Análise: Bloodline – DLC de Watch Dogs: Legion
DLC Bloodline traz de volta personagens marcantes dos primeiros títulos da série Watch Dogs.
Confesso que joguei poucas horas de Watch Dogs: Legion no lançamento. Não tive vontade de continuar até o final por alguns motivos, como falta de carisma dos personagens do jogo, enredo confuso, tecnologia muito avançada frente aos outros jogos e pelo desempenho e gameplay do jogo em si. Mas a DLC me saltou aos olhos quando foi anunciado. Como é uma DLC a parte, sem precisar de avanço na história principal, me escalei no site para a análise de Bloodline.
Mas se eu não tive interesse no jogo original, por que diabos eu iria ter curiosidade em jogar sua DLC? Podem me achar maluco, mas eu zerei duas vezes Watch Dogs, o primeiro. O jogo tinha seus problemas, sua física pitoresca (que ainda se mantém em certo nível), mas a história, enredo e principalmente Aiden Pearce, que era um personagem muito interessante de se jogar. É por causa dele, e do desfecho de WD1, que resolvi dar a chance ao Bloodline.
CONTEXTO E O QUE ESPERAR
Bloodline se passa antes dos acontecimentos caóticos em Londres, onde se desenvolve a trama original. Não há também a principal novidade de WD: Legion, que é o recrutamento e jogabilidade com qualquer NPC do universo do jogo. Aqui são dois personagens jogáveis, Aiden Pearce de WD e Wrench de WD2.
Aiden ainda interage, durante o início da trama, com seu sobrinho Jackson, que agora já está mais velho e participa das maracutaias de Aiden e Wrench. De cara, essa trinca, já de deixa muito mais envolvido com o jogo. Em meia hora de gameplay é provável que você esteja muito mais engajado com a DLC do que algumas horas com o jogo base.
Isso também não é difícil, já que você traz o personagem mais icônico da série, Aiden, que debutou no primeiro jogo, e o carismática Wrench, que para os que jogaram o 2 é essencial. O que a Ubisoft fez com ambos os personagens vai além de adicionar uma espécie de skin no jogo. Não é apenas um avatar para você fazer mais do mesmo do jogo base.
Não vou dar spoiler em minha análise de Bloodline, fique tranquilo! Vou me limitar a dizer que a história gira em torno dos personagens a todo momento. Aiden agora tem que trabalhar junto com seu sobrinho, depois de toda a loucura do primeiro jogo. Por si só, os dois personagens já possuem uma tensão familiar, novamente trazendo peso para a história. Wrench faz o papel perfeito de alívio cômico. Além de ajudar, de mostrar suas habilidades, seu jeito insano, traz uma leveza a tensão entre Pearce e Jackson.
Bloodline, além de nostálgico para fãs da série, faz uma conexão muito boa com o começo dos acontecimentos de Watch Dogs: Legion. Sendo uma história que acontece antes de tudo, reintroduz muito bem personagens de outros títulos ao jogo e ao novomapa de Londres.
CONCLUSÃO
São dois pontos cruciais ao pensar se vale ou não a pena jogar a DLC. Primeiro, o jogo em si é o mesmo. Mesmas limitações, mesmo gameplay, mesma física, mecânicas e estilos de missões. Se o jogo base não te cativou, não tem nada de muito novo aqui.
Por outro lado, trazer ícones dos dois primeiros títulos agrega e muito para Watch Dogs: Legion. Você, mesmo que tenha o abandonado, pode voltar para jogar diretamente a DLC. Não precisei usar nenhum save ou progresso do jogo para fazer minha análise de Bloodline, é uma DLC completamente standalone. Isso pode fazer você sentir que salvou seu dinheiro, caso tenha abandonado por completo o jogo base ou estivesse procurando uma trama mais fechada.
Se jogou os dois primeiros títulos da série, principalmente o primeiro, esta DLC é um must have. Você vai fechar mais um arco de história do Aiden, vai voltar a ter os combates loucos de Wrench, vai entender o lugar de Jackson no mundo atual e poderá se conectar com o gameplay único de cada personagem. Cada um com suas habilidades únicas.
Se conseguir relevar problemas técnicos do título em si, Bloodline vai ser bem divertido e confortante de jogar!