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Entrevistamos Mounir Radi, diretor de Prince of Persia: The Lost Crown

Durante a Brasil Game Show 2023, tivemos a oportunidade de conversar com Mounir Radi, o diretor do jogo Prince of Persia: The Lost Crown. Confira abaixo os detaques de nosso bate papo.

Aproveite e confira aqui nossas primeiras impressões do jogo. Prince of Persia: The Lost Crown será lançado em 15 de Janeiro de 2024 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.

Vamos entregar algo novo

Radi destacou que o Prince of Persia: The Lost Crown é uma volta às raízes da franquia, cujos dois primeiros títulos tinham toda a jogabilidade e design de cenários 2D. O jogo é um Metroidvania 2.5D – com gráficos 3D e jogabilidade 2D – e tem como proposta ser desafiante, com inimigos ágeis e grandes.

Aqui, de certa forma, foi dito que é muito fácil sempre entregar o mesmo jogo para os fãs. Mas a intenção com The Lost Crown foi uma mistura de voltar as raízes inspirado nos primeiros jogos com a intenção de ousar e entregar algo novo. Confirme dito por Radi “É a Ubisoft Montpellier, tentando fazer algo novo.”

A dificuldade será instigante

Algo que nos chamou a atenção durante nosso gameplay com o jogo, foi em sua precisão e dificuldade.

Radi mencionou que estão o jogo que estão desenvolvendo é uma homenagem aos clássicos 2D, mas com elementos modernos. Eles querem que o jogador se sinta desafiado, mas não frustrado. Por isso, foi criado um sistema de progressão que permite ao jogador manter alguns itens e habilidades a cada tentativa. Aqui ele citou o excelente Dead Cells como influência.

Assim, o jogo se adapta ao estilo e ao ritmo de cada um, sem perder a essência de isolamento e brutalidade que marcou o gênero. Eles se inspiraram em jogos no estilo Dungeon Crawler, que combinam exploração, combate e estratégia.

Concluindo esta parte, Radi mencionou que o jogador é inteligente e capaz de superar os obstáculos que foram colocados em seu caminho. O jogo também apresenta uma mecânica de tempo que pode ser usada como um lugar seguro em certas circunstâncias.

Inclusive, ele ressaltou que a dificuldade do jogo pode ser didático. Como exemplo ele falou do chefe da demo, a Manticore. Muito provavelmente o jogador morrerá aqui, mas irá se reerguer e tentar novamente.

Os desafios e inspirações para Prince of Persia The Lost Crown

Posteriormente, Radi destacou a animação fluida e realista dos personagens. Nesta nova aventura, o jogador controla o príncipe e seus aliados em um estilo de combate coreográfico e acrobático, mas com mais liberdade e interatividade. O jogo respeita o DNA da marca, mas também surpreende os fãs com ideias originais e criativas.

Radi mencionou que a animação sempre foi um desafio na série Prince of Persia, com a rotoscopia sendo uma nova forma de animação nos jogos 2D. A trilogia Sands of Time apresentava um estilo coreográfico e acrobático, mas com algumas limitações .

Adicionalmente, ele mencionou que a mecânica do jogo foi inspirada nos primeiros jogos da série Prince of Persia. No entanto, eles queriam dar aos jogadores mais controle sobre o personagem e aprimorar a jogabilidade. Para isso, eles trabalharam na animação para garantir que os movimentos dos personagens fossem fluidos e realistas, mas sem sacrificar a jogabilidade do jogo. Eles também adicionaram novas mecânicas de combate e interação com o ambiente para tornar o jogo mais dinâmico e imersivo.

Por fim, Radi falou que a dificuldade do jogo foi cuidadosamente ajustada para garantir que fosse desafiador, mas não frustrante. Eles queriam que os jogadores se sentissem recompensados ​​por superar os desafios do jogo, mas sem desistir por causa de uma dificuldade excessiva. Para isso, eles testaram o jogo com jogadores de diferentes níveis de habilidade e ajustaram a dificuldade em conformidade.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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