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Análise: Prodeus é um excelente DOOM indie

Vamos matar tudo o que passa pela frente

Prodeus é o mais novo jogo indie que tenta emular os shooters antigos, mas com uma pegada mais atual e você verá nesta análise se ele consegue chegar perto de sua fonte inspiradora, o famoso DOOM.

Se gosta de gore, rock pesado, ação desenfreada e buscar por segredos na fase, então confira aqui nossa análise de Prodeus.

Esta análise de Prodeus foi possível graças um código cedido pela distribuidora. O jogo já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, estando disponível para Game Pass, PC e Nintendo Switch e conta com legendas em PT BR.

Para acabar com o Caos

Eu poderia iniciar e finalizar esta análise dizendo que Prodeus é igual a DOOM. Embora eu não esteja mentindo, essa seria a análise mais rasa e curta daqui logo, vou mostrar todas as similaridades e as diferenças entre os jogos.

Em Prodeus nós temos que enfrentar as hordas do Caos. Após experimentos estranhos, um portal se abriu e as dimensões se misturaram onde demônios invadiram diversas instalações humanas. Agora cabe a você matar todos os inimigos.

Em questão de história é isso o que temos. Agora você irá literalmente matar todos os inimigos que passarem por sua frente até acabar com o Caos. Os inimigos são muito similares à sua fonte inspiradora. Temos os inimigos mais lentos, os que atiram, os que são ágeis e atira, uma espécie de brutamonte, o que explode perto de você, o que voa e é resistente e por aí vai.

Por ser um padrão já conhecido, eu me senti muito tranquilo em obliterar os inimigos com minha metralhadora, escopeta e até a clássica bazuca.

Um gameplay rápido e conhecido

E por falar em armas, falarei agora de seu gameplay. Como esperado, ele é muito rápido e seus inimigos vêm de todas as localidades possíveis. Nesse estilo de jogo se manter ou não em movimento é a diferença entre a vitória e a derrota.

Para continuar avançando no game, você irá usar suas armas que de certa forma são limitadas, mas contam com variações. Ou seja, temos 5 armas básicas onde cada uma conta com três tipos. Vou dar o exemplo da pistola básica que sua primeira variação são duas pistolas em modo metralhadora e a terceira variação é uma gatling gun.

Não apenas isso, mas ao alternar entre o botão de tiro e de mira a arma pode ganhar uma segunda função como por exemplo a escopeta que ao mirar você carrega o tiro para dar um tiro que quase sempre é morte certa para os inimigos.

A variedade de armas e suas modificações são excepcionais, porém, não existe mais nada além disso. Pode ser um mal costume meu com DOOM, mas toda vez que eu começava a correr e atirar nos inimigos eu tinha a vontade de socar eles para acabar com o pouco de vida que tinham ou então ver uma execução. Além disso, o jogo não conta com nenhum tipo de granada ou similar.

Isso não chega a ser um problema, mas não ter pelo menos um soco básico para apartar um inimigo próximo é uma oportunidade perdida. E só para deixar algo claro, o jogo tem sim soco, mas ele funciona como se fosse uma arma onde tenho que mudar da arma para os punhos. Isso infelizmente está longe de ser funcional.

Por fim, algumas fases contam com elementos que você pode interagir como barris explosivos ou então armadilhas. Esses momentos são incríveis fazendo com que queira sempre encontrar um interativo.

Exploração e evolução

Além da pegada “tiro, porrada e bomba” encontrada em Prodeus, ele traz também o clássico fator de exploração. Existe a exploração obrigatória como pegar uma chave de uma cor específica para abrir uma porta, como existem muitos segredos.

No geral esses segredos te levarão a uma arma, recuperar vida, armadura ou o mais importante, o dinheiro do jogo. Ao longo das fases estarão espalhados uma série de blocos dourados que são o dinheiro do game.

Após buscar com afinco e achar o suficiente, será possível conseguir comprar novas armas. E além disso, existe um item especial que ao coletar o suficiente irá conseguir subir de nível. Isso irá desbloquear melhorias como pulo duplo ou um dash aumentando as possibilidades dentro do combate.

Esses cenários escondidos juntamente com a possibilidade de evolução faz com que o fator replay em Prodeus seja grande e eu me vi retornando as fases mais de uma vez, o que me fez achar novas armas e mais dinheiro.

E além desse fator replay, o jogo conta com algumas fases onde são desafios para o jogador. Aqui você irá testar sua perícia, mira e velocidade buscando sempre os menores tempos e a maior quantidade de tesouros.

Parte técnica impecável

Outro destaque que tenho que trazer nesta análise é que Prodeus possui visual e uma trilha sonora fantástica.

Sobre os visuais, o jogo traz um ar retrô para esse mundo que tem uma estética mais voltada para grandes fábricas que eventualmente se misturam com cenários de destruição e esse mundo do caos. É tudo extremamente bem feito e algo que me surpreendeu foi a quantidade de detalhes na fase.

Se prepare para explosões exageradas cheias de pixels, o ambiente ficar ensanguentado após matar os inimigos e também se delicie com a bela iluminação que o jogo traz entre a escuridão, as cores das luzes e o reflexo nas estruturas metálicas assim como no sangue espalhado pela fase.

E a trilha sonora é absolutamente fantástica e fora de sério. Com essa pegada de rock pesado, como vemos em DOOM, nós temos uma excepcional trilha sonora composta por Andrew Hulshult que é o mesmo compositor de jogos como Dusk, Quake Champions e Doom Eternal. Sim, temos aqui o mesmo compositor que trabalhou na expansão The Ancient Gods de Doom Eternal.

No geral essa combinação técnica é fabulosa e irá agradar todos os amantes desse estilo de jogo. Minha única leve crítica vai para o fato do jogo se adaptar a ação que está acontecendo na tela e alterar a música. Existem momentos em que temos uma música tensa de fundo e outra entra em cima dela quando a ação começa. Porém, isso nem sempre é bem executado.

Ou então existem momentos onde a música entra para um grupo de poucos inimigos e fica estranho essa mudança tão breve. Faltou só uma melhor decisão de mixagem de som.

Conclusão

Chegando ao fim desta análise, eu posso dizer com segurança que Prodeus acerta em cheio em tudo que tenta. O jogo é sim um DOOM indie, mas isso em momento algum é ruim. Talvez a única coisa mais pesada para o jogo é que ele será comparado com um dos melhores shooters do mercado.

Aqui temos um jogo rápido, bonito dentro de seu estilo, com uma trilha sonora fabulosa e visceral do início ao fim. Temos exploração, variações de armas, segredos escondidos e mais. Existem algumas pequenas oportunidades perdidas, mas que não tiram o brilho do jogo.

E claro, vale falar que o jogo conta com um modo multiplayer onde poderá testar sua habilidade e também possui um editor de fases onde poderá jogar fases criadas pela comunidade. Assim como poderá criar um nível e compartilhar com todos também.

Essa análise de Prodeus segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Prodeus é excepcional

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 9.5

9.6

Obra de arte

Aqui temos um jogo rápido, bonito dentro de seu estilo, com uma trilha sonora fabulosa e visceral do início ao fim. Temos exploração, variações de armas, segredos escondidos e mais. Existem algumas pequenas oportunidades perdidas, mas que não tiram o brilho do jogo.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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