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Análise: Sakuna: Of Rice and Ruin

Tire o arroz , coloque o arroz, tire o arroz......

Quando eu vi Sakuna: Of Rice and Ruin, eu pensei: “bem, parece um joguinho interessante com sua parte de colheita onde o jogador deveria plantar arroz e talvez vender ou comer ele, sei la”. Mas no final acabei descobrindo que plantar arroz é um negócio muito mais sério que parece e muito mais difícil e trabalhoso que colocar um feijão num algodão.

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História

A história começa com um grupo de refugiados (Kinta, Yui, Tauemon, Myrthe e Kaimaru), que estavam viajando a um longo tempo, mas que por um acaso acabam na ponte que liga o Reino humilde (homens) ao Reino Elevado (deuses).

Após serem encurralados por um bandido, Sakuna aparece para ajudar eles e ordena a todos a voltarem para o reino dos homens, mas os refugiados famintos decidem segui-la até o palácio de Lady Kamuhitsuki, onde está rolando um glorioso banquete de oferenda.

Ao tentar resolver tudo sozinha, Sakuna acidentalmente ateia fogo no depósito contendo todas as oferendas e como punição por esta transgressão, Lady Kamuhitsuki sentencia Sakuna ao exílio, para encontrar a causa do mal na Ilha dos Demônios, e não voltar até que ela tenha resolvido a causa.

A primeira vista de Sakuna-sama o exílio foi um castigo supremo, e para nos jogadores um ótimo início, pois ao decorrer do jogo ganhamos novas explicações da ilha dos demônios, mais detalhes da história da Sakuna e dos refugiados e claro o mais importante de como plantar arroz de forma eficiente e correta.

Gameplay

O gameplay do jogo é dividido em duas partes, onde uma delas plantamos para sobreviver (um motivo bem justo por sinal) onde o segmento é todo em 3D com diversos detalhes absurdos a nível real de como ter uma plantação boa e saudável. Já a segunda parte é o combate hack and slash onde é em 2.5D onde saímos descendo a lenha em tudo que se move.

Combate e Exploração:

Durante a exploração você precisa derrotar inimigos para liberar novas áreas, recolher alimentos para a Sakuna e os refugiados, coletar novos pergaminhos, tesouros, minerais, etc.

A parte da exploração pode se tornar um pouco frustrante às vezes para o jogador que precisa de material X para fazer uma arma ou completar um objetivo de fase, diversas vezes eu entrava em um cenário somente para pegar minério ferro e saia com cobre ou barro.

Sakuna possui um cachecol que permite ela se prender nas paredes, tetos e que a auxilia durante o combate, duas armas principais sendo um deles para ataques mais leves e outro para os mais pesados e ataques mágicos que consomem a energia dela durante o combate. Durante o dia, Sakuna pode ir explorando sem medo os locais, mas durante a noite os demônios ficam mais poderosos dando um trabalho extra para ela, ainda mais quando ela está faminta dificultando bastante o combate.

O combate relativamente responde bem só pecando em alguns momentos, na utilização do cachecol e na hora correta de bater nos inimigos, pois após eles ficarem caídos no chão eles ganham um tempo de invencibilidade muito alta.

Conforme o jogador vai concluindo os objetivos de áreas (derrote 60 coelhos, ache um tesouro, etc.) e liberando novas áreas, Sakuna pode fazer novas armas, roupas, chapéus, ferramentas para auxiliar na plantação e enviar seus aliados, atrás de recursos (às vezes eles voltam com nada), sendo que cada um deles possui um bônus único de exploração. Ex: Myrthe encontrará mais comida, enquanto Kinta coletará mais minérios.

Plantação:

No fim do inverno e com a chegada da primavera é a época para começar a plantar arroz, onde Sakuna precisa arregaçar as mangas e colocar a mãos na massa.

Durante o primeiro ano, o jogo te explica pouca coisa e meio que castiga o jogador, falando para ele prestar atenção nos diálogos de Tauemon onde ele vai te falar mais ou menos o que fazer corretamente. O resto você precisa encontrar em pergaminhos ou descobrir por si.

No primeiro ano você vai errar a distância dos grãos, sua colheita talvez fique doente e com a água acima dos tornozelos, mas faz tudo parte do aprendizado para o segundo ano, que aonde realmente o começa o desafio. Aqui você precisa também ficar de olho na temperatura da água e na quantidade de nutrientes existentes no solo (você precisa fazer seu próprio composto também), para no final virar uma questão de tentativa e erro pela perfeição (Você também pode ir atrás do site do governo japonês para saber como plantar arroz).

Após a colheita crescer, o jogador precisa processar o arroz, cortando eles e deixando eles secarem ao ar livre. O processo de retirar os cachos de arroz é até divertido e educativo em um minigame, mas é relativamente longo com o processo de descascar caso faça de uma só vez.

O jogador durante o processo, possui duas opções que é deixar um arroz integral (marrom) que dá, um bônus alimentar temporário para Sakuna ou processar um arroz branco que fornece, um bônus de stats permanente, mas ao longo prazo.

Gráficos

Os gráficos do jogo são bons, lembrando os traços do antigo Dark Cloud, contudo mais polido e bonito.

Mesmo sendo cartunesco o game consegue passar as emoções e a personalidade dos personagens, funcionando muito bem nele sem quebrar a essência. O jogo também possui 4 estacões bem distintas que refletem no design do mundo onde o jogador explora.

Música e Áudio

A música do jogo é boa, mas bem padrão e temática nada realmente muito especial ou que se destaque.

A dublagem é boa dando uma boa imersão no game e na época onde ele se passa sendo a única exceção sendo a Myrthe, onde a imersão fora do áudio em japonês é quebrada. Por algum motivo no inglês ela parece não falar a língua dela, enquanto no japonês ela fala mais lentamente e às vezes com uma pronúncia meio forçada e até mesmo uma palavra ou outra em inglês.

Conclusão

Sakuna: Of Rice and Ruin chegou no fim de 2020 com o pé direito trazendo um sistema de farming realista e um combate intuitivo. Para aqueles fans de Rpgs, Agriculturas, etc…, o game é super recomendado, pois além da campanha principal tem muito o que fazer no pós game, fora a parte agricultura. Para os mais curiosos e casuais, ele é um game divertido até certo ponto trazendo às vezes um pouco de frustração para o jogador devido à alta dificuldade dele, fazendo às vezes o jogador esperar uma próxima colheita para poder derrotar um chefe de mapa.

Sakuna: Of Rice and Ruin já está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4 e PC via Steam.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação. Essa análise feita com uma cópia da versão de PlayStation 4 recebida pela produtora.

Sakuna: Of Rice and Ruin

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8.5

8.5

Ótimo

Sakuna: Of Rice and Ruin mesmo possuindo algumas gafes e sendo bem duro com o jogador na hora de plantar arroz, traz bastante emoção durante as batalhas, risadas em cutscenes e uma ótima satisfação ao jogador após a conclusão de um belo cultivo.

User Rating: 3.75 ( 1 votes)

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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