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Análise: Yakuza 0 Director’s Cut (PS5)

Kiryu-chan e Majima nos anos 80 agora no seu PS5

Uma década após o lançamento original de Yakuza 0 para PlayStation 3 e 4, título que narra as origens de Kazuma Kiryu e Goro Majima, chega ao mercado a edição Director’s Cut. Esta versão atualizada inclui 26 minutos de cenas inéditas, a adição de um modo cooperativo e, pela primeira vez no jogo, opção de dublagem em inglês. Já fizemos anteriormente uma análise referente a versão do Nintendo Switch 2, mas como desta vez o jogo chegou ao Playstation 5 e Xbox Series vamos ver como ele ficou para os consoles de mesa da atual geração.

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(Nota: Esta análise foca exclusivamente nas novidades da versão Director’s Cut. Para uma avaliação completa do jogo base, consulte nossa análise original de 2017.)

História adicional

Para os veteranos da série, o grande diferencial encontra-se nos 26 minutos de material inédito. Longe de serem inserções aleatórias ou mudanças drásticas no final, essas cenas oferecem um desfecho apropriado para personagens secundários que, no jogo original, saíam de cena sem maiores explicações.

A dinâmica é comparável a versões estendidas cinematográficas: o novo conteúdo cria arcos de redenção e estabelece transições mais fluidas entre os eventos da história. Embora essas adições sejam valorizadas por quem já é fã da saga ao aprofundar o elenco de apoio (em especial a conclusão definitiva da história do Kuze), é provável que jogadores casuais ou menos envolvidos com o enredo considerem o impacto dessas mudanças pouco significativo.

Aprimoramentos Técnicos

Por ser um título de transição entre gerações (PS3 e PS4), Yakuza 0 não utiliza a Dragon Engine, motor gráfico presente nos capítulos mais recentes da franquia. Consequentemente, a Yakuza 0 Director’s Cut não traz uma reformulação visual completa, mas entrega refinamentos importantes, destacando-se o aumento na resolução. Um ponto a ser ressalvado, entretanto, é a oscilação de qualidade em algumas das cenas inéditas, que ocasionalmente apresentam cenários com definição inferior.

A evolução técnica mais perceptível ocorre no design de som, que foi remasterizado para maior clareza e imersão. A distinção das camadas sonoras é evidente, permitindo ouvir separadamente os diálogos dos pedestres em Kamurocho e Sotenbori e a música ambiente das lojas.

Outra adição relevante é a dublagem em inglês, oferecendo uma opção ao áudio original japonês. Contudo, a falta de legendas em português brasileiro é uma lacuna notável, dado o histórico recente de localização da SEGA.

O avanço mais significativo reside na estabilidade da performance a 60 quadros por segundo. Essa fluidez aprimora consideravelmente a jogabilidade, eliminando a rigidez da versão original e tornando o combate mais dinâmico. O desempenho permanece constante no PlayStation 5, garantindo uma experiência sólida.

Modo Red Light Night

A inclusão mais relevante desta edição é o “Red Light Night Mode”, uma modalidade cooperativa online para até quatro participantes, recurso inédito na franquia. A estrutura é direta: os jogadores selecionam um avatar para enfrentar ondas sucessivas de oponentes em variados cenários, encerrando o estágio com uma batalha contra um chefe.

Embora a premissa ofereça entretenimento rápido, a simplicidade mecânica pode tornar a experiência repetitiva a longo prazo. O modo apresenta restrições, como a exclusão das tradicionais heat actions, o que reduz a complexidade dos confrontos. Outra limitação é o tratamento dos estilos de luta de Kiryu e Majima como personagens independentes, impossibilitando a alternância dinâmica de posturas durante a ação.

Por outro lado, o sistema econômico funciona como um incentivo. Os recursos financeiros obtidos nas partidas podem ser investidos na evolução dos atributos dos personagens, estabelecendo um ciclo de progressão que estimula a continuidade no modo.

Conclusão de Yakuza 0 Director’s Cut

Yakuza 0 Director’s Cut refina o título base através de adições específicas, focadas principalmente no público fiel da série. Embora as cenas inéditas expandam a narrativa, seu valor é mais perceptível para aqueles que já possuem um vínculo prévio com o enredo e o elenco.

No aspecto técnico, as atualizações são positivas. O aumento na resolução, o retrabalho sonoro e, sobretudo, a estabilidade em 60 FPS modernizam a jogabilidade de maneira significativa. Contudo, oscilações visuais pontuais e a falta de localização para o português brasileiro permanecem como pontos negativos.

Já a modalidade cooperativa, Red Light Night Mode, atua como um extra de entretenimento rápido. Devido à sua simplicidade mecânica, serve mais como um complemento casual para partidas breves do que como um componente central e profundo do jogo.

Em suma, esta versão entrega um conjunto sólido que complementa a obra original sem transformá-la radicalmente. É uma aquisição indicada tanto para veteranos que buscam as melhorias técnicas quanto para novos jogadores, ressalvada a barreira do idioma.

Essa análise de Yakuza 0 Director’s Cut segue nossas diretrizes internas. Confira aqui nosso processo de avaliação.

A melhor versão do jogo mais aclamado de Yakuza

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9
Naarrativa - 9

9

Excelente

Yakuza 0 Director’s Cut complementa bem o jogo original com melhorias pontuais e um modo multiplayer inédito, mas seu conteúdo extra é mais significativo para fãs da franquia do que para novos jogadores. E, claro, agora no PS5, Xbox Series e PC.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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