RAD é o novo game desenvolvido pela Double Fine junto da Bandai Namco. Dessa vez trazendo um roguelike que se passa num futuro pós-apocalíptico causado por uma devastação biologicamente nuclear fazendo com que as pessoas tivessem que se unir em grupos em busca de sua sobrevivência, alguns destes sobreviventes foram atingidos pela radiação e com isso a habilidade de viver em ambientes hostis e lutar com as criaturas que surgiram após o desastre.
Gráficos toxicamente lindos.
O mapa do jogo é capaz de nos ambientar perfeitamente nesse mundo repleto de radioatividade e seres/plantas bizarros. Os gráficos cartunescos conseguem expressar da melhor forma esse ar de perigo ao mesmo tempo em que traz belas cenas onde plantas crescem do absoluto nada reforçando o quanto os organismos vivos foram capazes de evoluir por conta da radiação. Por mais que os gráficos estejam longe do realismo, ainda são ricos em detalhes. É intrigante que misturaram isso com um ar meio punk com uma colação e artes que lembram vagamento o tom cyber noir, mas invés de tecnologia temos mutantes radioativos.
Efeitos sonoros sem impacto
Algo importante para a ambientação de toda e qualquer coisa é a sonoplastia, enquanto RAD traz músicas gostosas de ouvir, temos um pequenino defeito em sua ambientação sonora onde os inimigos pecam na produção de seu próprio som, fazendo com que o jogador confie apenas naquilo que está vendo. Simplesmente não há impacto auditivo do mundo a nossa volta, apenas a música de fundo consegue marcar o jogador.
Jogabilidade
Em RAD temos um taco de baseball como arma principal e vários personagens que tem seus designs bem únicos, infelizmente, apenas nisso que eles são únicos, já que não notei nenhuma diferença em questão de jogabilidade de um para o outro, fazendo com que não passe de skins agradáveis e nada mais. Nem mesmo os movimentos são diferenciados. Ignorando esse fator, podemos desfrutar do game ao espancar os inimigos com o taco. De acordo com a experiência ganha, seu personagem sofre mutações que pode dar mais vida, asas para voar, espinhos no corpo para causar dano aos inimigos e etc. Uma transformação bacana, já que você inicia o game como um humano e conclui sendo uma quimera.
Um roguelike deveras punitivo
Infelizmente RAD frustra um pouco o jogador por não ter a oportunidade de recuperar aquilo que foi perdido na partida anterior, apenas adquirindo novas habilidades a serem liberadas aleatoriamente durante o level up. Isso pode acabar fazendo com que as pessoas sintam um pouco de preguiça, já que não terão aquela “facilidade” que fazia morrer não ser um problema.
Também sendo necessário citar que a evolução de seu personagem é completamente resetada quando você perde, fazendo com que o jogador tenha que evoluir mais uma vez na próxima jogatina. O que pode afastar um pouco aqueles que não estão preparados para este tipo de punição.
Modos
RAD tem o modo principal onde vemos a “história” do jogo que, no geral, não tem bem uma história e torna-se algo mais focado em sua jogabilidade e fator replay. Inclusive, por mais que exista personagens distintos isso não influencia em nada na narrativa do game. Outro modo é o desafio diário onde você pode jogá-lo para entrar no ranking online em busca da maior pontuação. Existe também a opção de configurar o “mundo e regras” do jogo, fazendo partidas personalizadas.
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Um Roguelike que lhe dá de incentivo nada além desafios
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 7
7.5
Compre se for do seu gosto
RAD é um roguelike com proposta bastante original, porém, tem seus defeitos. A primeiro momento é divertido, logo depois pode acabar sendo visto com maus olhos e numa terceira jogatina se mostrar divertido novamente. Vai da consciência de cada jogador e sua paciência, já que o desafio em sí é o único incentivo para continuar a jogá-lo após a morte, já que ele é bastante punitivo em resetar o seu personagem em ganhos, conquistas e evolução.