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Análise Tecnica: Final Fantasy VII Remake para PC é bom?

Tem que melhorar muito ainda

Final Fantasy VII Remake foi inicialmente lançado para PS4 e recebeu uma versão definitiva para o PS5 no primeiro semestre deste ano de 2021. Agora em Dezembro, a Square lançou a antecipada versão de PC de Final Fantasy VII Remake. Mas será que os chamados master race ficarão contentes com esta versão?

Final Fantasy VII Remake está disponível para PC via Epic Games Store e está custando R $349 em seu lançamento. O jogo conta com legendas em PT-BR e esta versão já conta com a DLC Intergrade. Esta análise foi possível graças a um código cedido pela Square Enix.

O que é Final Fantasy VII Remake?

Se você nunca ouviu sobre este jogo, vou dar uma breve palhinha sobre o que é. Mas o tempo investido aqui será no port para PC. Caso queira um deep dive na história, detalhes e gameplay, pode conferir nossa análise original aqui. E caso queira conferir a versão de PS5 com a DLC Intergrade, clique aqui.

Então vamos lá, Final Fantasy VII Remake é a reimaginação da primeira parte do jogo lançado em 1997. Nesta versão a Square pegou a primeira cidade e expandiu seu gameplay de 4 horas em cerca de 40 horas. Você irá conhecer a fundo os personagens principais assim como a cidade de Midgard que foi completamente refeita e sua imersão é impressionante.

Se prepare para um show de luzes, gráficos incríveis e um mundo imersivo e cheio de detalhes. Adicionalmente, o sistema de combate e evolução de personagem foi refeito para se adaptar aos dias de hoje, mas se mantendo fiel às origens do jogo.

Ou seja, falando apenas do jogo, sem abordar sua performance, Final Fantasy VII Remake é um jogo necessário para os fãs, conhecedores e curiosos. Dificilmente você irá se arrepender de jogá-lo.

Frames muito instáveis no PC

Acredito que o primeiro e maior impacto de jogar Final Fantasy VII Remake no PC são os frames. Ainda mais por esta versão do jogo ser focada em ação e não completamente em turnos como o jogo original, a fluidez é mais importante do que nunca.

Eu joguei em meu notebook Dell G15 Ryzen Edition (5800H + RTX 3060, que é uma máquina bem parruda para um jogo lançado originalmente para a PS4 e depois portado para PS5. Infelizmente eu não consegui estabilidade nem em 60, 90 ou 120 fps! E adicionalmente, o jogo não possui opções de frame livre nem de mexer no Vsync.

O que pude reparar ao longo da jogatina é que o jogo não tem uma estabilidade de frame indiferente do que tente rodar. Se em um momento o frame caia, ele ia cair, seja em 60 fps como em 120 fps. Logicamente quanto maior o frame que eu tentava rodar o jogo, maior era a queda.

Por exemplo, era normal o jogo cair entre 10 e 15 frames ao tentar jogar em 60. Já ao tentar jogar em 120 era normal cair entre 20 e 30 frames. Às vezes era possível ver uma queda de quase 60 frames! Algo inaceitável e que incomoda muito a experiência.

O mais curioso é que durante as lutas normais ou com chefões, as quedas eram poucas. Mas ao trocar de câmera ou então ao subir uma escada, a queda era grosseira. Outro exemplo é a cena de trem logo após a primeira missão onde estamos em um ambiente linear e sem detalhes. A queda é constante.

Fica claro que faltou um polimento nesta parte e que as quedas não fazem sentido. Embora áreas mais pesadas exigem mais da sua máquina, momentos simples e lineares também apresentam quedas massivas de frames.

Quer opções para configurar seu jogo? Esqueça!

A má notícia que eu trago, além da instabilidade de performance do jogo, é que esse é o port mais seco que já vi. Não me lembro de ter visto um port para PC tão seco e limitado quanto para Final Fantasy VII Remake.

É normal você querer adaptar o jogo a sua experiência desejada e a sua máquina, porém, aqui as opções são praticamente inexistentes.

Na questão gráfica, é possível escolher se quer as texturas em qualidade alta ou baixa apenas. O mesmo serve para a sombra. E bem, isso é mais ou menos o que temos de opção. É possível ativar o HDR caso tenha suporte e fazer os devidos ajustes, assim como no brilho e contraste. Além disso, é possível ajustar o nível de multidão que é o famoso draw distance.

E acreditem se quiser, acabaram os ajustes. Não temos suporte às novas tecnologias como o DLSS, não podemos escolher uma textura intermediária, não é possível configurar ativar ou desativar qualquer coisa relacionada a iluminação e por aí vai. Infelizmente as opções são virtualmente inexistentes.

Adicionalmente, o que pude conferir em minha jogatina é que independente da qualidade que tente jogar, Final Fantasy VII Remake apresentará as mesmas quedas sempre. Ou seja, jogue sempre com tudo no máximo, pois os problemas neste momento são inevitáveis.

Conclusão

Como falei no início, Final Fantasy VII Remake é um jogo obrigatório, porém, a versão de PC está bem questionável. Sendo vendida a R $350, está claro que port falta um polimento para se tornar estável.

Adicionalmente, a versão de PC não traz as usuais configurações que um jogo normalmente traria. Isso irá decepcionar os aficionados da plataforma. No momento de seu lançamento, existe pouco o que pode ser mexido do lado do jogador para tentar melhorar a performance do jogo. E como mencionei, mexer nos ajustes pouco influencia na performance final. Tudo está nas mãos da Square para lançar atualizações dando essas ferramentas para o jogador assim como para deixar o jogo fluido.

Felizmente, na parte gráfica, o jogo traz o mesmo padrão de qualidade que vemos na versão do PS5, o que é algo fabuloso. Só falta termos uma experiência decente para jogar o jogo como deve ser jogado.

E uma curiosidade é, o famoso canal Digital Foundry achou os mesmos problemas que nós, inclusive testando em um hardware muito superior com uma 3080 e 3090. Ou seja, não ache que tendo uma máquina de mais de 10 mil reais terá resultados melhores do que máquinas mais humildes. Essa é a dura realidade deste lançamento de Final Fantasy VII Remake.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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