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Análise: Call of Duty Black Ops 6

Black Ops volta com tudo!

O mais recente título da série Call of Duty, o Black Ops 6, é uma tentativa da Treyarch de equilibrar a familiaridade e a inovação numa fórmula que já é consagrada. Vamos destrinchar os pontos principais do jogo e avaliar como ele se sai em cada aspecto importante, sendo um título super aguardado por fãs da série Black Ops.

Esta análise foi possível graças a uma chave do jogo Call of Duty Black Ops 6, via Steam, enviada pela Activision. Eles estarão lendo esta publicação junto de vocês.

Gráficos excelentes e cinematics fantásticas

Call of Duty Black Ops 6 entrega um pacote visual que impressiona, mas sem ser revolucionário como uma troca de geração. Os cenários do início dos anos 90, com referências históricas como a Guerra do Golfo e eventos políticos marcantes, são ricamente detalhados, e a ambientação traz vida à narrativa. Os detalhes nos personagens, armas e efeitos especiais são meticulosos.

Entretanto, alguns jogadores podem achar que os visuais não são um salto significativo em relação aos jogos anteriores. Embora sejam sólidos, não chegam a redefinir padrões na indústria, o que, considerando os recursos atuais. Não trato como ponto negativo pois Call of Duty entrega excelentes gráficos neste geração há alguns títulos. Mas entendo quem possa se frustrar, ainda mais com o recém lançado PS5 Pro, onde há expectativa de saltos gráficos que justifiquem o console.

Trilha sonora e áudio trazem impacto direto na imersão

A trilha sonora de Black Ops 6 é um ponto forte. Temas orquestrados e inspirados pelos anos 90 permeiam o jogo, elevando o tom das missões de espionagem e ação. Em momentos de maior tensão, como invasões furtivas ou grandes combates, a música intensifica a experiência.

Os efeitos sonoros, desde tiros até explosões, continuam a ser uma assinatura da franquia, com uma atenção aos mínimos detalhes que fazem cada disparo soar único. O trabalho de dublagem também merece destaque, com performances convincentes que ajudam a construir a narrativa. Outro ponto que já vem se tornando repetitivo em jogos da Activision e da franquia Call of Duty em si. Capricho com a localização em português do Brasil. Título a título o padrão se mantém ou melhora.

Jogabilidade refinada e com maior liberdade

Um dos aspectos mais notáveis é o quanto Black Ops 6 oferece liberdade ao jogador. Missões mais abertas, com a possibilidade de abordar furtivamente ou “dedo no c* e gritaria”, trazem uma sensação de escolha incomum para a franquia, que costuma ter um estilo corredor bem clássico. O sistema de movimentação omnidirecional e a introdução de veículos aumentam a variedade de gameplay, enquanto elementos de quebra-cabeça e exploração quebram o ritmo usual de tiroteios incessantes.

Ainda assim, a Treyarch mantém o que os fãs mais amam: mecânicas de tiro polidas, respostas rápidas e uma dificuldade ajustada que recompensa os mais habilidosos. Não há espaço para monotonia aqui, mesmo no modo campanha. É ação atrás de ação.

Campanha que daria um filme do Netflix

Falando em campanha, a de Black Ops 6 é um dos maiores destaques do jogo. Ambientada no fim da Guerra Fria, a história mistura espionagem e ação, oferecendo momentos que parecem saídos diretamente de um filme de espião da era de ouro de Hollywood, e não destas porcarias lacradoras da última década. Há missões memoráveis, com referências reais de personagens icônicos da nossa história. Terroristas, presidentes, quem viveu os noticiários dos anos 90 acessa memórias da época instantaneamente.

Os personagens são bem desenvolvidos e tem seu espaço. Até mesmo o protagonista que usamos, Case, que não tem falas na série, se desenvolve no roteiro ao longo da campanha.

Seja como for, a variedade de missões — desde mapas abertos até momentos com elementos de terror psicológico — garante uma experiência rica e surpreendente. Da pra sentir uns calafrios dependendo da missão.

Multiplayer feito para psicopatas

O multiplayer continua a ser o coração pulsante de Call of Duty. Em Black Ops 6, ele permanece viciante, com partidas rápidas e intensas que estimulam aquele pensamento de “vou só mais uminha”. As classes, perks e loadouts foram ajustados, sem mudanças radicais, agradando os fãs mais antigos. BF 2042 deveria ter aprendido neste quesito com Black Ops 6.

Enquanto alguns portais citam problemas com design de mapas, para mim, o problema está no afastamento de jogadores novos e pouco habilidosos. As novas movimentações do jogo, que se assemelham a um Max Payne moderno, são tenebrosas. Quando você entra numa sala com alguém que domine movimentações bizarras se jogando de um lado para o outro, girando igual um catavento, você sente zero vontade de continuar jogando. É extremamente punitivo e desigual. Ser bom de mira não é mais diferencial. O que importa é quantos pulos para o lado alá Matrix você consegue dar.

O multiplayer em si está muito gostoso. Bom de se jogar. Mas são poucas salas que você não encontrará um helicóptero em formato de pessoa girando e atirando para todos os lados. É insano.

Modo Zombies mistura bem nostalgia e novidades

O modo Zombies é onde Black Ops 6 mais tenta inovar. A integração com elementos do multiplayer, como classes e pontuações, traz novidades ao modo cooperativo. São elementos muito bem vindos, que amplificam a antiga experiência de “somente sobrevivência”.

Ainda assim, a narrativa do modo Zombies mantém sua identidade única e excêntrica, cheia de momentos surreais que já são marca registrada. A progressão e os novos elementos podem ser confusos no início, mas acabam enriquecendo o modo para quem se adapta a eles.

Conclusão

Call of Duty Black Ops 6 reafirma a força da franquia ao apresentar uma experiência robusta que mescla o melhor de suas tradições com alguns avanços que renovam o interesse e atraem novos jogadores. A campanha é, sem dúvidas, o destaque principal, oferecendo uma narrativa cinematográfica cheia de reviravoltas e momentos de arrepiar os mais medrosos (como eu). A ambientação histórica, combinada com elementos de espionagem e ação, mostra que a Treyarch está disposta a explorar novas possibilidades na fórmula clássica de Call of Duty, sem perder sua essência. Para os fãs de longa data, há bastante nostalgia, enquanto os novos jogadores encontrarão uma história envolvente e acessível. Para os frustrados com a campanha do último Modern Warfare, aqui vocês serão recompensados.

No multiplayer, Black Ops 6 mantém seu gameplay único e viciante. Mas afasta novatos e quem não é muito habilidoso com movimentações bizarras e que, a meu ver, não deveriam ter sido inseridas no jogo.

O modo Zombies, por sua vez, é um misto de ousadia e reverência às raízes do jogo. Apesar de algumas mecânicas parecerem um pouco complicadas, o charme peculiar desse modo e sua capacidade de se reinventar continuam a atrair o público fiel. A narrativa exagerada e os elementos cooperativos garantem horas de diversão.

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Black Ops 6 pode não ser o título que redefine a franquia, mas é, sem dúvida, uma prova de que Call of Duty ainda tem muito a oferecer.

Essa análise/review de Call of Duty Black Ops 6 segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Black Ops volta com tudo!

Visual, ambientação e gráficos - 9.3
Jogabilidade - 9.6
Áudio e trilha-sonora - 9.1
Campanha - 9.6
Multiplayer - 7.7
Zombies - 8.9

9

Excelente

Black Ops 6 pode não ser o título que redefine a franquia, mas é, sem dúvida, uma prova de que Call of Duty ainda tem muito a oferecer.

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Pedro Nogueira

Formado em Administração e em GunZ: The Duel. Rei dos FPS e o Toretto dos jogos de corrida no site. O nerd/entusiasta do PC Master Race, responsável por análise de periféricos e hardware. Quebra um galho de streamer lá na twitch.tv/ultimaficha.

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