Análise: Star Ocean The Divine Force é um RPG que cumpre a sua proposta

A nossa análise falará sobre o jogo desenvolvido pela Square Enix juntamente da Tri-Ace, Star Ocean The Divine Force que é o novo capítulo de uma consagrada franquia de JRPG e traz consigo uma possibilidade de exploração inovadora dentro da série, permitindo que o jogador possa alcançar os céus em suas aventuras. Continue lendo a análise e descubra se Star Ocean The Divine Force é uma boa opção para os fãs de RPGs orientais.

Essa análise foi feita graças a um código cedido pela Square Enix. O jogo já se encontra disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC e não conta com legendas em pt-br.

Uma aventura espacial com elementos de fantasia

Tudo começa quando o capitão espacial Raymond Lawrence entra em confronto contra inimigos e acaba se separando de sua tripulação numa tentativa arriscada de sobrevivência. O trio de viajantes espaciais conseguem escapar por meio de cápsulas de fuga, contudo, caem num planeta subdesenvolvido conhecido como Aster IV. Nesse lugar que ainda possui um aspecto medieval e sem influências tecnológicas, ele conhece a valente princesa Laeticia. Ela, por sua vez, auxilia Ray a encontrar o restante da sua tripulação, contudo, não será uma missão fácil e muitos inimigos estão por vir.

Igual aos jogos anteriores, aqui temos a opção de optar entre os dois protagonistas. Tanto Raymond quanto Laeticia tem eventos próprios, fazendo com que o jogo possua um fator replay considerável, se levarmos em conta que o jogador deseja descobrir realmente tudo que aconteceu na história. Há outros personagens com personalidades bem distintas e que fazem a narrativa ficar mais cativante.

Apesar de Star Ocean The Divine Force ter uma história bacana, o desenvolvimento de seu enredo é prejudicado por momentos de gameplay que mais servem para prolongar a jogatina. Um exemplo disso está nas primeiras horas de jogo onde temos que constantemente ir de uma região a outra, fazendo sempre o mesmo caminho que poderia facilmente ser resolvido por um fast travel ou encurtar a quantidade de idas e vindas nas primeiras localizações do jogo. Consequentemente, isso o torna cansativo em alguns momentos.

Jogabilidade frenética que busca trazer maior liberdade

Star Ocean é uma franquia que sempre se destacou em seus combates mais livres, principalmente nos últimos títulos em que não existia carregamento entre o encontro contra o inimigo e o confronto. Dito isso, Star Ocean The Divine Force não seria diferente. Inclusive, em vários momentos passa uma sensação de estar num MMORPG por conta dos personagens da party estarem enfrentando os inimigos, enquanto você tem a escolha de fazer o mesmo, pegar algum item ou apenas sair do local do combate. Diferente dos antecessores, desta vez somos acompanhados por um robô que serve como jetpack e impulsiona os membros da equipe em direção de seus oponentes para realizar investidas mais rápidas e fazer com que chegue nestes inimigos em menor tempo. Além disso, claro, é utilizado para alcançar oponentes capazes de voar.

No geral, a ideia funciona muito bem. Porém, por mais que a ideia principal seja trazer liberdade aos jogadores, sinto que o jogo acaba se limitando em sua própria mecânica de combate, uma vez que traz um sistema de combos onde você define os golpes que serão dados. Ele funciona da seguinte forma: há três botões de ataque, cada um proporciona 3 “hits” e você define quais serão esses hits. Ou seja, todos os movimentos são “skills”, uma vez que não há ataque básico no jogo.

Dito isso, os jogadores têm uma restrição de AP, onde cada golpe consome um número determinado. Ele recarrega automaticamente, sendo desnecessário a utilização de algum item ou habilidade para recarregar, mas ainda assim é natural que muitas vezes você fique sem AP durante uma sequência. O que te limita.

Uma forma de burlar essa situação é trocando de personagem em meio da sequência e usar o jetpack para se aproximar rapidamente do inimigo do qual você estava atacando, entretanto, se o personagem em questão estivesse fazendo golpes e consumindo o seu AP ele não terá a barra cheia quando você for utilizá-lo.

Por mais que seja legal a customização completa dos seus golpes, ainda assim golpes básicos fazem falta. Principalmente quando você fica sem AP.

Cenários deslumbrantes e personagens polêmicos

Star Ocean The Divine Force pode ter gráficos polêmicos em seus personagens, principalmente por fazer eles parecerem com bonecas por conta de seu design. Contudo, os cenários são simplesmente magníficos, principalmente aqueles que são mais voltados a naturezas. A vegetação e o céu apresenta inúmeros detalhes que fazem com que a gente fique admirando por um bom tempo.

O pior problema dos personagens não está em seu visual base, texturas de roupas ou algo do tipo, uma vez que eles de costas em meio dos ambientes do jogo trazem uma mescla perfeita. O maior problema está em seus rostos juntamente do cabelo que buscaram deixar muito “detalhado” num realismo desnecessário. Inclusive, há uma física nos cabelos que simplesmente não faz sentido, pois eles ficam em constante movimento até mesmo quando a pessoa está parada ou o ambiente não tem vento.

Trilha sonora épica e áudios de qualidade

A trilha sonora de Star Ocean The Divine Force está simplesmente deslumbrante trazendo melodias épicas em todos os momentos. Se este jogo se tornar memorável, provavelmente será por conta da sua magnífica trilha sonora. Junto disso, a qualidade dos áudios está ótima seja na narração ou sons ambientes que realmente trazem uma maior imersão ao jogador.

Conclusão da análise de Star Ocean The Divine Force

Para concluir essa análise de Star Ocean The Divine Force, devo mencionar que temos aqui um RPG que vai te trazer bons momentos apesar que em algumas situações ele consegue ser bastante repetitivo, principalmente no começo onde te coloca num vai e vem constante entre as localizações iniciais. Inclusive, o limite de AP para todos os seus ataques será algo que inicialmente vai te frustrar, porém, com o tempo você se acostuma… Se acostuma da mesma forma que se acostumará com os gráficos dos rostos e cabelos que são bizarros a uma primeira vista. Tirando essas ressalvas, temos um bom RPG.

Essa análise de Star Ocean The Divine Force segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.