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Análise: Gori: Cuddly Carnage

Um gato e unicórnios se encontram em um hack-and-slash insano

Em um cenário onde jogos de ação e hack-and-slash parecem estar em todo lugar, é sempre interessante quando um título consegue se destacar da multidão. Gori: Cuddly Carnage, desenvolvido pela Angry Demon Studio e publicado pela Wired Productions, faz exatamente isso, misturando uma premissa absurda com gameplay frenético e uma estética única que combina o fofo com o grotesco. Nele, controlamos um gato geneticamente modificado montado em um hoverboard com lâminas em um mundo pós-apocalíptico dominado por brinquedos assassinos (sim, você leu certo). Se você quer saber tudo sobre Gori: Cuddly Carnage, confira a nossa análise completa abaixo:

Um Mundo Bizarro e Cativante

Gori: Cuddly Carnage se passa em um futuro distópico onde a humanidade foi praticamente extinta e o mundo é dominado por Ultra Pets, brinquedos criados pela corporação Cool-Toyz Inc. que se tornaram assassinos implacáveis. Você assume o papel de Gori, um protótipo de animal de estimação sintético que escapou da destruição graças ao misterioso Professor Y. Acompanhado por F.R.A.N.K., um hoverboard sarcástico e cheio de lâminas, e CH1-P, uma inteligência artificial mal-humorada, Gori embarca em uma missão para derrotar o Adorable Army e seus generais, enquanto busca resgatar o Professor Y.

A narrativa é surpreendentemente envolvente para um jogo que, à primeira vista, poderia ser considerado um mero pretexto para a carnificina. Os diálogos entre F.R.A.N.K. e CH1-P são um dos pontos altos do jogo, repletos de humor ácido e referências pop que parecem saídos diretamente de um programa do Adult Swim. Enquanto Gori se comunica apenas através de miados adoráveis, seus companheiros mais que compensam com suas personalidades distintas e interações bem humoradas.

A história se desenrola de maneira não linear, com flashbacks e revelações que mantêm o jogador a par da história do protagonista felino até o final. Embora não seja uma obra-prima narrativa, Gori: Cuddly Carnage consegue criar um universo único e memorável que traz um bom pretexto para sua jogabilidade caótica.

Gameplay Frenético e Satisfatório

No coração de Gori: Cuddly Carnage está seu sistema de combate altamente violento e acelerado. Por ser um híbrido entre um jogo de skate e um hack-and-slash, o título oferece uma experiência de jogo única, que lembra vagamente títulos como Lollipop Chainsaw, mas com sua própria identidade distinta.

O controle de Gori em seu hoverboard é inicialmente um pouco estranho, mas após um breve período de adaptação, você deslizará pelo cenário realizando manobras e transformando hordas de inimigos em uma explosão sangrenta de pelúcias por todos os cantos. O sistema de combate é até bastante profundo, permitindo que os jogadores combinem ataques básicos com habilidades especiais e manobras de skate para criar combos bem safisfatórios.

Fora isso, a variedade de inimigos também mantém o combate interessante ao longo do jogo. Dos básicos Unicórnios que caem com um único golpe, aos mais desafiadores Slicey-corns com lâminas nas mãos e inimigos com escudos de bolha, cada novo tipo de adversário exige que o jogador adapte sua estratégia. O jogo também introduz elementos ambientais e obstáculos que adicionam uma camada extra de estratégia ao combate.

Outro aspecto importante da jogabilidade é o sistema de energia. Para manter Gori e F.R.A.N.K. em alta velocidade e potencializar seus ataques, os jogadores precisam constantemente recarregar sua energia realizando manobras como wall rides e grinds em trilhos, além de manter combos de mortes. Tudo isso cria um loop de gameplay satisfatório que incentiva os jogadores a serem criativos para manterem o movimento constantemente.

Os níveis são projetados para incorporar elementos de plataforma e quebra-cabeças leves entre as sequências de combate intenso. Embora a navegação às vezes possa parecer um pouco imprecisa devido à natureza flutuante do hoverboard, os desafios de plataforma oferecem um descanso bem-vindo do caos do combate.

Ainda, o sistema de progressão do jogo permite que os jogadores gastem recursos coletados para desbloquear novas habilidades e melhorias, além de opções cosméticas para personalizar a aparência de Gori e seus companheiros, o que adiciona uma camada de personalização ao título.

Gráficos e Trilha Sonora

Visualmente, Gori: Cuddly Carnage é uma experiência diferente do usual. O jogo abraça uma estética cyberpunk psicodélica, com cenários neon vibrantes que lembram até bastante outro famoso jogo felino, Stray. A mistura de elementos fofos e grotescos cria um contraste visual impressionante que reforça a natureza bizarra do mundo do jogo.

Os modelos dos inimigos variam, indo de perturbadores a bizarros. Os unicórnios básicos podem parecer quase adoráveis à primeira vista, mas os chefes são o ponto alto do jogo em termos de arte, com designs memoráveis e assustadores. Um bom exemplo é o chefe que se assemelha a uma casa de bonecas transformada em uma abominação de carne e osso.

É importante notar que o jogo vem com um aviso de epilepsia, e por um bom motivo. A explosão constante de cores e efeitos visuais acontece a todo momento, acompanhando o gameplay frenético do jogo. Para aqueles que gostam do gênero, Gori: Cuddly Carnage oferece uma excelente e caótica experiência.

E claro, os diferentes níveis do jogo apresentam temas visuais distintos, desde cidades Cyberpunk decadentes até o interior surreal de um gabinete de fliperama gigante. Ou seja, cada novo ambiente traz novos elementos visuais e desafios de gameplay.

A trilha sonora de Gori: Cuddly Carnage é tão eclética quanto seu visual. Misturando rock pesado com elementos eletrônicos e, ocasionalmente, melodias infantis distorcidas, a música do jogo cria uma atmosfera que combina perfeitamente com a ação na tela. Os efeitos sonoros são igualmente bem trabalhados, com cada golpe, explosão e grito de unicórnio contribuindo para a loucura controlada que é a marca registrada do jogo.

Conclusão – Análise – Gori: Cuddly Carnage

Para fechar essa análise, eu posso dizer com tranquilidade que Gori: Cuddly Carnage é um jogo que abraça o absurdo sem medo, sendo uma experiência única que consegue ser simultaneamente adorável, perturbadora, frenética e estratégica. Embora possa não ser um jogo para todos, o título oferece uma experiência refrescante e memorável para jogadores dispostos a mergulhar em seu mundo bizarro.

Agora, é importante salientar, o jogo não é perfeito. A física do hoverboard pode ser frustrante em momentos que exigem precisão, e alguns jogadores podem achar que os elementos de skate não são tão satisfatórios quanto poderiam ser. Além disso, apesar da variedade de inimigos e ambientes, há momentos em que o combate se torna repetitivo.

No entanto, essas pequenas falhas são facilmente superadas pelos pontos fortes do jogo. O combate é satisfatório, a história e os personagens são cativantes, e a apresentação audiovisual é bastante competente. Para fãs de jogos de ação que buscam algo fora do comum, Gori: Cuddly Carnage oferece uma experiência única que certamente agrada, trazendo um mundo onde o fofo e o caótico se encontram de maneiras inesperadas e hilárias.

Essa análise/review de Gori: Cuddly Carnage segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Gori: Cuddly Carnage

Nota - 7.5

7.5

Bom

Gori: Cuddly Carnage é uma experiência frenética de hack-and-slash que mistura o adorável com o grotesco, oferecendo um bom gameplay e uma história hilária.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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