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Análise: The Procession To Calvary mistura arte clássica com Mounty Python

Se esse era o humor da época, queria ter nascido séculos atrás!

The Procession To Calvary é um dos jogos mais inesperados que já joguei e é maravilhoso. Ele teve uma campanha no Kickstater para apoiar seu projeto que muitos chamariam de loucura: Misturar arte clássica, com música clássica e muito humor no melhor estilo Mounty Python.

Já digo desde já que esse jogo no estilo point and click é absolutamente maravilhoso. Porém, ele só está disponível na língua inglesa. Se não sabe falar nada de inglês, nem tente jogá-lo (infelizmente). Ele está disponível na Steam e custa apenas R$20.69!

Entre na pintura renascentista

De um lado, The Procession To Calvary é a mais pura cultura possível. Seus gráficos são extremamente fieis com as pinturas renascentistas de 500 anos atrás e é incrível o nível de fidedignidade visual do jogo. Além disso cada cena tem uma música clássica como Bach, Vivaldi e muito mais. Tanto na parte visual como na parte sonora, o jogo é incrível e não tenho o que falar.

Não sei se é de propósito ou não, mas o jogo leva o mesmo nome da pintura The Procession To Calvary do pintor renascentista Holandês Bruegel. O seu quadro é uma mega pintura (sua segunda maior pintura) onde “muitas coisas acontecem ao mesmo tempo”. A pintura tem diversas camadas e muita profundidade.

E seguindo essa ideia, é ai onde sua aventura se passará. Você é uma guerreira que está feliz matando todos na guerra santa até que vocês vencem! Seu novo rei Immortal John é contra mortes e não apoia isso de jeito nenhum. Procurando qualquer desculpa para poder matar, você consegue uma “autorização” para ir ao sul matar o ex regente Heavenly Peter que era um grande ditador.

Será possível alternar entre as partes de cada pintura e no geral os personagens terão animações “duras” que lembram um pouco de South Park. Ou então as saudosas animações de Mounty Phyton. E isso não é uma crítica.

Muita comédia e paciência de point and click

Embora The Procession To Calvary seja um poço de cultura em sua parte sonora e visual, ele é um poço de comédia também. Pelo jogo ser interativo, é possível observar, falar ou até tocar/dar uma espadada nas pessoas e coisas.

E em cada nova situação é uma nova risada. Que tal não se envolver em uma cena corriqueira de pessoas de pessoas peladas brigando? Ou então ter que mudar o humor de outra pessoa depressiva? Ou quem sabe lucrar com a venda de camisas de pessoas sendo crucificadas? Será que vale intervir em uma tortura? São diversas situações muito loucas que irão render ótimas risadas.

Claro, vale dizer que a protagonista é uma grande babaca (não existe melhor palavra para descrevê-la). Mas o povo também não é grandes coisas! Além de sua ânsia para matar alguém, ela sempre irá tirar vantagem, humilhar ou rir de diversas situações. E ele adora tortura! Esperem diversas piadas em todos os graus.

E falta falar sobre o gameplay, certo? Serei bem sucinto. Por ser um jogo point and click, existem poucas opções do que fazer. Tem que ouvir os diálogos, ver todas as opções e ir vendo as combinações de opções. Muitas vezes você poderá ficar perdido e terá que testar todas as opções até conseguir achar o que estava faltando.

Existe também o clássico comando de coletar inúmeros itens para resolver puzzles ou então ativar diálogos e cenas.

Ainda mais comédia e dois finais

The Procession To Calvary tem dois finais. Um é fácil e rápido e demora um pouco menos de uma hora. Se em qualquer puzzle você resolver matar a pessoa em questão e ir contra a nova lei de Immortal John simplesmente as pessoas espalharão a notícia que existe um assassino na cidade e sua única opção para prosseguir será matando as pessoas.

Caso tome essa direção, você conseguirá o final ruim onde não completará sua missão e ainda será presa no final (vale a pena fazer isso em um de seus saves). É possível ver esse final abaixo em nosso gameplay, assim como o que muda se não matar ninguém.

Porém, caso seja perseverante, irá ter que resolver inúmeros e hilários puzzles para chegar ao antigo regente. E as piadas são de época como, por exemplo, subornar religiosos com coisas de valor. E bem, eles já tem toda a riqueza, mas um pouco mais não será problema!

Ou então ajudar um mágico que consegue andar na água e faz o milagre de ressuscitar? Existem inúmeras piadas e soluções mais inusitadas como dar um pó branco mágico que acaba agitando certos personagens. Isso são alguns pequenos exemplos da loucura que presenciará.

The Procession To Calvary diverte muito

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 7
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

8.5

Ótimo

The Procession To Calvary é um jogo completamente inesperado e extremamente bem vindo. Misturar pinturas de 500 anos atrás com música clássica e piadas nunca fez tanto sentido como faz nesse jogo. Você irá passar horas rindo dos personagens e situações enquanto tenta chegar a seu objetivo de matar o ex-regente ditador e saciar sua sede de sangue.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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