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Análise: Cronos The New Dawn – Nintendo Switch 2

Desempenho e parte visual no console híbrido

Hoje trazemos uma análise mais técnica de Cronos The New Dawn, agora testado no Nintendo Switch 2. O objetivo aqui é mostrar como o jogo se comporta no console híbrido da Nintendo, que naturalmente entrega uma experiência visual inferior em relação ao PC e aos demais consoles.

Vale destacar que esta não é uma análise completa do jogo em si, mas sim um foco em aspectos técnicos como gráficos, desempenho e estabilidade na versão do Switch 2. Caso você queira conferir nossas impressões gerais sobre a história, mecânicas e gameplay, recomendamos a leitura da análise completa feita pelo Bernardo, disponível aqui no site.

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O que é Cronos The New Dawn

Antes de mergulharmos nos aspectos técnicos da versão para o Nintendo Switch 2, é importante entender o que é Cronos The New Dawn. O título é desenvolvido pela Bloober Team, estúdio polonês que recentemente assinou o excelente remake de Silent Hill 2. Dessa vez, a equipe aposta em uma nova IP, trazendo sua expertise no gênero de terror psicológico e survival horror.

A trama se passa em uma Polônia distópica dos anos 80, após um colapso mundial. O jogador assume o papel de um “viajante”, uma figura misteriosa que utiliza uma pesada roupa protetora (algo entre um traje de astronauta antigo e um equipamento de mergulhador retrô) enquanto explora ambientes devastados, cumpre objetivos e enfrenta criaturas deformadas.

A ambientação é um dos grandes destaques do jogo: sombria, opressiva e reforçada por uma trilha sonora que aumenta a sensação de tensão constante. O sistema de combate traz um diferencial interessante: os inimigos absorvem a biomassa dos que já foram derrotados, ficando cada vez mais fortes. Isso cria um dilema estratégico para o jogador, que precisa decidir entre confrontar diretamente, fugir ou usar o cenário a seu favor, com explosivos e fogo, por exemplo. Essa mecânica remete a inspirações de jogos como The Evil Within, onde queimar os inimigos derrotados era essencial para evitar que retornassem.

Combinando ambientação densa, inspiração em clássicos do terror e ideias próprias, Cronos The New Dawn se apresenta como uma experiência sólida para fãs do gênero survival horror.

Desempenho e qualidade visual no Switch 2

No Nintendo Switch 2, Cronos The New Dawn mostra um equilíbrio interessante entre desempenho estável e cortes visuais necessários para rodar no hardware híbrido da Nintendo. Do ponto de vista sonoro, não há críticas: o console oferece áudio estéreo com suporte a som 3D, o que valoriza a ambientação do jogo e mantém o mesmo nível de qualidade visto nas outras versões. Vale pontuar que a própria desenvolvedora orienta os jogadores a utilizarem fone de ouvi para maior imersão.

Já no aspecto visual, é evidente que foram feitas concessões. O jogo utiliza DLSS de forma bastante agressiva, garantindo fluidez, mas com impacto direto na nitidez e consistência gráfica. Apesar disso, o ponto mais positivo está no desempenho: o título roda travado em 30 FPS, sem quedas perceptíveis, entregando uma experiência estável e totalmente jogável. Claro que 60 FPS seria o ideal, especialmente em um jogo que exige precisão em esquivas e disparos, mas dentro das limitações do Switch 2, o resultado é satisfatório.

O maior problema está na iluminação. Assim como em Star Wars Outlaws, aqui há suporte a técnicas de Ray Tracing adaptadas, mas em Cronos The New Dawn isso é feito via Nanite da Unreal Engine 5, processado por software. O resultado é inconsistente: glitches de iluminação são frequentes, com áreas que deveriam estar iluminadas escurecendo ao mover a câmera ou ao andar pelo cenário. Essa limitação é perceptível e pode incomodar bastante, já que o jogo aposta em uma ambientação escura e dependente da luz para criar tensão.

Além disso, há pop-ups de textura recorrentes, mais perceptíveis no modo TV do que no portátil. No dock, o uso intensivo de DLSS tenta compensar a saída em uma maior resolução, mas isso amplia problemas de serrilhado, artefatos visuais e inconsistências gráficas, reforçando a sensação de que o jogo está rodando em algo próximo ao “low” ou “very low” do PC.

No geral, o Switch 2 entrega uma versão tecnicamente estável e jogável, mas com restrições visuais notáveis. A experiência continua imersiva, principalmente pelo som e pela ambientação, mas o peso dos downgrades gráficos é inegável, especialmente para quem joga na TV.

Controles e recursos do Switch 2

Em termos de jogabilidade, Cronos The New Dawn no Nintendo Switch 2 oferece várias opções de controle. O jogo é compatível com os Joy-Con, o controle Pro e ainda conta com suporte a giroscópio e a um curioso modo de mira com o modo mouse. Além disso, há um menu bem granular que permite ajustar a sensibilidade de cada tecnologia, dando liberdade ao jogador para configurar da forma que preferir.

Nos controles tradicionais, seja no Pro Controller ou nos Joy-Con, a experiência é sólida. O jogo responde bem, embora seja recomendável ajustar a sensibilidade para um controle mais preciso. O destaque vai para o giroscópio, que já havia se mostrado muito eficiente em títulos como Star Wars Outlaws e Cyberpunk 2077. Aqui, ele funciona igualmente bem, permitindo ajustes finos na hora de mirar e tornando o combate mais natural, seja no portátil ou na TV.

O ponto fraco é o modo mouse. A proposta poderia ser interessante, mas na prática a execução deixa a desejar. O movimento é pouco fluido, com sensação de atraso, e chega a lembrar os antigos mouses de bolinha, algo que simplesmente não combina com um jogo moderno. A impressão é de que o recurso foi incluído mais como curiosidade do que como uma opção viável de jogabilidade.

Por fim, vale mencionar que havia relatos de que Cronos The New Dawn poderia travar ao alternar entre o modo portátil e o dock. Nos testes, isso não aconteceu. Foram feitas várias trocas entre os modos e em nenhum momento houve crash ou problema de estabilidade, mostrando que a Bloober Team corrigiu o problema que poderia comprometer a proposta híbrida do console.

Cronos The New Dawn vale a pena no Switch 2?

Cronos The New Dawn chega ao Nintendo Switch 2 em um port que pode ser considerado robusto. O downgrade gráfico é evidente, principalmente em iluminação e serrilhados, mas não compromete a experiência a ponto de inviabilizá-la. Como sempre, a escolha passa pelo que o jogador busca.

No modo portátil, o jogo se beneficia do próprio design: por ser um título escuro e denso, muitos dos defeitos visuais acabam ficando menos perceptíveis. Já no modo TV, os problemas se tornam mais visíveis, como artefatos de iluminação e texturas que não acompanham o restante da ambientação, afetando em parte a imersão.

Ainda assim, o desempenho sólido a 30 FPS estáveis, som bem implementado e a jogabilidade ajustada às diferentes formas de controle fazem deste um port que cumpre seu papel. Para quem não tem acesso a outras plataformas, ou para quem quer a possibilidade de jogar Cronos The New Dawn em qualquer lugar, essa versão do Switch 2 é uma boa alternativa.

Essa análise/review de Cronos The New Dawn segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Mais um bom port para o Switch 2

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8

8

Ótimo

O port de Cronos The New Dawn para o Switch 2 cumpre bem sua proposta: levar um survival horror de peso para a experiência híbrida do console. Apesar de um downgrade inevitável em relação ao PC e consoles de última geração, a performance é estável e permite aproveitar o jogo em sua totalidade. O maior problema está nos artefatos visuais, especialmente em modo TV, que deixam claro o esforço do hardware para dar conta da ambientação sombria criada pela Bloober Team.

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Leonardo

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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