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Análise: The Library of Babel é um jogo de tirar o fôlego, de várias maneiras

Seria mais um rostinho bonito ou tem algo a mais?

Antecipadamente, agradeço novamente a Neon Doctrine por nos convidar para a análise de The Library of Babel. Analogamente, fizemos o preview do jogo e que pode ser lido, clicando aqui. Contudo, a versão final trouxe novidades da beta ou nem tanto?

Esta análise só foi possível graças a uma cópia digital de The Library of Babel, gentilmente cedida pela editora Neon Doctrine, para a versão de PC, via Steam.

Sobre The Library of Babel

The Library of Babel é um jogo 2D de plataforma, com elementos stealth onde enfatizo que temos uma aventura graficamente bela. Aqui assumimos o seeker (usarei o termo em inglês, porque o nome buscador não ficou legal) Ludovic, que a princípio tem a missão de reportar sua última busca à Matriarca. Porém, ao reportar-se para a Matriarca, um rebelde invade a sala e “toca o terror”. Por fim, a Matriarca lhe dá a missão de investigar este incidente e descobrir o que ocasionou este incidente.

No entanto, já tem algo que incomoda: o jogo não possui legendas em PT-BR, e isso traz alguns problemas. Geralmente eu não cobro legendas em jogos, principalmente em jogos indie, porém o jogo tem mecânicas de busca e junção de itens (para solução de puzzles) que são fundamentais e necessárias para avançar no jogo e, sem uma devida leitura, trará problemas ao jogador.

Uma aventura gráfica

Em primeiro lugar, o uso da Unity nesse jogo é algo que me surpreendeu de uma forma bem positiva. Sinceramente, este é um dos jogos mais lindos e atmosféricos que joguei. De maneira idêntica, eu o comparo a Song of Iron e a Saga of Sins. Os tons das cores usadas deixam cada cena bem única, mostrando que não foi poupado esforços para nos dar uma experiência gráfica praticamente única. Logo, a alcunha de aventura gráfica não é só para criar uma “tag” nova para descrever jogos.

Da mesma forma, os menus do jogo são belos e bem detalhados. As legendas estão com um tamanho de fonte bem legível, deixando bem claro o que cada tela transmite.

Por fim, quero mostrar uma tela de puzzle que, para evitar spoiler, não direi aonde aparece. Simplesmente maravilhosa.

Uma jogabilidade não tão bela

Infelizmente, a beleza do jogo termina aqui. A jogabilidade de The Library of Babel é extremamente básica, e ainda falha em pontos cruciais. Irei pontuar brevemente cada detalhe que me incomodou.

Por ser um jogo de plataforma em 2D, uma das ações que mais acontecerá é pular. E como tem plataformas de distâncias diferentes, algumas delas precisam de um timing diferente para executar o pulo. Mas, ao contrário do mais habitual, não pode apertar o botão de pulo próximo a beirada da plataforma, senão o personagem não pula e, dependendo da plataforma, cai. Parece que é uma reclamação pequena, mas nos momentos que precisamos correr e pular, isso “buga” um pouco e quedas injustas ocorrem.

Outro fator que incomoda bastante é o uso de botões para fazer ações rápidas. Ao agarrar em uma plataforma, o jogador precisa apertar um botão para subir ou outro para descer. De uma forma mais natural, eu sugeriria o uso do próprio direcional para essas ações.

Stealth simples demais

O elemento stealth, que é algo enfatizado pelo jogo, baseia-se em simplesmente esconder-se atrás de objetos (ou dentro deles), enquanto o inimigo passa por você. O modo que o stealth é apresentado é bem superficial e simples, deixando a impressão que a única forma de subjugar os inimigos e desafios é somente se escondendo. A série de jogos Assassin’s Creed Chronicles tem uma ideia bem semelhante, mas eu senti que a saga dos assassinos proporcionou melhores desafios e mais maneiras de se manter “escondidinho”. Aliás, para ser justo, existem outros métodos para se “manter escondido”, como o uso de disfarce e até uma caixa (ao melhor estilo Metal Gear), porém o problema da simplicidade permanece.

Sua única opção é se esconder ou correr.

O jogo não possui um sistema de combate, tornando a defesa do personagem exclusiva de “correr e esconder”. Sei que a proposta do jogo é se manter em modo stealth 100% das vezes, mas algumas vezes o inimigo vira apenas de relance e o mata instantaneamente. E os checkpoints estão mal localizados, sendo necessário voltar aos desafios anteriormente ultrapassados. Ou seja, se você errar no último pulo, da última plataforma, no último segundo, terá que voltar um longo caminho.

Level Design estranho

Por ser um jogo em 2D, para entrar em portas ou em outros ambientes, é necessário apertar o botão de ação. Só que algumas portas estão, literalmente, no canto da tela e se você não apertar o botão de ação, ficará ali, imóvel. Parece besteira reclamar disso, mas isso traz um atraso desnecessário ao jogo. E como o cenário é graficamente maravilhoso, às vezes não enxerga o botão de ação na tela, informando ao jogador que precisa apertar o botão para prosseguir. Aqui eu acredito que o mais natural seria apenas fazer a transição de cenário, deixando tudo mais fluído.

Considerações finais de The Library of Babel

Conforme falei na preview, The Library of Babel não é um jogo ruim, mas dificilmente seria uma opção de escolha no dia em que você não sabe o que jogar e quer algo diferente. Os gráficos do jogo são surreais de lindos, contudo a jogabilidade do jogo deixa a desejar. Como dito no título, você perderá o fôlego com os gráficos do jogo, ao mesmo tempo em que joga, parecerá que The Library of Babel lhe dá um belo soco no estômago. Para tentar explicar melhor, a sensação que tive é que estava jogando um remake de um grande clássico da era dos 16 bits, porém mantendo a jogabilidade antiga.

Contudo, eu recomendo a aquisição do jogo, principalmente pelo seu atrativo gráfico. Se só isto não for motivo suficiente, sugiro ao mesmo olhar as páginas dos jogos na Nintendo.com e na Steam/Epic, pois o preço do jogo está bem atrativo e logo aparecerá alguma boa promoção para o mesmo. Minha recomendação é que se não o adquirir imediatamente, deixe-o na sua Lista de Desejos e aguarde uma boa promoção.

Por fim, não criei um tópico específico para sons e efeitos sonoros. O motivo é bem simples: esta parte do jogo está no nível suficiente. Ele não possui músicas que sejam memoráveis e os efeitos sonoros são bons. Nada além disso.

The Library of Babel está disponível para Playstation 5, Xbox Series X|S, Nintendo SwitchPlaystation 4, Xbox One e PC (via Steam e Epic Game Store).

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

The Library of Babel

Visual, ambientação e gráficos - 9.5
Jogabilidade - 6
Diversão - 5.5
Áudio e trilha-sonora - 7.5

7.1

Bom

The Library of Babel é um bom jogo, que tem na parte gráfica o seu maior trunfo. Mesmo com uma gameplay bem estranha e algumas vezes frustrantes, o jogo tem os seus atrativos e o desenrolar da aventura pode ser bem interessante, desde que você não tenha problemas com outros idiomas. Para finalizar, o preço cobrado para as versões de PC e Nintendo Switch é algo que eu considero bem justo e, se por acaso você achar o preço ainda caro, aguarde uma promoção e o adquuira.

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Eder DZR13

Um rapaz descontraído, engraçado, esperto e dinâmico. Esse cara não sou eu, mas eu amo jogar e viver no mundo gamer. Ainda procurando os dias de glórias porque de tanta luta, eu acho que serei a próxima DLC de Street Fighter. Detentor da 5ª Esmeralda do Caos e 3 vezes campeão da liga de Brawlhalla do condomínio. E ontem eu acertei a tela branca do Akuma.

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