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Análise: A Plague Tale: Requiem traz mais um capítulo épico ao sombrio conto dos irmãos

Um novo capítulo repleto de reviravoltas e momentos inesquecíveis

Em meio ao surto da peste negra gerada por uma quantidade avassaladora de ratos, os irmãos Amicia e Hugo precisam sobreviver à perseguição dos inquisidores, enquanto buscam a cura para a doença do irmão mais novo que tem uma profunda ligação com esses tão tenebrosos roedores. Porém, nossa análise fala de um capítulo posterior que é A Plague Tale: Requiem que traz consigo uma nova fase da história dos irmãos quando eles achavam que a sua vida finalmente seria abençoada de paz. Quer saber se essa continuação é digna da primeira obra? Continue lendo.

Essa análise de A Plague Tale: Requiem foi feita graças a um código cedido pela distribuidora. O jogo já se encontra disponível para PS5, Xbox Series, PC e Nintendo Switch e conta com legendas em pt-br.

A paz é temporária

Após a conclusão do primeiro jogo onde temos Amicia, Hugo, a mãe deles e Lucas indo em busca de um lugar que pudessem chamar de lar. Em A Plague Tale: Requiem temos uma continuação direta desta jornada, onde tudo aparentemente iria continuar bem, porém, os ratos não eram o único problema do mundo, uma vez que ainda existem pessoas ruins. Após a dupla de irmãos fazerem um novo amigo, eles acabam sendo envolvidos por um ataque de mercenários e isso faz com que Hugo liberte uma vez mais a sua maldição, trazendo o retorno dos ratos.

Diferente de antes, a ligação do pequeno com as criaturas sombrias é muito maior e eles agem de acordo com as emoções do menino. Felizmente uma nova esperança surge que é um alquimista renomado que vinha estudando essas criaturas há vários anos e, por outro lado, Hugo sonhou com uma misteriosa ilha que teria a sua cara. Qual dos dois caminhos é o certo para o fim desta maldição? É isso que você descobrirá em A Plague Tale: Requiem.

A narrativa mantém a sua qualidade e imersão ao nos entregar um desenvolvimento bem trabalhado de seus personagens e histórias laterais durante o plot principal. Contudo, igual ao primeiro jogo, ainda há alguns momentos que são levemente cansativos, pois temos que jogar situações que simplesmente poderiam ser uma cutscenes e otimizar o tempo de jogo, pois não agrega de fato a “diversão” que o game pode proporcionar. Da mesma forma que o primeiro jogo, ainda tenho uma crítica em relação a divisão de capítulos. Eles são consideravelmente longos, fazendo com que diversos ocorridos aconteçam num mesmo capítulo.

Apesar dessas duas críticas, o brilho dessa história bem escrita não se apaga, apesar de danificar um pouco a sua imersão

Jogabilidade que evoluiu

No primeiro jogo temos uma jogabilidade mais focada na furtividade, onde Amicia pode até utilizar as sua atiradeira para nocautear inimigos sem capacetes, contudo o foco realmente não era o confronto direto contra os inquisidores. Agora em A Plague Tale: Requiem temos uma diversificação maior em sua jogabilidade, pois a garota é capaz de combinar sua atiradeira com mais atores do mapa para nocautear esses inimigos, como sacos de farinha e até mesmo alguns tipos de óleos inflamáveis que estão em pontos estratégicos.

O uso de alquimia também se faz presente, onde podemos usar disparos de fogo para acender tochas e incendiar inimigos, água para apagar as tochas dos mercenários e uma substância de enxofre para usar em combinação com o fogo para criar caminhos seguros contra os ratos que não são capazes de transitar onde a luz do fogo alcança.

Amicia também está com uma nova arma em mãos, agora que ela terá uma besta para poder confrontar os inimigos mais perigosos. É possível tanto atirar flechas normais, quanto elas potencializadas com alguma de suas alquimias.

Não foi apenas a irmã que ganhou novos truques, uma vez que Hugo também está com suas habilidades mais afloradas e consegue se “comunicar” com os ratos para identificar onde estão os inimigos numa espécie de radar. Outra mecânica que deixa o gameplay ainda mais completo é a possibilidade de controlar a horda para eliminar os guardas e mercenários que não utilizam tochas. Realmente a necessidade de sobrevivência está fazendo a dupla necessitar de medidas mais drásticas.

Os ratos são um problema de diversas formas

Como sabemos, os ratos são um problema em diversos momentos do jogo fazendo com que tenhamos que contorná-los de alguma forma inteligente para não sermos atacados. Porém, não é apenas por motivos de plot que eles vem a ser um problema, já que durante momentos em que o enxame é muito grande tem risco de ocorrer quedas consideráveis da taxa de quadros fazendo com que fiquem abaixo de 20 fps.

Além disso, há alguns momentos em que Amicia se movimenta de uma maneira extremamente estranha como se estivesse deslizando invés de estar, de fato, andando pelo cenário. Felizmente esse ocorrido só aconteceu duas vezes em momentos que tinham diversos ratos no cenário.

Aproveitando esse tópico, também devo comentar que às vezes a jogabilidade parece um pouco travada e nem tanto funcional, atrapalhando em momentos decisivos como o confronto contra algum inimigo mais forte. Você necessita de tempo para mirar, trocar o equipamento e etc, mas a simples aproximação dele já custa a sua vida.

Gráficos e áudio

Com gráficos dignos de nova geração, aqui podemos ver mais detalhes no modelo dos personagens juntamente de diversos efeitos visuais que a nova geração é capaz de proporcionar, principalmente em suas texturas e efeitos de iluminação. Os cenários estão deslumbrantes, seja os mais sombrios quanto os mais coloridos, todos apresentam um rico cuidado em seus detalhes.

Enquanto isso, o áudio também está de parabéns tanto pela dublagem em inglês quanto pela trilha sonora que deixa o jogador ainda mais próximo da época apresentada. Os sons do ambiente trazem um realismo impecável.

Conclusão de A Plague Tale: Requiem

Concluindo essa análise de A Plague Tale: Requiem, devo dizer que o jogo está consideravelmente melhor do que o seu antecessor, pois traz consigo uma evolução significativa em diversos aspectos como mecânicas, gráficos e possibilidades dentro do game. Porém, ainda há erros que já haviam sido identificados em seu antecessor, mas felizmente não ofuscam a qualidade do jogo. Se houver um próximo jogo para fechar a história numa trilogia, certamente será o momento perfeito para que esses erros sejam consertados e os acertos mantidos.

Análise A Plague Tale: Requiem

Essa análise de A Plague Tale: Requiem segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

A Plague Tale: Requiem é uma nítida evolução do primeiro jogo

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 7
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 9
Narrativa - 8

8.2

Ótimo

Com aprimoramento de seus gráficos, áudio e jogabilidade, temos aqui algo mais próximo de uma versão definitiva. Ainda assim é inegável que há alguns deslizes que merecem consertados num próximo game.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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