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Análise: Valkyria Revolution acerta no combate, mas erra no ritmo da história

Antes de iniciar este review, vale a pena reforçar que este jogo não é uma continuação do Valkyria Chronicles que foi lançado para PS3 e ganhou uma remasterização no PS4. Ele é um jogo próprio com sua história individual e uma mecânica completamente nova, puxando mais para o lado da ação do que pro RPG estratégico. Ele pode ser considerado como um spin off da série.

Já posso adiantar que a mecânica nova me surpreendeu positivamente e me agradou muito. Embora prefira a mecânica de Valkyria Chronicles, eu posso dizer que me diverti muito com o de Valkyria Revolution. Mas já a história e a animação dos personagens……

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A guerra na Europa: Jutland x Império Ruzi e os 5 traidores.

A história de Valkyria Revolution se passa durante a época da revolução industrial da Europa. O material Ragni foi descoberto e com ele, é possível fazer muitas máquinas funcionarem, como é possível ser um alquimista. Ou seja, ter a capacidade de utilizar magias e golpes especiais. O Império Ruzi dominou grande parte da Europa buscando controle total das regiões e livre extração do Ragni. Depois de muito tempo sitiado, a nação livre e até o momento aliada ao império, resolveu se rebelar e parar de aceitar todo esse sofrimento. Jutland é o nome desse país e essa insurgência é liderada pela princesa Orphelia.

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Se mexendo pelas sombras, temos os personagens conhecidos como os 5 traidores. O jogo se baseia na história deles em busca de uma vingança pessoal por fatos ocorridos 10 anos atrás desta guerra. Eles são aliados de Jutland e tem uma pessoa em cada posição do funcionamento de uma sociedade, como no palácio, representante do proletariado, dono de empresa de jornal e mais. É interessante como eles agem para conseguir seu objetivo final de matar os grandes generais e o imperador de Ruzi. O jogo fica mais animado após a aparição da Valkyria que será uma personagem que irá te desafiar constantemente por seus poderes quase divinos.

Embora a história seja interessante e cada um dos mais de 10 personagens principais tenha uma personalidade muito bem desenvolvida, o jogo peca e muito em seu ritmo. Algo que me incomodou logo no inicio foi na qualidade da animação dos personagens. São todos robôs estáticos que não conseguem emitir nenhuma emoção. Agora imagine horas de diálogos e de história com um meio que não consegue lhe passar qualquer traço de emoção? Infelizmente a ótima trama, se transforma em uma penitencia por esse problema. Ouso dizer que o jogó é pelo menos 3/4 de história e 1/4 de gameplay. E isso somente agrava ainda mais este problema que nem a bela arte visual do jogo consegue resolver.

Algo que deve ser notado nos personagens e cutscenes, é que este é um típico jogo japonês. Espere personagens super sensualizadas com os maiores peitos que já viu. Infelizmente é muito difícil o povo nipônico perder essa veia machista e parar de representar as mulheres de forma hiper sexualizadas.

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RPG com toque de Hack n´ Slash

Como já falei, o jogo me surpreendeu positivamente em seu novo combate e em suas mecânicas. Antes de ir para o combate, você poderá comprar itens como as magias ou componentes básicos (algodão, metal, couro e outros). Com esses componentes, será possível encomendar equipamentos melhorados ou específicos para uma situação (com muita resistência a fogo, por exemplo). Além disso, ao passar em outra área, existe a possibilidade de comprar armas secundárias (armas, granadas, etc) e de melhorar os status dos personagens. O jogo conta com um sistema de level up parecido com o de Final Fantasy X. Cada um tem sua própria árvore de habilidades e para melhorar cada personagem, é necessário transformar ragnites (magias) coletado em XP para essas novas habilidades. E ai reside um grande dilema: Qual item devo sacrificar para melhorar um ponto específico de um personagem nos mais de 10 jogáveis? Isso sem contar que tenho que preservar as melhores magias para usar no futuro. Mas para usá-las, preciso adquirir novas habilidades. Um eterno dilema como podem ver.

Indo para o combate em si, o jogo é bem fluido e em certos momentos me lembrou um pouco de han n slash. Antes de ir para cada missão principal, é possível selecionar missões menores ou de treinamento, para que possa elevar sua experiência. Caso fique “farmando” XP, você se encontrará muito forte para as missões e irá ter pouco desafio (o que ocorreu comigo). Na luta em si, é possível você pressionar um botão para ataque (que é automático) e ficar ou defendendo ou esquivando. A diferença desse estilo, é que você tem uma barra de ação, e com ela o jogo fica mais cadenciado, pois não pode atacar compulsivamente. Porém, e felizmente, isso não é tudo. Quando você abre sua roda de habilidade, é possível escolher entre sua arma secundária (arma ou granada) e suas magias de ataque ou defesa. Ao fazer isso, o jogo fica parado e é possível pensar na melhor estratégia disponível.

Um toque sutil que achei muito interessante, é que dependendo da sua estratégia/performance na luta, é possível que os inimigos mudem de status e fiquem com medo de você. Esse é o momento que eles estão mais suscetíveis para sofrer um ataque final.

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Conclusão

Valkyria Revolution acaba sendo um spin off da série e muda muita coisa já conhecida. Felizmente a nova mecânica do jogo é bem agradável e funciona, embora tenha tirado parte do desafio do jogo. O gráfico, que é um ponto forte da série, volta com força em Revolution e agrada aos olhos. Infelizmente, o que acaba minando muito o jogo é a fraca atuação/animação dos personagens. Por 3/4 do jogo se basear em história, é arrastado demais acompanhar isso tudo sem nenhuma empolgação.

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game = [Valkyria Revolution]

game = []

info = [Lançamento: 27/06/2017]

info = [Produtora: Media Vision]

info = [Distribuidora: SEGA]

plataformas = [PS4, PS Vita e Xbox One]

nota = [3/5]

decisão = [Espere uma promoção]

texto = [Embora sua mecânica seja boa, a história]

texto = [deixa a desejar em seu ritmo muito lento]

positivo = [Mecânica de luta]

positivo = [gráficos estilosos]

positivo = [História rica]

negativo = [História arrastada]

negativo = [Animação medíocre]

negativo = [Pouco desafio]

}}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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