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Análise: Moonscars traz uma boa mistura de elementos

Moonscars foi lançado no dia 27 de Setembro pela Black Mermaid em parceria com a Humble Bundle e traz uma experiência Metroidvania Soulslike bastante interessante. Quem já jogou algum jogo da franquia Souls da From Software sabe que dificuldade, recompensa e diversão andam juntos, e Moonscars tenta beber dessa fonte para trazer um combate 2D de qualidade, mas com características próprias. Será que o jogo atinge o seu objetivo? Confira na nossa análise completa de Moonscars abaixo:

O enredo de Moonscars – Análise

Assim que começamos Moonscars, somos apresentados a Grey Irma, que é gravemente ferida e separada da sua equipe. Portando somente sua espada, a personagem busca desvendar o mistério da sua origem. Assim como na série Souls, personagens, informações e mecânicas do jogo vão sendo apresentadas pouco a pouco e, nesse início, é difícil compreender de forma mais profunda o que pode ter acontecido com a personagem. Pequenos textos em diálogos com personagens que aparecem ao longo da trama vão dando mais informações sobre a história do jogo em conta gotas e a partir disso se pode entender mais sobre quem Grey Irma é e porque começamos o jogo sem qualquer memória.

Conforme vamos andando pelos cenários pestilentos e escuros, a trama do jogo vai se mesclando muito bem com o ar melancólico do jogo, que conta com efeitos sonoros muito bem feitos para trazer o jogador para um ambiente pesado. Não há muitas cores em Moonscars além do vermelho do sangue dos combates, e o excesso de cinza e preto combina muito bem com a temática do jogo. Fora isso, o título foi inteiramente construído em pixel-art, remetendo ao estilo visual de jogos de ação e plataforma clássicos da década de 90. Claro, por ser um título moderno, Moonscars conta com uma iluminação muito bem feitas e outros elementos visuais aprimorados, como reflexos e muito mais.

Um gameplay de primeira linha

De nada adianta o jogo ter uma boa temática e um bom enredo se a jogabilidade em si não é satisfatória. Felizmente, esse não é o caso de Moonscars. O jogo conta com uma movimentação muito apurada e responsiva, que permite combates com movimentos extremamente rápidos. Conforme vamos avançando no cenário no melhor estilo Metroidvania, vamos nos deparando com criaturas cada vez mais poderosas, que exigem habilidade do jogador para realizar combos e evitar ser atingido. Novamente, assim como na série Souls, Moonscars é um jogo relativamente difícil, e qualquer dano tomado pode te deixar muito próximo da morte muito rápido.

O jogo conta com um ataque fraco, pulo, especiais que precisam ser recarregados, um botão de parry e uma esquiva. Apesar da sua simplicidade em termos de comandos, é possível combinar diferentes ataques para dar uma boa quantidade de dano em hordas de inimigos. Conforme os eliminamos, ganhamos Bone Dust, a moeda do jogo, que serve para comprar amuletos que dão habilidades passivas ou mágicas que servem como ataques especiais. Além disso, há também Ichor, que é basicamente a barra de energia de Grey Irma, e, assim que preenchida, dá ao jogador a oportunidade de aumentar certos atributos da personagem. Finalmente, há também Glands, um item não tão fácil de ser encontrado que também é utilizado para comprar itens que dão buffs, mas mais importante, permite acabar com a Hungry Moon sempre que morremos.

Luas, espelhos e chefões

Se você já assistiu a algum vídeo de gameplay de Moonscars, você já deve ter percebido que a lua possui um papel importante no jogo. Basicamente, sempre que morremos, uma nova Hungry Moon é iniciada, praticamente dobrando o dano que os inimigos dão e aumentando drasticamente a quantidade de vida de cada um deles. Consequentemente, o jogo se torna muito mais difícil, e é primordial que o jogador encontre Glands pelo cenário para trazer a lua de volta para o seu estado normal. Dessa forma, sempre que avançamos pelos diferentes mapas precisamos montar uma estratégia pensando nos perigos que podem estar à frente antes do próximo checkpoint.

Por falar nisso, o jogo possui espelhos negros espalhados ao longo da campanha que servem como as Fogueiras de Dark Souls ou Graças de Elden Ring. É ali que o jogador pode salvar o jogo e entrar no Workshop, que funciona da mesma forma que a Round Table também de Elden Ring. Personagens encontrados ao longo da trama se transportam para esse local e oferecem itens, além de darem mais dicas sobre o mistério que Grey Irma quer desvendar.

E claro, como um bom Soulslike, Moonscars não poderia deixar de ter chefões. Sempre que terminamos uma sessão do mapa, nos deparamos com chefões que exigem bastante paciência. As batalhas são bastante desafiadoras e divertidas, mas não se espante caso você morra dezenas de vezes antes de derrotar um chefe. É sempre bom acumular a maior quantidade de Bone Dust antes de uma batalha desse nível para ter mais buffs, e isso exige que o jogador mate uma boa quantidade de inimigos menores antes, então certamente Moonscars não é um jogo para impacientes.

Direção de arte

Além do combate extremamente refinado, Moonscars traz uma direção de arte de primeira linha. O estilo pixel-art do jogo é moderno, e se mescla muito bem com a iluminação cuidosamente construída pelos artistas da Black Mermaid. O tom monocromático e melancólico do jogo, auxiliado pelos efeitos sonoros muito bem feitos, traz um certo peso à trama e mostra a angústia de protagonista. Agora, o que mais me encheu os olhos durante o gameplay foi a animação do jogo.

Cada frame desenhado para cada animação parece ter sido feito com extremo carinho pelos artistas. Desde os ataques especiais até os movimentos mais simples, todas as ações são uma obra de arte, e dá gosto assistir a cada pequena cena do jogo. A junção das animações com o gameplay rápido de Moonscars cria momentos memoráveis e eu posso dizer sem sombra de dúvidas que este é um dos pontos mais altos do jogo.

Conclusão – Análise: Moonscars

Moonscars traz uma proposta Soulslike interessante, com uma excelente direção de arte e um combate bastante competente. O tom monocromático e melancólico pode ser tornar repetitivo para alguns jogadores, mas no geral ele combina bem com a temática. Amantes de jogos rápidos e desafiadores não vão se arrepender de testar Moonscars, que oferece diversão por um preço bastante justo.

Essa análise de Moonscars nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Moonscars

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8

8.1

Ótimo

Moonscars traz um combate apurado e satisfatório, e deve trazer 9h de diversão para fãs do gênero Soulslike

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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