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Análise: Worldless

E isso tudo acontece devido a sua narrativa interpretativa.

Uma coisa que sempre desejamos é a busca de novas aventuras em mundos novos e desconhecidos. E se for em um universo recém criado, como o de Worldless, é mais fantástico ainda. Porém, nem tudo é o que parece… Sem me prolongar mais na introdução, vem comigo começarmos nossa jornada sem mundo.

Esta análise só foi possível graças a uma cópia digital de Worldlessgentilmente cedida pela produtora, para a versão de PC, via Steam.

Sobre Worldless

Worldless é um jogo de aventura 2D, com combates em turnos porém, diferentemente do que estamos acostumados, o combate utiliza comandos ativos. No seu devido tópico explicarei melhor.

Essa aventura se passa em um universo recém-nascido baseado em entidades presas num conflito eterno pela natureza polarizadora de suas atrações (como se fosse frio x quente, polo norte x polo sul, yin x yang, biscoito x bolacha…). Essas interações podem resultar em uma troca de suas polaridades, só que esse processo não é muito seguro e estável, ocasionando resultados que ninguém sabe o que pode ocorrer. Nesse universo controlamos uma entidade que, após encontrar a sua derrota, recusa o seu destino, ocasionando caos e um desequilíbrio nessa guerra. O que será que essa entidade que controlamos quer ao recusar o seu destino nessa guerra?

Por fim, venho parabenizar aos desenvolvedores por trazerem uma ótima legenda em PT-BR, mesmo que a página da Steam ainda não tenha atualizado essa informação. Ao longo da análise, não encontrei nenhum erro durante as frases do jogo, mostrando que a equipe não se limitou a usar uma tradução meia boca.

A beleza que existe entre tudo e nada

Antes de iniciar esse tópico, confesso que tive muitos problemas para escrever essa parte, pois Worldless é graficamente simples e lindo. Diferente de jogos em 2D com a temática de jogos narrativos, aonde a sua maioria é preto e branco ou em tons de cores bem escuros, projetando várias sombras, aqui temos um cenário em que existe uma cor predominante e o cenário é “colorido” em tons da mesma cor.

Outro grande destaque gráfico que quero apontar é que o fundo de cada cenário traz a sensação de estar vivo: estrelas aparecem constantemente, brigas entre entidades de polaridades ocorrem a todo momento enquanto a entidade que controlamos está ao ar livre. Ao entrar em ambientes fechados, o cenário de fundo fica mais estático, porém continua de forma bem simples e bela. Algo assim, eu só vi em Song of Iron, porém Worldless é mais simples graficamente, em comparação.

Para não estragar a experiência do jogador, não postarei outras cores de cenários, pois entregaria alguns SPOILERS indesejados, contudo vai por mim: existem mais variações de cenários e cores.

Para finalizar, gostei também da simplicidade da apresentação das entidades e NPCs. Como viram, a entidade que jogamos é praticamente um bonequinho de riscos sem os riscos. E o NPC principal da trama é um bonequinho de palitos. É tão simples e funcional que eu achei excepcional.

Contudo…

Apesar da sua beleza ímpar, Worldless apresenta um problema que me incomodou bastante nessa jornada: o jogo é muito vazio. O jogador encontrará vários níveis de desafios, plataformas, descobertas e afins, porém essa jornada, a entidade que controlamos ficará constantemente “sozinha” no cenário. Até mesmo os inimigos que lutamos são apenas ícones no cenário.

Esse ícone é para indicar que temos um combate a frente. Até entendo que isso é para representar que as lutas são opcionais e representa bem o conceito de jogo interpretativo e narrativo, só que não ficou muito legal esse “vazio”.

Sei que isso não é algo que atrapalhe o jogo em sim, ficando mais como uma ressalva. Se não fosse isso, seria quase impossível não tirar um 10 na parte gráfica…

Como é jogar entre o nada e o tudo?

Worldless é um jogo de aventura, com foco na exploração e plataformas. Conforme avança no cenário, novas habilidades são habilitadas, fazendo que a exploração aumente exponencialmente, até que uma área seja completamente explorada. E assim partimos para uma próxima área.

O combate do jogo é algo interessante: no turno de ataque, a entidade tem um botão para ataque físico e um ataque mágico. No turno de defesa, os mesmos botões viram defesa física e defesa mágica. Para atacar, basta o jogador esmagar os botões conforme deseja. Só que, para defender, o jogador precisa saber o devido ataque (se será físico ou mágico) e apertar o devido botão. Não precisa ser no momento perfeito, porém o jogador é bonificado se conseguir realizar defesas perfeitas.

Um ponto muito interessante na aventura é que o jogo não é punitivo: perdeu o combate, basta voltar e lutar de novo, sem precisar de telas de loading, sem precisar recarregar saves, sem precisar voltar para algum checkpoint… E a mesma coisa ocorre ao falhar em algum desafio da aventura: caiu de uma plataforma a um buraco? Volta da onde caiu e tente de novo. Não tem uma habilidade para ultrapassar um desafio e descobriu isso só depois que pulou errado? Sem problemas também: volte para o local que pulou. E isso sem precisar de loadings, recarregar saves…

O som que ecoa entre

Sinceramente, os efeitos sonoros do jogo não são chamativos, sendo suficiente os efeitos na exploração. Já no combate temos, de diferente, os sons de cristais quebrando, ao quebrar a defesa dos inimigos ou ao quebrar a sua própria defesa. Nada que mereça um destaque.

A sonoplastia do jogo é o elemento de maior interesse. Como Worldless quer nos passar um conceito de aventura interpretativa (falarei mais na conclusão), as músicas do jogo parecem como músicas LO-FI, trazendo um bom conforto ao jogar. Mesmo que alguns desafios de plataforma e combates possam ser mais complicados, jogar ouvindo uma música que traga calma realmente ajuda muito, e isso é um ponto positivo que o jogo entrega.

Para quem não sabe o conceito de música LO-FI, a grosso modo, são músicas que tem baixa fidelidade de gravação, originando o termo low fidelity (baixa qualidade). Essas músicas foram originadas de gravações de pessoas ou estúdios que possuem poucas condições e na maioria das vezes os sons eram gravados em fitas cassetes. Contudo, estranhamente essas músicas não ficavam ruins e algumas até mesmo tem efeitos relaxantes. Se eu puder sugerir, escutem a playlist Sessions: Diana

Considerações finais de Worldless

Worldless é um jogo de aventura estranhamente confortável de jogar. Seus desafios não são simples, porém não são frustrantes ao jogador, trazendo finalmente um jogo no qual o jogador pegará o controle para jogar e relaxar.

Uma coisa que o jogo destaca é a jornada interpretativa. Contudo, essa informação é uma meia verdade, pois ele tem sim uma história embutida e a entidade tem uma motivação para fazer o que está fazendo. Alguns elementos da história trazem um elemento interpretativo, mas no geral, a sua narrativa é meio conduzida.

Por fim, Worldless é um jogo que foi estranhamente agradável de jogar e analisar. Desafiador e ao mesmo tempo não é frustrante, sendo que se falhar em algum desafio ou combate, basta decorar o padrão do desafio e o refazer. A sua trilha sonora mantém o clima bem tranquilo e calmo, permitindo que jogue por muito tempo, sem se sentir incomodado.

Essa análise de Worldless segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Worldless

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8

8.5

Ótimo

Worldless é um jogo desafiador e ao mesmo tempo não é frustrante, deixando o jogador "curtir" o jogo de uma forma bem calma e tranquila. A sua trilha sonora mantém o clima, permitindo que jogue por muito tempo, sem se sentir incomodado. No mais, recomendo demais a aquisição do jogo.

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Eder DZR13

Um rapaz descontraído, engraçado, esperto e dinâmico. Esse cara não sou eu, mas eu amo jogar e viver no mundo gamer. Ainda procurando os dias de glórias porque de tanta luta, eu acho que serei a próxima DLC de Street Fighter. Detentor da 5ª Esmeralda do Caos e 3 vezes campeão da liga de Brawlhalla do condomínio. E ontem eu acertei a tela branca do Akuma.

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