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Análise: Dark Souls Remastered é a obra prima da obra prima

Mesmo que nunca tenha jogado, provavelmente você já ouviu falar em Dark Souls. O lendário jogo da From Software pegou a experiência criada em Demon’s Souls e a elevou a um nível que acabou criando praticamente um gênero dentro do mundo dos games, apelidado de “Souls”.  Anos após seu lançamento, eis que somos brindados com a versão Remasterizada para as gerações atuais de console. E é sobre ela que falaremos nas próximas linhas:

O jogo mais difícil do mundo

Tão logo chegou ao mercado, Dark Souls ganhou esse apelido. Sim, a From Sofware tinha a intenção de chamar a atenção do mercado para seu novo produto. Mas, acredite, ele faz jus ao apelido. Portanto, Dark Souls não é para iniciantes. Porém, isso não significa que ele é impossível de ser jogado ou que sua dificuldade elevada o torne uma experiência frustrante.

Na verdade, Dark Souls é um jogo que conta com dinâmicas inovadoras e, com isso, você precisará mudar seu modo de pensar para evoluir no jogo. Diferente de tudo o que vimos no mercado desde seu lançamento, não basta apenas apertar meia dúzia de botões, decorar alguns combos e correr pro abraço. É justamente o contrário. Dark Souls nem tem combos e sim ataques que variam de acordo com a arma e a classe do personagem.

Uma vez que você entenda que Dark Souls deve ser degustado, ou seja, jogado com calma para curtir a “viagem” (e que viagem, em todos os sentidos), você provavelmente se apaixonará pela criação da From Software que, não atoa, arrebatou uma legião de fãs.

Observar e absorver

O termo, amplamente divulgado pelo pensador, filósofo e artista de rua Eduardo Marinho, é uma ótima forma de encarar Dark Souls Remastered. Pratique a obervação dos ataques inimigos, seus padrões de comportamento e suas fraquezas. A partir daí, já tendo absorvido essas informações, você poderá implementar a melhor estratégia para avançar.

Parece banal, mas essa dica mudou completamente minha forma de encarar os jogos da série. Principalmente nos chefões. Eles são boçalmente maiores e mais fortes do que seu personagem (ao menos da primeira vez que você jogar). Portanto, não se iluda em querer sair atacando seus inimigos até esgotar sua barra de stamina, pois você precisará dela para se defender ou esquivar.

O jogo mais difícil da série

Para que sejamos justos, ao falar série eu me refiro a Dark Souls somente, ok? Demon’s Souls eu não considerei na hora de fazer essa afirmação. Mas porque eu entrei nessa justamente agora? Simplesmente para alertar aqueles jogadores que, assim como eu, experimentarão Dark Souls pela primeira vez agora. Sim. Minha história em jogos desse estilo começou em Boodborne, passando por Dark Souls 3, Dark Souls 2 e, finalmente, chegando em Dark Souls Remastered (na verdade eu até joguei Dark Souls no Playstation 3, mas foi muito pouco a ponto de formar uma opinião na época).

Uma das primeiras coisas que me chamaram a atenção em Dark Souls Remastered foi sua dificuldade. Não que os outros sejam um passeio no parque, mas é que o bicho é difícil bagarai. E isso não é de forma algum um problema, mas somente uma constatação e um aviso para a rapaziada que, assim como eu, nunca tenha tido contato com o jogo antes.

Salto gráfico incrível

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Em tempos de remasterizações meia boca, Dark Souls Remastered mostra como pegar um gráfico da geração passada e transforma-lo em algo palatável aos dias atuais. As texturas ganharam um cuidado que eu jurava que não veria nessa versão do jogo. Isso faz com que jogadores que vierem do lindíssimo Dark Souls 3, não sintam tanto a diferença gráfica dos dois jogos.

Independente disso, o trabalho da From Software foi incrível. Não apenas texturas e polimentos em geral, mas a iluminação também ganhou um carinho especial. A sensação é que estamos diante de um remaster de qualidade e isso ajuda bastante na experiência final do jogo.

Momentos icônicos da franquia

Dark Souls Remastered conta alguns dos momentos mais icônicos da franquia. Obviamente quem jogou ele originalmente na geração passada vai rir da nossa estupefação, mas a sensação de olhar determinado acontecimento, ou NPC e falar: “olha, agora tudo faz sentido” é bem bacana.

Porém, o que agradará a todos é revisitar as localidades icônicas do jogo. A primeira firelink, as Catacumbas, Anor Londo e muito mais. Cada detalhe vale a pena.

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60 FPS lindão

Dark Souls Remastered roda a belíssimos 60 fps. Quem acompanha as minhas análises sabe o quanto eu curto quando um jogo roda a tantos frames por segundo. Pois Dark Souls Remastered roda. E tudo fica ainda mais lindo no jogo.

Além disso, Dark Souls Remastered tem suporte para resolução 4K no Xbox One X, PS4 Pro e PC. A diferença é que o 4K do jogo ocorrerá por upscaling no PS4 Pro e Xbox One X. Já no PC a resolução é nativa.

Jogabilidade melhorada

Por ter sido um dos primeiros jogos da série e prezar pela dificuldade, Dark Souls tem uma jogabilidade mais lenta e travada se compararmos aos jogos atuais da franquia. Em Remastered não chegamos a um DS3, mas claramente tivemos uma polida na jogabilidade em geral. E isso é muito bom, pois deixa o jogo mais gostoso de se jogar e quem nunca experimentou, terá uma experiência mais próxima com o que vemos nos jogos atuais da franquia.

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Conexão nota 10

Uma das coisas mais legais de jogos “Souls” é jogar online. Seja invadindo ou cooperando com outros jogadores, a experiência multi-player é um diferencial. E para que os jogadores vivam isso dá melhor forma, uma boa conectividade é fundamental.

Em Dark Souls Remastered, o número máximo de jogadores online foi alterado de 4 para 6. Porém, só é possível jogar com até seis pessoas usando itens como o Dried Finger, que aumenta sua capacidade de summonar outros NPCs. Assim como nas versões mais modernas da franquia, o “Password Matchmaking” (busca por partidas com senha). Sempre que jogadores de níveis diferentes forem jogar juntos, o sistema automaticamente sincronizará e fará os ajustes (e nerfs) necessários. O mesmo vale para os valores de armas e armaduras.

Itens de cura não estão disponíveis durante o modo PvP (ou seja, quando você invade ou é invadido), com exceção de Estus Flasks. Porém, o número de Estus é limitado. Tão logo você elimine um jogador, seu Estus Flasks são restaurados. Também é possível desligar e ligar o matchmaking global e, agora, os jogadores não podem mais convocar fantasmas aliados consecutivamente quando estão em combate com fantasmas inimigos.

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A From Software fez o dever de casa e Dark Souls Remastered tem um ótimo desempenho online. Pouquíssimas vezes tive problemas com lag no jogo. Desconexoes, então, são raríssimas.

Conclusão

{{

game = [Dark Souls]

game = [Remastered]

info = [Lançamento: 29/05/2018]

info = [Produtora: From Software]

info = [Distribuidora: From Software]

plataformas = [PS4, Xbox One, PC e Nintendo Switch]

nota = [5/5]

decisão = [Obrigatório]

texto = [Dark Souls Remastered]

texto = [é a obra prima da obra prima]

positivo = [Gráficos remasterizados incríveis]

positivo = [Online rodando liso]

positivo = [Trilha sonora]

positivo = [Momentos épicos da franquia]

positivo = [Dificuldade insana]

positivo = [Divertidíssimo de jogar com outros jogadores]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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