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Resident Evil 4 Benchmark – AMD RX 6800

Resident Evil 4 com tudo no máximo é lindo demais

É inquestionável que Resident Evil vem recebendo uma gigantesca exposição desde seu lançamento por sua alta qualidade assim como tem recebido inúmeras avaliações positivas, incluindo a nossa onde demos nota máxima ao jogo.

No entanto, nós recebemos a versão de PS5 para esta análise e mais nada. E com muita sorte a AMD ouviu nossas preces (sem exageros aqui) e recebemos uma versão de PC para conferir como Resident Evil 4 está rodando em uma placa AMD e com isso, traremos o famoso Benchmark baseado em nossa RX 6800. Porém, não apenas testamos o jogo em uma GPU AMD, como também contamos com uma CPU AMD Ryzen 9, ou seja, um setup 100% AMD (adquirido por meios próprios).

Aqui nós utilizamos o nosso notebook gamer Rog Strix G15 Advantage Edition que conta com uma GPU Radeon RX 6800M com 12GB GDDR6, CPU AMD Ryzen 9 5980HX e com 16 GB de RAM DDR4 3200 MHz.

Resident Evil 4 Remake é absolutamente lindo

Acredito que vale dizer antes mesmo de começar com essa análise técnica/Benchmark, é que quem fez a análise de Resident Evil 4 com todos os detalhes de mecânicas, evoluções gráficas, game design e mais foi o Bernardo e já contamos com uma análise tanto em vídeo como escrita. Portanto, caso busque mais informações além dos visuais e Benchmark, sugiro que confira a análise que já está disponível.

E dito isso, eu fiquei boquiaberto com a qualidade gráfica do jogo. Logo no início podemos ver a qualidade dos materiais da jaqueta de couro do Leon ou então ficar fascinados com os ambientes sinistros que o jogo proporciona seja tanto em pequenas vilas como em casas ou no meio da vegetação nativa.

Acredito que o grande mérito aqui vai para a parte de iluminação que impressiona a todo momento em conjunto com a reimaginação dos cenários do jogo. Um extra que o jogo traz é que muitos dos ambientes são preenchidos com uma fumaça densa trazendo ainda mais tensão ao jogo.

Em toda minha jogatina eu deixei o game com tudo no máximo, com a exceção das texturas que deixei apenas em alto, assim como o Ray Tracing ficou em normal e utilizei o FSR 2 em qualidade. E isso tudo rodando na resolução 2K.

É importante salientar que não apenas o AMD Software (Adrenalin 23.3.2) recebeu uma atualização específica para o game, como a única tecnologia de upscale embarcada no jogo é o FSR. No caso o famoso DLSS ficou de fora, mas que para a alegria de todos, o FSR da AMD serve para todas as GPU’s do mercado, incluindo modelos mais antigos da NVIDIA como a série GTX 10.

Ray Tracing é vital e a RX tanka tranquilamente

Um erro ainda bem comum é achar que o Ray Tracing é uma tecnologia da Nvidia, afinal até mudaram o nome das suas placas de GTX para RTX dando ênfase no Ray Tracing. No entanto, isso foi apenas uma grande sacada de Marketing. Embora as RTX tenham uma construção focada nesta tecnologia, outras GPU’s podem utilizar essa tecnologia.

Felizmente essa tecnologia de traçado de raios funciona também nas placas AMD, assim como nos consoles PS5 e Xbox Series onde, inclusive, ambos contam com GPU’s da AMD. No entanto, sempre existe um medo de uma placa AMD se irá ou não tankar essa opção, pois é algo muito custoso para a placa gráfica. E felizmente não apenas minha RX 6800 aguentou o Ray Tracing, como ele se faz necessário ativar.

Eu deixei a opção de Ray Tracing no normal, pois eu já teria os detalhes de iluminação global e reflexos desejados. Infelizmente tentar colocar tudo no máximo incluindo essa técnica, seria custosa demais para minha GPU e causaria gargalos.

Ao longo dos meus testes tive um momento muito em específico logo após o início do capítulo 2, onde Leon perdeu suas armas e teve que se esgueirar por corredores molhados, que eu vi a necessidade de utilizar o Ray Tracing.

Simplesmente os reflexos tradicionais via SSR causavam uma espécie de borrão em volta do Leon. Como se a imagem ficasse com um fantasma. Ao voltar a utilizar o Ray Tracing eu pude ver como a experiência visual melhora com ele ativado.

E claro, isso tudo sempre jogando com 60 ou mais frames por segundo.

Configurações de FSR e Benchmark de Resident Evil 4

E claro, além dos gráficos impressionantes e da iluminação soberba, como está seu desempenho como um todo? E é aí que entra o famoso Benchmark.

Como já mencionei, jogando a 2K, com o FSR em qualidade e com quase tudo no máximo (menos texturas e Ray Tracing), eu alcançava tranquilamente os tão desejados 60 frames com alguns momentos chegando a quase 90 frames. No geral eu tive uma média bem satisfatória de cerca de 75 frames. Lembrando que essa média inclui lugares abertos como fechados que mesclam ação com calmaria e puzzles.

Contudo, tenho que fazer algumas observações tanto positivas como negativas.

A primeira é que dependendo do PC que tenha e de quanto VRAM sua GPU possuir, o jogo poderá sofrer crashes independente da fabricante de sua placa. Pelo que pesquisei, Resident Evil 4 possui um problema interno que se juntar uma textura muito pesada com Ray Tracing, crashes serão inevitáveis.

E sim, isso aconteceu comigo. Em um ponto específico sofri com dois crashes que nada pude fazer senão reiniciar o game.

Já o segundo problema crônico do jogo, e mais uma vez independente da fabricante de sua GPU, é que existem alguns stutters chatos em pontos específicos, mas que felizmente estão longe da ação. Todas nossas fichas vão para isso estar acontecendo por conta do carregamento do próximo cenário.

Agora falando da diferença de usar ou não o FSR 2, temos a parte positiva e a negativa. A positiva é o claro ganho de frames. Eu fiz dois testes em duas áreas com muitos inimigos, explosões e ação.

Na primeira área da Vila, onde é possível jogá-la na demo que já está disponível para todos, ao manter o FSR desligado e contar apenas com o TAA, eu tive uma média de 58 frames. Já com o FSR em qualidade essa média subiu para 62 frames e em desempenho ele pulou para 70 frames.

E a segunda área que testei foi no vale onde com o FSR desligado eu cheguei a uma média de 56 frames, com ele ligado em qualidade atingiu uma média de 64 frames e ao deixar em desempenho ele pulou para 72 frames.

Aqui a conclusão lógica é sim deixar o FSR ligado para ganhar desempenho, até porque as quedas serão menos perceptíveis caso tenha mais frames disponíveis.

Porém, existe a parte eventualmente negativa de ligar o FSR 2 e vou explicar. Quanto mais você focar em desempenho, maior será a perda na qualidade e mais agressivo ficará para seus olhos. Isso é algo normal seja no FSR como no DLSS.

O problema é que mesmo em qualidade, existem alguns momentos pontuais onde algum objeto ou material ficará com uma aparência de granulado.

Isso foi algo que relatamos quando testamos o FSR 2 pela primeira vez em Deathloop e embora o problema tenha sido minimizado nesta versão 2.2 do FSR, ele ainda existe.

Conclusão – Jogue Resident Evil 4 Remake

De forma geral os testes foram bem satisfatórios e fui efetivamente surpreendido por poder usar o Ray Tracing sem grandes problemas. Falando especificamente da GPU AMD, eu sabia que poderia rodar o game sem problemas, afinal é para isso que ela existe. Mas rodar tudo praticamente no máximo a 2K e ainda com Ray Tracing ligado, foi e está sendo uma bela experiência.

O fato é que Resident Evil 4 deve ser jogado por todos os jogadores independente da plataforma. E salvo os pontuais problemas que apontei, jogá-lo no PC é sim uma excelente experiência. 

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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