consultar os requisitos de cada Digimon quebra o ritmo do processo de treinamento.

Um card game para passar o tempo

Para variar das batalhas principais, Time Stranger inclui um minigame de cartas colecionáveis. As regras são simples: cada jogador começa com uma mão de cinco cartas, sem comprar novas durante a partida, e o objetivo é vencer ao menos três das cinco rodadas.

A cada rodada, um jogador baixa uma carta e o oponente responde com outra. O vencedor é teoricamente decidido por fatores como o nível de poder e o sistema de vantagens de tipo (Vírus > Dado > Vacina). No entanto, o resultado de cada confronto é em grande parte aleatório, e uma carta em total desvantagem ainda pode sair vitoriosa. A sorte, portanto, acaba sendo mais importante que a estratégia.

Embora seja uma distração funcional, o minigame não tem a profundidade necessária para se tornar viciante. Ele fica longe de exemplos memoráveis como o card game de Digimon World 3 ou o aclamado Gwent de The Witcher 3.

Conclusão de Digimon Story: Time Stranger

Digimon Story: Time Stranger se firma como um dos títulos mais ambiciosos e bem executados da franquia. Seus trunfos são claros: um salto visual impressionante, uma narrativa envolvente que mistura mistério e viagem no tempo, um sistema de batalha estratégico e a profundidade viciante do ciclo de treinamento e evolução.

Mesmo que a trilha sonora não seja memorável e que conteúdos secundários, como o card game, tenham pouco impacto, os pilares da experiência são extremamente sólidos. O jogo cumpre sua promessa ao equilibrar inovação com a essência tradicional que os fãs de Digimon tanto amam.

Time Stranger não é apenas um excelente JRPG, mas um novo marco para a série Story, entregando uma aventura indispensável tanto para veteranos quanto para novos domadores.

Essa análise de Digimon Story: Time Stranger segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Uma evolução notável para a franquia, trazendo inúmeras novidades

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 10

9

Excelente

Digimon Story: Time Stranger consegue equilibrar bem a tradição da franquia com novas mecânicas, trazendo um enredo envolvente, sistemas de evolução interessantes e combates desafiadores; apesar de alguns de de gameplay não serem tão inspirados, o resultado final é uma experiência sólida para fãs e novos jogadores.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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