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Análise: Contra: Rogue Corps é um bom jogo apesar do susto que nos deu na E3

Embora seja divertido, não procure um Contra clássico em Rogue Corps

A série Contra é considerada um dos jogos mais marcantes da história dos vídeo-games e se dá, resumidamente, ao fato do jogo ser extremamente rápido, corrido, com a dificuldade elevada, uma baita trilha-sonora e chefões ocupando toda a tela!

Contra é um Run and Gun que foi amado e odiado por uma geração inteira de gamers e se tornou não só um dos jogos must-play de todo jogador que se preze, mas também se tornou um gênero por si só. Um grande (e ótimo) exemplo disso foi o jogo brasileiro Blazing Chrome, um jogão que traz em sua essência todo o sentimento da franquia Contra.

Após um belo de um hiato, Contra: Rogue Corps fez sua aparição na E3 2019 deixando todos confusos (meio WTF? sabe?!) por seu estilo super diferente dos jogos anteriores e com personagens bem malucos e doidos. Afinal, Rogue Corps é um bom jogo? É um bom Contra?!

Não parece o Smoker do One Piece?!

Câmera Isométrica, personagens doidos e muitas explosões

Depois de uma breve explicação (no melhor estilo HQ) sobre o que aconteceu com o mundo para contextualizar toda a matança que está prestes a ocorrer, o jogo te coloca em uma missão tutorial muito bem feita (nada chata) mostrando como a mecânica de Rogue Corps funciona. Aqui temos uma câmera em visão em isométrica (aquela que é meio de cima na diagonal) mas que não se prende muito a isso – em vários momentos do jogo ela irá mudar e deixar tudo mais confortável ou diferente – isso traz um fresco em momentos muito oportunos durante a jogatina. Logo que o jogo começar você poderá sentir que já jogou algo parecido antes, a dinâmica lembra um pouco jogos como Dead Nation e Alienation.

E ah! O jogo está todo em legendado em português!

Rogue Corps deixou o Run and Gun 2D no passado, temos aqui um jogo 3D onde você deve se movimentar com o analógico esquerdo e mirar com o analógico direito. As balas são infinitas mas cada possui um tempo diferente até esquentar e entrar em um resfriamento que leva cerva de 5 segundos (bastante coisa quando se está cercado por monstros do mundo paralelo, te garanto). Uma coisa que não faz muito sentido e me irritou bastante foi que, eu não consegui dar pause no tutorial… simplesmente não pausava. Depois, jogando o jogo mesmo, eu vi que o jogo simplesmente não tem pause no meio de uma missão. Isso mesmo! Mesmo jogando sozinho você não pode ir fazer necessidades antes de limpar uma área inteira de inimigos… por quê?!

Cada personagem tem um especial que pode ser usado até que numa frequência alta e bombas que acabam com inimigos ao seu redor de maneira instantânea mas que precisam ser coletadas pelo mapa. Em vários momentos os ataques especiais e itens possuem cutscenes bem elaboradas e divertidas, porém, após algumas tempo demais isso pode ser tornar um tanto quanto repetitivo.

O jogo possui o nível de dificuldade baseado na potencia que sua arma irá iniciar. A quantidade de inimigos, de dano e etc – não são alteradas pela dificuldade. Trazendo uma experiência similar para todos os jogadores.

Logo após o tutorial você irá para o acampamento, que é uma espécie de menu de modos e melhorias. Aqui também será o lugar que você irá mudar de personagem. Vale dizer que os loadings são bem rápidos e tudo acontecer de uma maneira muito fluida.

Os personagens, diferentemente da impressão que tive durante a E3, são bem elaborados e com designs bem distintos. Trocar de um para outro ajuda a manter o jogo fresco e muda um pouco a dinâmica, já que suas armas são diferentes, seus especiais e bombas.

M&M – Melhorias e Multiplayer

Uma das coisas que me chamou atenção em Rogue Corps, foi a quantidade de melhorias que podemos fazer em cada um de nossos personagens. Seja pegando itens no chão enquanto joga ou acumulando dinheiro para usar no mercado, você conseguirá novas partes, novos órgãos! Essas partes podem ser transplantadas para o seu personagem com o intuito de fazer melhorias no mesmo.

A sacada aqui foi colocar três médicos diferentes, um de graça – que irá fazer o serviço que está destinado – e outros dois que, sendo pagos, irão tentar maximizar seus itens e tentar melhorá-los enquanto fazem o transplante em você. O problema é que isso pode dar errado e eles podem acabar piorando as coisas um pouco… uma adição divertida e inusitada para o jogo.

As armas possuem um sistema de attachments onde você possui uma pontuação limite para se gasta e cada equipamento tem um peso diferente. Então você dever escolher entre colocar vários attachs fracos ou um bem forte. As melhorias vão desde um tempo menor para a arma esfriar até o dano que a mesma dá.

Para a jogatina com os amigos temos a opção coop de sofá, offline, e a possibilidade de criar salas online para jogar com desconhecidos e conhecidos também. Esses dois conseguimos testar entre o pessoal do site e não tivemos grandes problemas. Tudo funciona tranquilamente.

O modo PVP vamos atualizar (ou fazer uma matéria nova) falando sobre, já que, com o acesso antecipado, não conseguimos achar ninguém online para testar – não sei nem se já estava funcionando de fato. Mas basicamente você deverá competir com outros jogadores para ver quem mata mais inimigos e jogadores. Deve ser um caos total! Não vejo a hora…

Mas Rogue Corps é Contra?

A resposta mais política é: Depende! Contra: Rogue Corps se mostrou um Action Shooter isométrico tão bom quanto seus concorrentes e me fez querer jogar por várias fases e horas. Quero jogar com meus amigos, quero rir dos meus transplantes e ver todos os chefes que eu posso enfrentar. Porém, ele não é um jogo do estilo Contra. Ele não é tão frenético quanto, não tem desafios de plataforma, não é tão difícil quanto.. e o que mais dói é não ter uma trilha-sonora digna da franquia. Para mim, nem muda o jogo estar com a música ligada ou não… e isso me entristeceu bastante nesse ponto.

O jogo tem várias referências ao seu passado, como os vários tiros voando na tela em alguns momentos, momentos frenéticos mesmo que em 3D, e o pulo super característico da franquia. Além disso, ao menos UM dos personagens lembra os bonecos clássicos – o Kaiser… que ficou parecido com aquele cara que a barata possuí o corpo, no primeiro filme do MIB.


Contra: Rogue Corps

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 5.5
Customização de personagens e armas - 8.5

7.5

Bom jogo, mal Contra

Rogue Corps é um bom jogo, sem sombra de dúvidas, mas não vá com a idéia de relembrar ou jogar algo parecido com os jogos clássicos. Aqui temos um bom shooter isométrico, com muitas opções de customização, chefes gigantes e uma boa dinâmica de câmera.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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