Dragon Ball FighterZ foi apresentado inicialmente na conferência da Microsoft na E3 2017 e gerou um hype absurdo. Lutar com os amados personagens da franquia Dragon Ball voltando as origens do 2D e com gráficos como se fosse o anime era um sonho realizado. Será que a versão final de Dragon Ball FighterZ consegue manter o Hype? Descubram abaixo em nossa análise.
Uma história melhor do que a do anime
Eu sou fã de carteirinha de Dragon Ball, mas não sou um fanático que aplaude tudo que jogam na minha cara. Particularmente estou decepcionado com a saga Super que na minha opinião, demorou mais de 80 episódios para ficar boa. A boa notícia para os fãs, é que a história de Dragon Ball FighterZ é sim superior a esses primeiros 80 episódios de Super. Somente para situar o fã, a história se passa após o arco de Goku Black e não toca no arco do torneio do poder.
Sem entrar no mundo dos spoilers, posso falar que clones dos muitos guerreiros Z aparecem na Terra e caberá a Goku e sua turma acabar com eles. Porém, todos os guerreiros estão sentindo suas energias serem drenadas, além de se espantarem com a ressurreição de Freeza, Cell, Nappa e muitos outros inimigos. Por fim, eles descobrem que a Androide 21 (nova personagem) é a grande vilã por trás de tudo o que está acontecendo. E agora temos algo estranho, mas necessário para a história. Para poder se movimentar e utilizar seu poder, você deverá ter uma alma humana dentro de você para fazer a conexão. Quanto mais forte é a conexão, mais poder você irá liberar. Sim, eu sei o que você está pensando e sim, é loucura e desnecessário essa parte da alma, mas foi o pulo do gato que usaram para você jogador controlar os guerreiros Z. Felizmente essa alma não atrapalha em nada e até gera alguns momentos interessantes em um dos arcos.
Confiram todo o modo história em nosso canal do Youtube:
Curiosamente o modo história é bem grande (cerca de 12 horas) e se divide em três arcos. Tenho que dizer que os três arcos são completamente diferentes um do outro e não a mesma história pela visão de outra pessoa. O primeiro arco foca em Goku e seus amigos. Basicamente é um tutorial glorificado que não apresenta nenhum grande desafio e é um grande passeio no parque. Chega a ser um pouco chato, infelizmente. Já o segundo arco é o melhor de todos e você irá controlar o magnifico Freeza juntamente com todos os vilões. Aqui o desafio aumenta mais e é maravilhoso ver os debates ente Freeza, Cell, as muitas tentativas de dança da forças especiais Ginyu. Por fim temos o terceiro arco que foca na Androide 21 e nos já conhecidos adroides 16,17 e 18. Aqui é onde encontraremos toda a motivação por trás do plano da nova vilã, 21.
Por fim tenho que falar sobre como funciona o modo história que é onde temos um grande ponto negativo. Com a desculpa de melhorar a conexão entre a alma e o lutador, você será obrigado a lutar contra dezenas de clones que irão fortalecer você em um esquema de level up e melhorias para a luta. Cada personagem terá um nível e será possível equipar até três itens de melhoria na sua equipe (melhoria de ataque, defesa, ki, regeneração de vida, etc). Por mais que esse modo de RPG seja interessante, a necessidade de participar de dezenas de lutas sem sentido e fáceis, faz com que a motivação para este modo seja a história e não suas mecânicas. Simplesmente é muito repetitivo.
Respeito pelo material base
Aqui é onde eu aplaudo de pé o que a Arc Systems Works fez. O fã ao jogar Dragon Ball FighterZ irá ver dezenas de referências a série e a momentos específicos. Por exemplo, se você usar o Goku contra o Freeza no mapa de Namekusei, você irá ver uma mini animação do Freeza matando o Kuririn e do Goku se transformando em Super Sayajin. Caso a luta termine com o Goku vencendo a mesma em cima de Freeza, você terá uma nova animação que é a cena de Goku derrotando Freeza e saindo de Namekusei. Nesse momento, Freeza desfere uma última rajada de energia e Goku da um contra ataque para acabar com seu inimigo. Essa é uma das muitas possibilidades do jogo de cenas especiais.
Tomando como exemplo o Freeza mais uma vez, quando você for derrubado em luta, é possível, do chão, soltar esse último ataque de baixo para cima que mencionei. Ou então quando solta as laminas cortantes dele, é necessário ficar abaixado para não se ferir, pois elas voltam, assim como no anime. Outro exemplo seria o Trunks do Futuro que tem dois golpes icônicos da série. O primeiro é quando ele corta o Freeza em pedaços e desfere uma rajada de energia para mata-lo, e quando pega o Cell – o joga para cima e solta um grande raio de energia o destruindo de vez.
Esses são alguns exemplos das muitas possibilidades que você verá ao longo do jogo. É nítido o carinho envolvido ao fazer o Dragon Ball FighterZ juntamente com um gráfico que é de cair o queixo. A qualidade visual dos jogos da Arc System Works é conhecida por muitos e dessa vez eles se ultrapassaram ao trazer algo perto da perfeição. Não só isso, mas pequenos detalhes deixam os cenários mais vivo como, por exemplo, ao ativar a perseguição e seu inimigo jogar as bolas de energia, você automaticamente irá refleti-las e elas irão causar explosões no segundo plano. Ou quando você está lutando em um cenário com grama, será possível ver a grama acompanhando seus golpes.
Um outro detalhe interessante é a legenda que irá presenciar ao longo do modo história. É nítido que a equipe de legenda fez algo completamente sem pressão e descontraído, pois será possível ver expressões como: “chutar o pau da barraca”, “Chuta uma moita que saem 20 Super Sayajins”, Vou te fazer virar purê” e muito mais. É simplesmente muito divertido ficar aguardando essas frases como esperar ver As Forças Especiais Ginyu tentarem fazer a “dança da alegria” e serem barrados e criticados por todos em volta.
Lutas dignas da franquia
Diferentemente de outros jogos de Dragon Ball, a ideia de Dragon Ball FighterZ é não somente retornar a origem 2D de luta, como dar um ar mais competitivo ao game, em especial ao tentar incluí-lo na EVO (maior competição de jogos de luta do mundo). E só posso dizer uma coisa, assim como o Kame Hame Ha de Gohan contra o Cell, eles acertaram em cheio!
Eu sempre tive uma grande admiração pelos jogos de luta, mas sempre reconheci minha limitação neles, porém, Dragon Ball FighterZ é ao mesmo tempo inclusivo e desafiador. Por exemplo, é muito simples você conectar um combo, pois muitos desses combos são automáticos. Porém, é igualmente fácil para alguém com o mínimo de conhecimento em jogo de luta evitar ou contra-atacar seu adversário. E por Dragon Ball ser conhecido por sua grande intensidade na luta, o combo é algo primordial e natural. Soco fraco leva a combos, forte também, agarrão certamente, anti aéreo também e por aí vai. A pancadaria come solta com muitas explosões. Após treinar um mínimo, será possível fazer combos de 40 hits.
E como são os poderes? Isso é outra coisa muito simples e feito com um único comando, o mais do que clássico meia lua soco. Cada meia lua pra frente ou meia lua pra trás + um botão de ataque irá deferir um especial. Isso acontece inclusive com os grandes especiais que consomem uma ou mais barras de Ki.
Acredito piamente que iremos ver batalhas épicas de Dragon Ball FighterZ, em especial quando os pró-players botarem suas mãos nele.
Servidores estão perto de seu poder total
Algo que muitas pessoas estavam com medo era sobre a estabilidade do servidor em especial após os testes no Beta aberto. A boa notícia é que podemos ver uma grande melhora dos betas para a versão final do jogo.
Isso não quer dizer que os servidores estão perfeitos, mas quer dizer que eles estão acertando muito mais do que errando. Por se tratar de um jogo de luta online, é de esperar um pequeno lag. Esse lag sim existe, mas é quase imperceptível na maioria das lutas.
Algo que fizemos durante o primeiro fim de semana do jogo, foi testá-lo arduamente. Embora eu tenha presenciado algumas desconexões, os outros integrantes do site conseguiam jogar tranquilamente com pouquíssimos problemas. Ou seja, podemos afirmar que os servidores que os servidores ainda não estão 100% mas providencias estão sendo tomadas. Assim como vimos uma grande evolução do servidor de sexta para domingo, acredito quem em breve teremos um ambiente muito mais estável e com o mínimo de interferências.
Por fim, devemos mencionar os rage quitters (aquele pessoal que apanha muito e resolve sair da partida). Por mais que a Bandai não tenha culpa alguma sobre eles, ela deverá trabalhar de maneira intensa sobre punições para eles, pois o único tipo de punição é um filtro de busca de partidas que isola quem tem um grande índice de abandono de partidas. Mas isso também contribui para o afunilamento do numero de possíveis desafiantes. Sendo uma faca de dois gumes para o modo online.
Conclusão
Dragon Ball FighterZ é tudo o que poderíamos esperar e um pouco mais. Ele entrega uma história que sim, peca em seu ritmo, mas que é melhor do que o anime Super e apresenta a Androide 21 que é uma personagem convincente dentro da história de Dragon Ball Z (nunca irei engolir a história da alma humana, mas paciência). O jogo também apresenta um carinho ímpar com as referencias e golpes da série que irão agradar qualquer fã, aliado à um visual extremamente fiel e lindo. Por fim, Dragon Ball FighterZ é equilibrado e bem técnico, irá agradar os fãs novatos no gênero de luta e irá lhe proporcionar belas lutas aos mais experientes no gênero.
Vale frisar que o medo com a estabilidade do modo online não precisa existir. Testamos muito o online e a cada dia que passa a conexão está melhor com partidas estáveis e quase nenhuma desconexão.
{{
game = [Dragon Ball FighterZ]
game = []
info = [Lançamento: 26/01/2018]
info = [Produtora: Arc Systems Works]
info = [Distribuidora: Bandai Namco]
plataformas = [PS4, Xbox One e PC]
nota = [5/5]
decisão = [Compra obrigatória]
texto = [Dragon Ball FighterZ é o jogo]
texto = [que todo fã sonhou]
positivo = [História melhor que DBSuper]
positivo = [Gráficos de Anime]
positivo = [Luta bem balanceada]
positivo = [Respeito pelo fã]
negativo= [Lutas repetitivas na campanha]
}}