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Análise: Dead Island 2 evolui a fórmula do primeiro jogo

Tivemos a incrível oportunidade de mergulhar na versão final de Dead Island 2, e estamos ansiosos para compartilhar nossas impressões com vocês. Após explorar os vastos cenários e enfrentar hordas de zumbis por inúmeras horas, podemos dizer que há muito o que comemorar, mas eu também vou trazer umas ressalvas aqui. Se você está curioso para saber mais sobre a jogabilidade, a história, os personagens e a evolução desta sequência tão aguardada, confira abaixo a nossa análise completa de Dead Island 2:

A análise de Dead Island 2 foi feita no PS5 graças a um código cedido pela Deep Silver. O jogo será lançado no dia 21 de Abril para Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC através da Epic Games Store e conta com legendas em PT-BR.

Introdução – Análise: Dead Island 2

Após uma longa e atribulada jornada, Dead Island 2 finalmente chegou às nossas mãos. Desde seu anúncio inicial na E3 2014, o jogo passou por um turbilhão de desafios, trocando de estúdio não uma, mas algumas vezes – começando com a Yager Development, passando pela Sumo Digital e, finalmente, aterrissando nas habilidosas mãos da Dambuster Studios.

Ao longo de todo esse período, continuamos acompanhando atentamente os rumores e especulações sobre o título, e à medida que a Dambuster compartilhava mais informações sobre esse lançamento tão aguardado, ficava claro que o estúdio tinha incorporado os elementos mais desejados pelos fãs, elevando o hype às alturas. Agora, após jogar a versão final de Dead Island 2, estamos prontos para compartilhar nossas impressões sobre a evolução da franquia e como essa sequência promissora se concretizou.

O título retorna com uma proposta ambiciosa e ousada: evoluir a fórmula do seu antecessor e entregar uma experiência imersiva, repleta de ação, zumbis, emoção e claro, muito humor. Conforme mostrado pela Dambuster nos trailers lançados nas últimas semanas, Dead Island 2 prometia gráficos deslumbrantes, personagens complexos e um sistema de combate fluido e responsivo, e eu já te dou um spoiler aqui, o jogo conseguiu atingir quase todas as expectativas com algumas poucas exceções.

História e personagens

O jogo começa nos colocando na pele de um dos seis personagens disponíveis após uma tentativa fracassada de escapar em um avião de uma Hell A tomada por zumbis. Assim que começamos a nossa jornada após sobreviver a essa catástrofe, conhecemos outros personagens que também se encontram nessa situação caótica, dentre eles Emma Jaunt, uma atriz famosa de Hollywood que recebe você em sua mansão de Beverly Hills, e outras figuras perfeitamente estereotipadas da principal cidade da Califórnia. Eu não quero dar spoilers da história do jogo em si, então eu vou me ater a esses detalhes iniciais para que vocês descubram por conta própria os acontecimentos seguintes.

O que eu posso falar aqui é que a trama de Dead Island 2 se desenvolve de forma interessante e envolvente, com uma grande quantidade de personagens e uma narrativa que mantém um ritmo constante. Surpresas e reviravoltas mantêm o jogador envolvido e curioso, e à medida em que vamos encontrando novos personagens, que representam parcelas da população de Los Angeles e vão de Youtubers a atores falidos, vamos encontrando novas perspectivas que auxiliam bastante na sensação de imersão e profundidade do jogo.

Obviamente, essa não é uma tarefa fácil, mas a Dambuster Studios fez um excelente trabalho em caracterizar muito bem as figuras que vamos encontrando pelas diferentes regiões do jogo. Todos esses personagens são bem construídos, com personalidades complexas, histórias de fundo intrigantes e excelentes dublagens, que infelizmente estão somente em inglês. Alguns deles servem apenas para oferecer missões secundárias e enriquecer o universo do jogo, mas muitos têm papéis cruciais no desenrolar da história, que vai se entrelaçando à medida em que avançamos no jogo. O único ponto fraco nesse quesito é que o título apresenta personagens até demais, o que acaba diluindo o foco dos protagonistas e em alguns momentos até deixam o jogador confuso.

Jogabilidade e Combate

De nada adianta o jogo trazer uma boa história e bons personagens se a jogabilidade em si não é boa, e eu fico feliz de dizer que o gameplay de Dead Island 2 é um dos seus pontos fortes. O jogo traz um vasto arsenal de equipamentos, que vão desde armas brancas, como facas, machados, lanças e os objetos mais loucos que vocês possam imaginar, até armas de fogo. Os jogadores têm opções extremamente variadas para enfrentar os zumbis, que também existem de todas as formas, desde zumbis apicultores até bombados de academia que pegam fogo. Não faltou criatividade aos artistas da Dambuster tanto para equipamentos quanto para zumbis, e para colocar uma cereja nesse bolo, é possível acrescentar melhorias e danos elementais ao arsenal.

Tudo isso coloca mais uma camada de diversidade e estratégia ao combate, permitindo que os jogadores personalizem suas armas e habilidades de acordo com seu estilo de jogo preferido. O sistema de combate é fluido, responsivo e visceral, e oferece uma boa variedade de estilos para os jogadores, desde os que preferem uma experiência mais rápida até os mais Tanks. Fora isso, o jogo conta com um sistema de cartas que melhoram e dão novas habilidades aos personagens. Tudo isso proporciona uma experiência de jogo personalizável e com um alto fator de rejogabilidade, que aliada às lutas intensas e emocionantes contra zumbis, trazem uma fórmula viciante.

Só é importante deixar um ponto claro que pode incomodar alguns jogadores nas horas iniciais do jogo. O título demora um pouco para engrenar, pelo menos na questão do combate, já que não temos tantas habilidades e as armas são relativamente básicas. Assim que vamos evoluindo nosso personagem, tudo vai ficando mais complexo e o combate vai ficando mais interessante. Vale ressaltar, eu não pude testar o modo online do jogo, já que o recebemos de forma antecipada, mas eu consigo imaginar quão divertido seja jogar a história completa com amigos nessa Hell A destruída.

Gráficos e performance

Visualmente, Dead Island 2 é um espetáculo à parte, com cenários deslumbrantes, detalhados e repletos de cantos interessantes e exploráveis. Cada área do mapa do jogo funciona como um hub e tem uma temática completamente diferente, que varia desde esgotos, bairros com mansões, estúdios de cinema e praias a hotéis, parques de diversão, laboratórios e muito mais. Apesar do jogo não ser exatamente de mundo aberto, todos esses locais são intrigantes e instigam a exploração, além de darem a sensação de estarmos realmente imersos num apocalipse zumbi. A atenção aos detalhes e os elementos ambientais, como galões de água, combustível e fios desencapados, itens que podem ser usados em conjunto com armas e outros elementos naturais, enriquece ainda mais a experiência e a atmosfera do jogo.

Além disso, a iluminação, as texturas e os efeitos visuais são de tirar o fôlego, o que mostra o talento da equipe de desenvolvimento, que conseguiu tirar todo o proveito da Unreal Engine 4.27. Quando eu joguei o jogo no preview de PC que nós lançamos há um mês eu fiquei simplesmente abismado com o que eu vi. O jogo era simplesmente absurdo, e toda aquela beleza que nós vimos nos trailers realmente estava presente ali. Eu cheguei a me questionar como eles fariam para que o jogo rodasse nos consoles mais antigos, e agora, após jogar a versão de PS5, eu vi que realmente alguns efeitos visuais foram levemente alterados. Não me entenda mal, o jogo está extremamente bonito na atual geração de consoles, mas claro, nada se compara ao que a Dambuster conseguiu fazer nos PCs, que está de cair o queixo.

Nem tudo são flores, entretanto. O jogo apresentou alguns problemas de performance quando eu testei ele na versão de PC, que pareciam ser mais bugs do que problemas de otimização mesmo. Eu não posso falar pela versão final para computadores porque nós não a recebemos, mas eu recomendo fortemente que vocês vejam análises específicas para PC caso queiram comprá-la. Já a versão de PS5 que eu joguei consegue entregar uma experiência estável, apesar de algumas quedas de FPS em áreas mais abertas e com muitos detalhes e stutters muito nítidos sempre que efeitos novos apareciam na tela. Em áreas como Venice Beach, que são mais abertas, esses problemas foram bem mais perceptíveis, e eu tive a impressão até que a taxa de frames caía para abaixo do limite de 48 FPS do VRR do PS5, e nesses momentos as quedas atrapalham muito o gameplay. E só para fechar esse ponto, esses problemas podem prejudicar a imersão em momentos específicos, mas, no geral, eles não chegam a comprometer a experiência de jogo como um todo.

Conclusão – Análise: Dead Island 2

Para resumir, Dead Island 2 é uma evolução impressionante da fórmula do primeiro jogo, entregando gráficos incríveis, personagens bem construídos e um sistema de combate envolvente e gratificante. Apesar de alguns problemas de performance e o excesso de personagens, o jogo consegue superar essas falhas e oferecer uma experiência divertida e memorável no universo do apocalipse zumbi.

Se você é fã do gênero e está procurando um título que combina ação, emoção e humor, Dead Island 2 certamente merece um lugar em sua biblioteca de jogos. Com uma narrativa envolvente, jogabilidade diversificada e gráficos de tirar o fôlego, este jogo é um bom exemplo de como evoluir e aprimorar uma franquia já bem-sucedida.

A análise de Dead Island 2 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Dead Island 2

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 7.5
Narrativa - 7.5

8

Ótimo

Dead Island 2 incrementa a fórmula do seu antecessor e traz gráficos, história e gameplay excelentes.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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