Análise: Path of Exile 2 Acesso Antecipado

Path of Exile 2 chega como uma continuação direta de um dos principais expoentes do gênero ARPG, conhecido por desafiar jogadores com sua complexidade em construir builds. Concorrente direto da franquia Diablo, o primeiro título conquistou uma base de fãs dedicada, especialmente por conta de seu extenso sistema de progressão e abordagem voltada para jogadores mais experientes.

Agora, com o lançamento de Path of Exile 2, que coexistirá com o jogo original, a Grinding Gear Games aposta em uma renovação ampla. O novo título apresenta gráficos significativamente aprimorados, reformulações importantes no gameplay, adição de novas classes e uma série de ajustes que buscam tornar a experiência mais fluida, mas sem perder a essência da franquia.

Nesta análise, feita a partir do acesso antecipado ao jogo, veremos o que o novo capítulo oferece aos veteranos e também aos recém-chegados. Será que Path of Exile 2 entrega o que promete?

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• Créditos Playstation
• Créditos Xbox

Um Mundo Sombrio para Ser Explorado

Path of Exile 2 mergulha o jogador em um universo de fantasia sombria, onde a esperança é escassa e a sobrevivência é incerta. A narrativa se inicia com um grupo de prisioneiros que está prestes a ser executado, e cabe ao jogador escolher qual deles escapará da forca para se tornar seu personagem.

À medida que a história avança, o jogador encontra diversos personagens que se juntam à jornada, enriquecendo a narrativa e oferecendo missões secundárias que complementam a trama principal. A progressão é fluida, permitindo que as missões principais e secundárias sejam realizadas de forma integrada, sem interrupções abruptas ou necessidade de seguir uma ordem rígida. Essa estrutura favorece a exploração e a imersão no mundo do jogo, mantendo o jogador engajado na história enquanto desenvolve seu personagem.

Jogabilidade

Path of Exile 2 mantém a essência do primeiro título, aprimorando diversos aspectos para oferecer uma experiência mais fluida. O combate continua desafiador, com chefes que apresentam padrões de ataque variados, demandando atenção constante e estratégias bem definidas por parte do jogador.

No Playstation 5, a jogabilidade é adaptada ao controle DualSense, com cada habilidade atribuída a um botão específico. Além disso, ao segurar o botão L1, o jogador acessa uma segunda barra de habilidades, ampliando as opções durante o combate. Por exemplo, ao jogar com a classe Caçador, é possível alternar entre habilidades como tiros fragmentados, bombas e disparos potentes, proporcionando uma variedade de abordagens.

A movimentação constante é essencial, já que permanecer parado pode resultar em ser cercado e derrotado pelos inimigos. A posição no campo de batalha e o timing das habilidades são cruciais para o sucesso, especialmente em confrontos contra chefes que exigem precisão e adaptação rápida às mudanças de padrão.

Um problema iminente na jogabilidade está na questão de seus mapas, onde o jogo oculta os checkpoints depois que você sai da área atual. Ou seja, não tem como utilizar a opção de fast travel dentro do mapa para ir num ponto especifico apenas para concluir uma missão, obrigando que o jogador tenha que percorrer mais de uma vez todo o trajeto e enfrentar novamente os mesmos inimigos.

Evolução

Path of Exile 2 apresenta um sistema de progressão robusto que combina elevação de nível com uma estrutura de personalização profunda. A cada nível alcançado, o jogador recebe um ponto que pode ser alocado em uma vasta árvore de habilidades passivas.

A árvore de habilidades passivas do segundo título consegue ser ainda mais densa do que a do jogo original. São dezenas de caminhos possíveis, permitindo ao jogador construir seu personagem com base em especializações que vão desde aumento percentual de dano, aprimoramento de escudo de energia, ganho em atributos como força, destreza ou inteligência, até efeitos mais específicos que impactam diretamente no estilo de combate. No caso da classe Caçador, por exemplo, é possível optar por habilidades que aumentam o dano por munição e a evasão geral do personagem.

Diferente de sistemas com melhorias imediatas, a progressão em Path of Exile 2 é sentida de forma gradual. O impacto das escolhas se torna perceptível à medida que a build se consolida — seja em resistência, dano ou controle de campo.

Além das habilidades passivas, o jogo também trabalha com habilidades ativas desbloqueadas por meio de gemas. Essas gemas, quando equipadas, liberam novas ações e poderes que podem ser utilizados imediatamente. Há ainda gemas secundárias que podem ser encaixadas junto às principais para modificar ou potencializar seus efeitos, como aumentar o dano, reduzir o tempo de recarga ou adicionar condições extras ao ataque.

Gráficos e Áudio

Em Path of Exile 2, os gráficos representam um salto significativo em relação ao primeiro título. A estética do jogo é visivelmente mais realista, mas ainda assim comprometida com sua proposta de dark fantasy. Isso se reflete não apenas na ambientação, mas também no design dos equipamentos: ao invés de armaduras tradicionais e reluzentes, é comum encontrar peças como coroas de espinhos, luvas desgastadas e armaduras em farrapos, que posteriormente evoluem para visuais mais elaborados, mas sempre mantendo o tom opressivo que define o universo do jogo.

Os cenários também se destacam com uma direção de arte consistente. É possível notar detalhes ambientais bem construídos, como vegetação dinâmica, rios e lagos bem renderizados, além de dungeons densas e claustrofóbicas, preenchidas por elementos como teias de aranha e ovos espalhados pelo chão. Já os inimigos impressionam tanto pelo nível de detalhamento quanto pela criatividade no design, com monstros grotescos e perturbadores que se encaixam perfeitamente na atmosfera proposta.

No aspecto sonoro, o jogo mantém um bom nível técnico. O som ambiente é um dos pontos de destaque, colaborando diretamente com a imersão do jogador. A trilha sonora, embora não seja memorável, cumpre bem sua função ao reforçar a imersão. A dublagem em inglês, por sua vez, é bem executada e confere naturalidade aos diálogos, contribuindo para uma experiência narrativa mais envolvente.

Conclusão da análise de Path of Exile 2

Path of Exile 2 é um avanço significativo dentro do gênero de RPGs de ação, especialmente quando comparado ao seu antecessor. O jogo preserva a essência que consolidou sua base de fãs, mas traz melhorias palpáveis em quase todos os aspectos. O mundo sombrio e sem esperança, sustentado por uma direção de arte sólida, oferece uma narrativa envolvente desde o primeiro minuto, com escolhas que impactam diretamente na construção do seu personagem. A liberdade de seguir missões principais e secundárias de forma fluida, fortalece a imersão e o ritmo da experiência.

Na jogabilidade, há um ganho de fluidez e precisão, principalmente para quem joga em consoles. A ação é intensa e exige movimentação constante, raciocínio rápido e domínio dos comandos, que são bem adaptados ao DualSense. Os combates contra chefes e hordas de inimigos exigem leitura de padrão e adaptação. A progressão é um dos pontos mais fortes: com uma árvore de habilidades passivas ainda mais extensa que no jogo original e um sistema de habilidades ativas baseado em gemas, Path of Exile 2 entrega profundidade na construção de builds, permitindo que cada jogador molde seu estilo de jogo ao longo da jornada.

Graficamente, o jogo evoluiu de forma notável, com cenários detalhados e consistentes com a ambientação sombria. O design dos inimigos e equipamentos também reflete essa temática de forma criativa. No áudio, temos uma ambientação eficaz, com sons claros e uma dublagem de qualidade, mesmo que a trilha sonora não se destaque tanto. Path of Exile 2 ainda está em acesso antecipado, o que pode trazer ajustes no futuro, mas já se mostra um título robusto e promissor, com conteúdo denso e boa execução técnica.

Essa análise/review de Path of Exile 2 segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.