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Análise: Plants vs. Zombies Replanted

O retorno fiel de um clássico do tower defense que ainda precisa de retoques.

Se você tem alguma experiência com jogos mobile ou até mesmo com o gênero de tower defense, é quase certo que já ouviu falar de Plants vs. Zombies. Lançado originalmente em 2009, o jogo não era apenas um sucesso instantâneo, mas também se tornou o porta-estandarte do que a PopCap Games fazia de melhor.

A desenvolvedora era mestre em criar experiências de jogo simples, visualmente convidativas e que agradavam a todos, muito parecido com o que fizeram com Bejeweled e Peggle. O que era um nicho de estratégia, dominado por fãs do gênero, se transformou em um fenômeno pop.

Um Clássico Revitalizado

Para aqueles que só conhecem a franquia pelos seus jogos de tiro multiplayer mais recentes, o Plants vs. Zombies original é uma versão simplificada e cômica do gênero tower defense. A premissa é básica: defender o lado esquerdo da tela da invasão implacável de zumbis que chegam pela direita.

Para isso, você planta diversas unidades ofensivas e defensivas em uma grade pequena, onde cada escolha de planta é limitada, mas altamente estratégica. Essa fórmula genial de equilíbrio e simplicidade sempre foi o que tornou o jogo tão cativante.

O que mais impressiona em Plants vs. Zombies Replanted é o respeito fiel a essa fundação original. O jogo nunca foi radicalmente redesenhado, e isso é um enorme ponto positivo. O Plants vs. Zombies de 2009 era inteligente, simples e muito bem ajustado, e isso se mantém verdadeiro na versão de 2025.

O remake preserva a jogabilidade testada e aprovada, mas adiciona um recurso de qualidade de vida que rapidamente se torna indispensável. Estamos falando da capacidade de acelerar a ação em até 2.5x com o toque de um botão, a qualquer momento. É uma adição bem-vinda que torna a espera no início de cada nível muito mais rápida e satisfatória, especialmente quando você chega ao late-game e pode apenas sentar e observar uma dezena de plantas atirando em alta velocidade.

Estratégia e Variedade Aprofundada

A jogabilidade central coloca o jogador para enfrentar ondas de mortos-vivos. Perder uma fileira significa que um zumbi entrará em sua casa. No primeiro deslize, um cortador de grama entrará em ação, varrendo a ameaça (e qualquer outro zumbi atrás dele) – um mecanismo de segunda chance que é a marca registrada do jogo.

Para plantar suas torres, você precisa de sol, uma moeda que cai do céu ou é gerada por girassóis ou cogumelos plantados. O arsenal de plantas é vasto e varia do útil ao absurdo, com atiradores de ervilha de longo alcance, plantas explosivas e plantas carnívoras que se assemelham a criaturas famintas de filmes de terror.

Replanted brilha na maneira como reintroduz essa jogabilidade e a expande com uma variedade impressionante de ambientes e modos de jogo. A campanha leva você por diferentes partes da casa, condições climáticas e horas do dia, incluindo fases noturnas, fases com neblina, a piscina e até mesmo o telhado. Durante toda a campanha você vai desbloqueando novas plantas, novos zumbis robustos vão aparecendo e novos desafios, mantendo o sistema de progressão constantemente viciante!

Além da campanha principal, há também vários modos de jogo que inclui minijogos e modos de quebra-cabeça das várias versões lançadas ao longo dos anos. A desenvolvedora foi muito feliz ao pegar a base principal do jogo e, com pequenos ajustes, oferecer novas experiências que aumentam muito o fator replay.

Novidades como o modo Dia Nublado — onde as nuvens bloqueiam periodicamente a geração de sol, exigindo mais paciência e economia de recursos — e o modo permadeath Rest In Peace (desbloqueado após o modo Aventura) garantem que o jogo tenha uma longevidade excelente para aqueles que já dominaram o básico e buscam um desafio maior.

O Jardim Multiplayer de Plants vs. Zombies Replanted

Uma das novidades mais interessantes em Plants vs. Zombies Replanted é o retorno dos modos multiplayer local. Embora o foco permaneça na campanha principal, essas opções cooperativas e competitivas são um bônus divertido, especialmente para quem joga no Switch 2.

O modo cooperativo permite que dois jogadores trabalhem juntos para defender o gramado contra a horda zumbi. É um desafio separado da campanha, que incentiva a coordenação e a improvisação. Você e seu parceiro precisarão conversar sobre quem foca na defesa, quem ataca e como dividir o arsenal de plantas para sobreviver.

Já o modo versus (PvP) coloca você e um amigo em uma batalha direta onde um controla as plantas e o outro a horda de zumbis. Essa abordagem de jogabilidade assimétrica adiciona uma dinâmica tensa e explosiva ao jogo, transformando o tower defense em uma briga de quintal muito divertida (e um pouco desbalanceada para o lado dos Zumbis). No entanto, é importante notar que a ausência de um modo multiplayer online é uma oportunidade perdida que a comunidade certamente sentirá falta.

Controles, Visual e Problemas de Plants vs. Zombies Replanted

Para os proprietários do Switch 2, Plants vs. Zombies Replanted oferece o que pode ser considerada a versão definitiva do jogo em termos de controle. O jogo foi originalmente feito para mouse ou toque, e o Switch 2 oferece todas as três opções: controle tradicional, a tela de toque no modo portátil e até mesmo a opção de usar um Joy-Con 2 como um mouse, o que é um ajuste excelente para a jogabilidade de estratégia.

Essa flexibilidade de controle, combinada com o jogo rodando bem e com ótima aparência, o torna a melhor plataforma para reviver o clássico.

No entanto, o respeito de Replanted pelo original, embora em grande parte positiva, ocasionalmente revela a idade do jogo. Elementos da Interface do Usuário (UI) parecem um pouco datados ou “baratos” e, em alguns momentos, a seleção de unidades não é das melhores. Também foram notados alguns bugs visuais menores e até travamentos durante os loadings.

O aspecto mais decepcionante, no entanto, reside no áudio. Há problemas notáveis, como a velocidade da música estar atrelada à velocidade do jogo, fazendo com que a trilha sonora acelere junto com a ação. Além disso, a trilha sonora perde sua natureza dinâmica original, começando cada nível com todos os instrumentos ativos em vez de construir a música ao longo da partida. Parece que a música começou pela metade, muitas vezes.

Conclusão de Plants vs. Zombies Replanted

Plants vs. Zombies Replanted é uma reedição fiel e muito competente de um dos jogos mais importantes da era mobile e do gênero tower defense. É um lembrete caloroso de uma época diferente para a PopCap, onde o foco estava na simplicidade, leveza e na experiência principal, muitas vezes com um preço único em vez da dependência de monetização constante. A satisfação viciante de plantar, colher sol e ver sua defesa crescer para varrer uma onda de zumbis é tão fresca e recompensadora hoje quanto era em 2009.

No final das contas, o núcleo do jogo é um clássico inegável, e a experiência que Replanted oferece é uma prova de quão bom ele sempre foi. O novo recurso de velocidade é um divisor de águas e a quantidade de modos extras, como o desafiador Rest In Peace e as opções multiplayer local, garantem que o jogo permanecerá plantado na sua biblioteca por um longo tempo.

No entanto, é impossível ignorar as inconsistências visuais e, especialmente, os problemas de áudio atuais que prejudicam a experiência. Se a Electronic Arts abordar os problemas musicais e algumas das questões de acessibilidade e interface, Plants vs. Zombies Replanted tem o potencial de se tornar a versão definitiva e essencial do jogo. Por enquanto, é uma versão ótima, mas levemente falha, de um clássico absoluto.

Essa análise de Plants vs. Zombies Replanted segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

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Um clássico revivido

NOTA - 8

8

Ótimo

Plants vs. Zombies Replanted é uma reedição fiel e muito competente de um dos jogos mais importantes da era mobile e do gênero tower defense. É um lembrete caloroso de uma época diferente para a PopCap, onde o foco estava na simplicidade, leveza e na experiência principal, muitas vezes com um preço único em vez da dependência de monetização constante.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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