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Preview: Beta de Splatoon 2 mostra pouco, mas empolga

Neste último sábado, aconteceu o beta aberto de Splatoon 2. Antes de mais nada vale dizer que apenas um único modo foi revelado: Turf War. Não era possível ganhar experiência, dinheiro ou equipamento. Ou seja, o beta se resumia a escolher uma das 4 armas disponíveis e ir atirar.

Dito isto, vamos para a segunda observação: O jogo está idêntico ao primeiro no sentido de jogabilidade… e isso não é ruim. O primeiro Splatoon foi o grande destaque de 2015 e ganhou o prêmio de melhor jogo multiplayer do ano. Splatoon 2 segue a mesma fórmula até onde pudemos ver. Durante esse modo de Turf War (onde ganha quem pinta mais o cenário), não vimos nenhuma mudança significante no gameplay. Mas segue sendo um jogo extremamente rápido e desafiador onde o trabalho em equipe deve prevalecer.

Por falar em trabalho em equipe, vamos a primeira crítica construtiva: Antes de entrar na partida, você pode escolher se quer montar uma equipe ou se jogará sozinho. Ao escolher o modo grupo, é OBRIGATÓRIO que você faça um grupo de 4 pessoas. Não é possível entrar com um ou dois amigos e esperar o jogo completar seu time. Ou seja, o Beta deixou a entender que não será possível jogar somente com um ou dois amigos, é necessário que você conheça 3 pessoas. Caso isso se firme para a versão final do jogo, será uma grande bola fora.

Já o segundo ponto negativo construtivo deste beta foi a conectividade. Além de demorar um pouco mais do que o comum para achar seu time e o adversário, era extremamente comum cair a conectividade durante esse processo. Isso pode ser visto e provado no vídeo abaixo que gravamos durante nossa live. Claro, vale relevar que isso aconteceu durante o beta do jogo e este teste serve justamente para achar esse tipo de problema. Quanto à demora para achar uma partida, isso também se deu ao fato de que: Como o jogador deveria escolher um “lado” (Bolo ou Sorvete), aconteceu que mais de 70% dos jogadores escolheram o time Sorvete, fazendo com que o tempo para achar alguem do time Bolo aumentasse bastante (nosso caso). Enquanto isso quem estava no time bolo achava jogos sem tanta demora (não foi nosso caso). Isso foi amenizado no Japão onde deveriam escolher entre Rock ou Pop, dividindo melhor os jogadores.

Sobre as partidas em si, só me resta elogios ao jogo. Assim como no primeiro Splatoon. A jogabilidade está bem ágil e a possibilidade de nadar na sua tinta e ficar preso na tinta do adversário ainda continua sendo uma mecânica interessante. Particularmente, acredito que dá todo um novo significado a palavra camper. Você se sente um lula tubarão esperando sua presa passar. Outra mecânica que foi mantida é a possibilidade de, após ter sido morto, escolher um amigo do time e retornar ao seu lado ao invés de ter que andar tudo novamente.

Foram disponibilizadas 4 mapas durante as 4 horas de beta e todos me pareceram muito bem bolados. Cada um tem sua geografia própria dando novas possibilidades de deslocamento e perigos pelo mapa. Uns mapas se tornam mais rápidos, enquanto outros são mais técnicos.

Por fim, temos que falar das armas disponibilizadas e seus ultimates. A única arma nova foi a Splat Dualies que rivaliza diretamente com a Splattershot. Trazendo para o bom português, a Dualies são duas armas simples onde tem um disparo rápido, enquanto a Splattershot é a arma padrão. Além disso, o ultimate da Dualies acaba sendo um míssil perseguidor para quem estiver na mira, enquanto a do Splattershot você ganha uma espécie de jetpack de tinta e pode atirar bombas do céu. Particularmente eu preferi a Dualies  por sua agilidade e pela possibilidade de dar um dodge enquanto está atirando.

Já as outras duas armas foram o Splatroller que é o clássico rolo do primeiro jogo. Ele continua sendo um monstro no que tange cobrir terreno e seu especial é um “socão” no chão que faz uma espécie de campo de força e atinge todos em sua volta. Além disso é sempre prazeroso “rolar” seus inimigos como um rolo compressor. E por fim tínhamos o Splat Charger que seria a sniper, porém, eu detesto essa arma e para mim ela não funciona. Por não possuir a mira, é necessário atirar “no susto”. Além disso, é necessário carregar o tiro para aumentar sua distancia e isso demanda tempo. Ainda mais em um jogo que é extremamente dinâmico. Seu especial é um hiper tiro que passa pelas paredes e atinge todo o mapa. Não estou falando que ela não tem sua utilidade ou que não vai ter gente destruindo com ela durante as partidas, aqui falo somente que ela nao faz meu perfil.

No geral, Splatoon 2 funciona muito bem no que se propõe a fazer: Ser um jogo de tiro diferente do que existe no mercado sem perder sua dinâmica ou competitividade. Porém, o beta apresentou problemas básicos para um jogo que se propõe ser online. Esperamos que os produtores tenham visto e entendido os problemas para que assim Splatoon 2 seja um sucesso assim como seu primeiro título foi no Wii U.

Splatoon 2 será lançado exclusivamente para Nintendo Switch no dia 21 de Julho, essa sexta feira.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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