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Review: Berserk Boy

Chega perto de sua inspiração?

Berserk Boy é um indie de ação em plataforma desenvolvido pela Berserk Boy Games e que, logo de cara, apresenta uma grande inspiração na franquia Mega Man. Confira a seguir o review de Berserk Boy e porque ele merece sua atenção.

Esse review foi possível graças a um código cedido pela Berserk Boy Games a qual agradecemos pela confiança e parceria.

Um novato predestinado

Berserk Boy é um jogo que se passa em um futuro distante, onde um cientista maluco e seu exército de trevas estão determinados a dominar a humanidade. A esperança de resistência e libertação reside na figura de Berserk Boy, o protagonista do jogo.

Kei, o personagem principal, é um herói novato cuja vida é transformada pelo poder misterioso da energia Orb, tornando-o Berserk Boy. Com o uso de poderes elementais, ele deve enfrentar o maligno Dr. Genos e seus lacaios, os quais são impulsionados pela sinistra Energia Negra.

A narrativa do jogo gira em torno das batalhas de Kei contra o Dr. Genos e seu exército, enquanto ele luta para salvar o mundo da iminente ameaça de escravidão e destruição. 

Não procure grandes novidades por aqui. O jogo tem uma narrativa simples e conhecida pelos amantes da série da série do herói azul da Capcom: Pule de mapa em mapa, destrua tudo e roube os poderes dos seus adversários.

Uma jogabilidade e design que funcionam

Assim que o jogo começar, ficará fácil entender como será daqui pra frente: percorra as telas de cada cenários, derrotando inimigos, enfrentando desafios de plataforma e tomando o mínimo de dano possível. 

A graça aqui é usar o dash de Kei para fazer tudo em alta velocidade. Não a toa alguns dizem que o jogo faz lembrar Sonic em alguns momentos. Diferentemente de Mega Man ou 20XX, não temos um canhão de plasma fixo em Berserk Boy. O jogo faz uma contagem de combos para somar pontos a sua pontuação ao fim de cada mapa. 

Cada habilidade elemental dará uma movimentação diferente para Kei. A primeira, de raio, traz a habilidade de Dashes longos e um poder de choque que ultrapassa a armadura inimiga. Combar os dois movimentos será obrigatório para derrotar os inimigos de maneira rápida e para fazer os puzzles/abrir portas. A segunda habilidade, de fogo, transformará Kei em um furacão de fogo e dará a possibilidade de fazer combos de ataque direto. Além dos mencionados, Kei também terá orbes de gelo, ar e terra.

Além das diferenças no combate, o uso dos elementos complementam a dinâmica “metroid” do jogo. Cada um dos poderes fará você passar por lugares que antes não seria possível, trazendo um fator replay para os fases do jogo. Isso porque além de matar seus inimigos, Kei também deverá resgatar soldados da resistência espalhados, escondidos, pelo mapa. Isso não só é necessário para fazer 100% do jogo, mas também para acessar locais que só abrirão após você resgatar pelo menos 60% dos soldados naquela área.

Como de costume de todo jogo que é bom, temos uma lojinha aqui. Sempre que você estiver na base da resistência poderá ir no laboratorio e gastar seu dinheiro com melhorias para Kei.

Gráficos e trilha sonora

Se você é fã de jogos retrô e de pixel art, aqui você será transportado para a época de ouro dos jogos de plataforma de ação. Em pouco tempo você entenderá como cada inimigo irá se comportar só de bater o olho nele – o que funciona muito bem para a tomada de decisão rápida que o jogo precisa para ser divertido. 

O jogo também dá a possibilidade de você usar filtro CRT para deixar o jogo com a cara da sua (possível) infância. Além disso, durante boa parte do meu tempo jogando, usei o Steam Deck. Posso dizer que tudo funcionou sem nenhum problema e o jogo funcionou de maneira perfeita durante toda a minha experiência. 

Um dos pontos de maior marketing durante o lançamento da demo do jogo e seu anúncio, foi a participação de Tee Lopes, o compositor de Sonic Mania, na criação da trilha-sonora do game. Nem tenho o que dizer aqui, o cara acertou mais uma vez!

Não só a trilha sonora em 16-bits como os efeitos de áudio são impecáveis e carregam o jogador durante todo o momento até o final do jogo. Não à toa você receberá a trilha sonora ao comprar o jogo na Steam.

Conclusão – Review Berserk Boy

Concluindo, Berserk Boy se firma como uma homenagem aos clássicos jogos de plataforma de ação. Embora não apresente inovações radicais em sua narrativa, o jogo compensa com uma jogabilidade sólida e cativante, onde cada habilidade elemental de Kei adiciona uma camada estratégica e de exploração ao gameplay. A dinâmica de resgate de soldados da resistência e a utilização dos poderes para acessar novas áreas garantem uma experiência de jogo envolvente. 

Com uma arte que agrada os jogadores retro/saudosistas, tudo em Berserk Boy parece ter sido criado com muita paixão e conhecimento dos clássicos. A trilha sonora composta por Tee Lopes, conhecido por seu trabalho em Sonic Mania, complementa perfeitamente a atmosfera do jogo, proporcionando uma imersão excepcional. 

Como ponto negativo, eu levantaria somente a dificuldade do jogo. Seguindo a ideia e inspiração em Mega Man, eu esperava um desafio um pouco maior em alguns momentos, principalmente durante as batalhas contra alguns chefes. Apesar de terem um bom padrão de movimentos, ir pra cima e buscar combos sem medo de ser atingido funciona facilmente na maioria das vezes.

No geral, Berserk Boy não apenas tende a atender às expectativas dos fãs do gênero, mas também se destaca como uma experiência de plataforma recompensadora e memorável em sua arte/trilha. Espero que seja o primeiro de muitos títulos da talentosíssima Berserk Boy Games.

Esse Review de Beserk Boy segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Uma inspiração com identidade própria

Visual, ambientação e gráficos - 8.4
Jogabilidade - 8.4
Diversão - 7.4
Áudio e trilha-sonora - 10

8.6

Ótimo

Berserk Boy não apenas tende a atender às expectativas dos fãs do gênero, mas também se destaca como uma experiência de plataforma recompensadora e memorável em sua arte/trilha. Espero que seja o primeiro de muitos títulos da talentosíssima Berserk Boy Games.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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