Prince of Persia é uma franquia consagrada da Ubisoft que iniciou em 1989, mas que infelizmente não teve nenhum novo jogo desde 2010 quando The Forgotten Sands foi lançado. Após tantos anos, a franquia teve um vislumbre de esperança com o anúncio do remake de Prince of Persia: The Sands of Time, mas que infelizmente acabou sofrendo inúmeros adiamentos e, atualmente, não sabemos quando ele será lançado. Apesar disso, todos os fãs foram surpreendidos com o anúncio de Prince of Persia: The Lost Crown para os consoles da velha e atual geração.
Não somente o anúncio do jogo, mas o seu estilo de gameplay também foi algo que deixou todos surpreendidos, uma vez que The Lost Crown retornava às origens deixando de ser um jogo de ação em mapa 3D para retornar ao bom e velho side scrolling. Em nossa análise de Prince of Persia: The Lost Crown vamos falar tudo sobre essa novíssima roupagem da série, então continue lendo.
Essa análise de Prince of Persia: The Lost Crown foi escrita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Ubisoft. O jogo se encontra com legendas em pt-br.
Persia está envolvida de traições e mistérios
Em Prince of Persia: The Lost Crown vivemos a história de Sargon, o membro mais jovem do lendário grupo mercenário conhecido como Imortais. Logo de começo somos apresentados a uma batalha sangrenta onde os Imortais são a única esperança de vitória de Pérsia numa guerra e, felizmente, tudo ocorreu bem com Sargon derrotando o general do outro exército.
Apesar de ser um momento de comemoração, todo o reino fica em alerta quando o príncipe é sequestrado por uma traidora que outrora tinha sido tutora de Sargon. De imediato todos os imortais partem para resgatar o sucessor da coroa, mas são levados ao místico Monte Qaf que é conhecido como lar do antigo deus do tempo, o pássaro lendário Simorgh.
Nesse lugar que o espaço e o tempo estão em extrema desordem, o grupo de guerreiros terá preocupações maiores do que apenas os guardas a serviço da traidora.
Prince of Persia: The Lost Crown surpreende com a sua narrativa envolve que mistura de maneira brilhante questões temporais num ambiente onde o passado, presente e futuro se entrelaçam de maneira caótica. Apesar da história principal ser entregue de maneira bastante implícita, o game também conta com missões secundárias que enriquecem a mitologia do Monte Qaf e há acontecimentos sem ordem cronológica que agregam na trama principal do game.
O retorno triunfante do side scrolling
Prince of Persia: The Lost Crown ter retornado ao side scrolling foi, sem dúvidas, uma das melhores decisões em sua produção. Do começo ao fim somos bombardeados por vários desafios de plataforma, onde muitos são completamente insanos a ponto de fazer o jogador pensar “é possível passar nisso?”.
O melhor de tudo é que esses desafios deixam claro que é sim possível concluí-los sem que você seja o melhor jogador do gênero, te incentivando a continuar tentando.
Mesmo com esse retorno às origens, o combate se mostra bastante dinâmico permitindo que você faça combos com as espadas de Sargon. Falando nisso, não é apenas da espada que vamos usufruir, uma vez que mais liberamos também um arco que servirá tanto para disparar flechas quanto para lançá-lo como um chakram.
Apesar de termos apenas duas armas durante toda a gameplay, Sargon libera novas habilidades à medida que progride na história. Essas habilidades envolvem os poderes de Simorgh como dar um dash aéreo, deixar uma “sombra” num local do cenário para que você se teletransporte para ela como se estivesse voltado no tempo, salto duplo e também uma corda energética que auxiliará a alcançar ou puxar os inimigos para si.
Não pense que essas habilidades são úteis apenas em combate, uma vez que você poderá usufruir delas também durante a exploração para acessar áreas que inicialmente não eram acessíveis. Consequentemente, o fator de backtracking vai estar presente do começo ao fim. Além de ser útil para avançar na história, também será necessário para conseguir colecionáveis e itens importantes.
Lutas desafiadoras e épicas
Outro ponto forte em Prince of Persia: The Lost Crown são as batalhas contra chefes. Aqui temos momentos extremamente desafiadores e épicos, pois a equipe criativa não teve limites para a sua imaginação e pode usar e abusar do lúdico para trazer poderes dignos de anime para os personagens.
Todos os confrontos são emocionantes, fazendo com que você se empolgue mesmo quando é derrotado, pois aquela sensação de “na próxima eu consigo” vem à tona de imediato.
Inclusive, todos os inimigos têm três tipos de ataques que podem ser classificados como: normais que é possível bloquear por meio do parry, os amarelos que o bloqueio se transforma num poderoso contra-ataque e, por fim, o vermelho que é impossível bloquear.
Apesar disso, no começo vemos chefes com uma melhor distribuição desses ataques, porém, no decorrer da história, começam a surgir inimigos que usam vários golpes vermelhos e no máximo três ataques amarelos durante o combate inteiro, fazendo com que a mecânica de parry acabe sendo extremamente situacional nestas lutas.
Evolução constante
Sargon também conta em seu arsenal com poções de vida, permitindo que recupere a vida perdida em combate ou por causa de espinhos espalhados no cenário. Elas são recarregadas no checkpoint, mas inicialmente você terá apenas uma à sua disposição.
No jogo há uma loja onde podemos comprar mais poções até totalizar quatro e, além disso, também é possível comprar upgrade para ampliar a taxa de cura. Nesta mesma loja também vende outros itens como pingentes que servem como o “equipamento” do jogo e cada um traz consigo um efeito bastante distinto.
Também temos uma forja onde é possível comprar outros pingentes além de evoluir eles e as armas de Sargon, sendo a principal forma de evoluir o personagem no decorrer do jogo.
Falando em evolução e também nos pingentes, à medida que avançamos podemos equipar mais deles no protagonista. Os seus efeitos não são simples, eles envolvem de maneira direta o gameplay do jogo como dar golpes adicionais, transformar as flechas em disparos de fogo, dar uma nova chance para Sargon quando a sua vida é zerada e várias outras coisas.
Algo que me chamou atenção é que quando evoluímos um desses equipamentos, o seu efeito também é otimizado. Por exemplo, o pingente que permite Sargon dar um ataque adicional, quando ele fica +1 traz consigo a possibilidade de dois ataques adicionais e assim por diante.
Gráficos e áudio
Falando sobre agora sobre os gráficos de Prince of Persia: The Lost Crown, aqui temos um estilo bastante familiar ao cartunesco que encaixou perfeitamente no jogo, uma vez que os exageros nos poderes não iriam ter a mesma conexão caso os gráficos fossem mais realistas. Inclusive, os cenários são extremamente bonitos e repletos de detalhes, enquanto os inimigos possuem visuais distintos e variados.
A trilha sonora do jogo, por sua vez, traz uma imersão enorme. Aqui temos arranjos épicos e memoráveis que entram em contraste com sons ambientes fidedignos e uma dublagem de extrema qualidade.
Conclusão da análise de Prince of Persia: The Lost Crown
Chegando ao fim da análise de Prince of Persia: The Lost Crown, devo dizer que iniciamos o ano com um jogo fenomenal. O legado da franquia está em boas mãos com The Lost Crown, principalmente por causa de seu gameplay desafiador mesclado com uma narrativa envolvente e personagens possuidores de um carisma singular.
A cereja do bolo vai para a batalha contra chefes, uma vez que elas conseguem empolgar do começo ao fim, incentivando o jogador a dar o seu melhor para derrotá-los. Elas são desafiadoras, mas não injustas. E, além disso, os desafios de plataforma também são muito bem estruturados, mostrando que tiveram enorme cuidado em desenvolver o mapa do jogo.
Apesar de acreditar que o parry poderia ter sido mais utilizado em boa parte das batalhas contra chefes (vale citar que na última é muito bem usado), essa questão não apaga o brilho de Prince of Persia: The Lost Crown. Em adicional para terminar, o jogo possui uma duração média de 20 a 25 horas.
Aqui temos o melhor trabalho da Ubisoft desde o começo desta nova geração.
Essa análise de Prince of Persia: The Lost Crown segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Prince of Persia: The Lost Crown é a primeira jóia de 2024
Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10
10
Perfeito
Prince of Persia: The Lost Crown é um jogo de grande qualidade. Ele entrega uma experiência inesquecível que demonstra todo o cuidado da sua equipe de desenvolvimento. Além disso, é carregado de desafios de plataforma e combates épicos.
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