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Análise: Red Dead Redemption (PC)

Um port exemplar do clássico da Rockstar

Após 14 anos de uma espera que parecia interminável, Red Dead Redemption finalmente chegou ao PC. E não, não estamos falando de emulação ou soluções alternativas – essa é uma versão oficial, desenvolvida com atenção aos detalhes e respeito ao material original. Graças a um código de análise fornecido pela Rockstar Games, passamos os últimos dias explorando essa aguardada versão, e podemos afirmar com convicção: a espera valeu cada segundo. Mas se você quer saber tudo sobre a versão de PC de Red Dead Redemption, confira a nossa análise completa abaixo:

Um grande port

Ainda com a memória fresca do controverso GTA Trilogy Definitive Edition, muitos jogadores demonstraram uma preocupação natural sobre como seria a qualidade dessa conversão. Felizmente, o trabalho realizado pela Double Eleven é nada menos que exemplar, preenchendo todos os requisitos de como adaptações de jogos clássicos devem ser feitas no PC.

O estúdio claramente entendeu que não bastava apenas fazer o jogo funcionar na plataforma, e que era necessário abraçar completamente os recursos e possibilidades que apenas o PC pode oferecer. O resultado é uma versão que não apenas preserva a essência do original, mas que supera as expectativas da maioria dos jogadores.

Melhorias técnicas e visuais

O primeiro aspecto que chama a atenção é o conjunto de opções técnicas disponíveis. O suporte nativo a resoluções 4K é apenas o começo. A implementação de taxas de atualização de até 144Hz transforma completamente a fluidez da experiência, enquanto o suporte a monitores ultrawide (21:9) e super ultrawide (32:9) expande literalmente os horizontes do jogo.

Mas é na distância de renderização (LOD) que encontramos talvez a mais significativa melhoria. Se nas versões originais de console éramos limitados por um pop-in frequente e horizontes nebulosos, a versão PC permite visualizar elementos do cenário a distâncias verdadeiramente impressionantes. Essa não é apenas uma melhoria cosmética – é uma transformação fundamental na maneira como experimentamos o mundo do jogo.

Imagine cavalgar pelo deserto de New Austin e poder ver distintamente formações rochosas, construções e outros pontos de referência a quilômetros de distância, tudo isso renderizado com um nível de detalhe que era simplesmente impossível nas versões originais. Essa melhoria transforma completamente a sensação de escala e imersão do jogo.

Trazendo o jogo para 2024

A implementação de tecnologias modernas de upscaling é outro ponto alto da versão. O DLSS da NVIDIA não está presente apenas em sua forma básica – temos acesso ao Frame Generation e NVIDIA Reflex, permitindo que usuários de placas RTX jogo com taxas de frames ainda maiores sem comprometer a qualidade visual.

Do lado da AMD, o FSR também está presente. A flexibilidade oferecida por essas opções permite que jogadores com diferentes configurações encontrem o equilíbrio ideal entre qualidade visual e performance.

Agora, a implementação de HDR nativo merece um parágrafo próprio, já que a excepcional direção de arte do jogo ganha uma nova dimensão com essa tecnologia. Os amanheceres e entardeceres no oeste americano estão absolutamente lindos, realçando principalmente o céu do jogo e dando mais vida a um jogo de 2010.

Performance e Otimização

Em termos de performance, Red Dead Redemption no PC impressiona em praticamente todos os aspectos. Em nosso PC high end com uma 3080ti e uma 5800X3D, o jogo mantém 144 FPS constantes com todas as configurações no máximo, sem qualquer travamento. Mas o que realmente surpreende é a flexibilidade do port.

É impressionante o desempenho em dispositivos portáteis como o Steam Deck, o qual também testamos. A otimização permite que o jogo rode em configurações médias e altas mantendo uma performance estável a 60 FPS. Fora isso, a experiência de jogar Red Dead Redemption em um dispositivo portátil é muito satisfatória, com controles bem adaptados e uma qualidade visual que supera as versões originais.

Além das configurações básicas esperadas, o título traz ajustes mais refinados para praticamente todos os aspectos visuais do jogo. Os controles sobre a qualidade das texturas, filtragem anisotrópica, oclusão de ambiente e diversos outros parâmetros permitem que os jogadores encontrem o equilíbrio ideal entre qualidade visual e performance para seu hardware específico.

Controles e Jogabilidade

A adaptação para mouse e teclado também merece destaque. O sistema de mira, em particular, se beneficia enormemente da precisão do mouse, tornando os tiroteios mais dinâmicos e satisfatórios. Além disso, há opções de personalização de controles, que permitem que os jogadores ajustem cada aspecto da interface de acordo com suas preferências.

No entanto, é importante notar que algumas mecânicas, especialmente aquelas relacionadas à cavalgada, ainda se beneficiam da utilização de um controle. Felizmente, a alternância entre os métodos de controle é perfeitamente fluida, permitindo que os jogadores escolham a melhor opção para cada situação.

Um tremendo problema

Entretanto, é importante frisar, o ponto mais negativo desse novo port é o launcher da Rockstar. Mesmo quando iniciado através da Steam, o jogo requer essa camada adicional de software, que pode resultar em momentos ocasionais de inconveniência. Essa questão torna-se particularmente problemática no Steam Deck, onde a navegação através de múltiplas interfaces pode ser mais trabalhosa do que o necessário. No meu caso, por exemplo, demorei absurdos 25 minutos para fazer todas as configurações para iniciar o jogo. Vale mencionar, inclusive, que o jogo só pode ser jogado na conta que o comprou. Ou seja, ele não funciona em modo família.

Agora, para contextualizar essa crítica: uma vez que o jogo está em execução, a experiência é perfeitamente fluida e livre de interrupções. O launcher não impacta a performance ou a estabilidade do jogo, servindo apenas como um inconveniente inicial.

Vale a Pena?

Após 14 anos de espera, a chegada de Red Dead Redemption ao PC é um momento significativo. A Double Eleven entregou um port tecnicamente excepcional, reimaginando o jogo para os padrões modernos enquanto mantém intacta a visão artística original. Essa é, sem dúvida, a melhor forma de experimentar essa obra-prima.

O pacote inclui o jogo base com todas suas melhorias técnicas, a expansão Undead Nightmare igualmente aprimorada, e todos os conteúdos bônus da edição Game of the Year. É verdade que a ausência do modo multiplayer original pode decepcionar alguns jogadores, e o preço de R$ 249,50 pode parecer elevado para um título de 2010, mesmo considerando todas as melhorias implementadas – uma decisão que cada jogador precisará avaliar individualmente. No entanto, não há dúvidas quanto à qualidade técnica da versão: esse é o melhor Red Dead Redemption já lançado, oferecendo uma experiência definitiva para quem deseja explorar ou revisitar esta história icônica.

Conclusão – Análise: Red Dead Redemption (PC)

Para fechar a análise, eu posso dizer tranquilamente que Red Dead Redemption no PC é mais que apenas um port bem executado, ele é uma celebração de um dos melhores jogos da Rockstar, agora disponível em sua forma mais refinada e tecnicamente impressionante. As melhorias implementadas não apenas preservam a essência do original, mas melhoram muito a experiência de um clássico.

Seja você um veterano ansioso para revisitar essa obra-prima ou um novato prestes a experimentá-la pela primeira vez, a versão para PC oferece sem sombra de dúvidas a melhor maneira de vivenciar a épica história de John Marston. A longa espera pode ter sido frustrante, mas o resultado final é nada menos que espetacular.

Essa análise/review de Red Dead Redemption (PC) segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

O retorno do clássico

Nota - 9

9

Excelente

Um port tecnicamente exemplar, com suporte a 4K, 144Hz, DLSS/FSR e uma impressionante distância de renderização que transforma a experiência visual do clássico. Essa é sem dúvidas a melhor forma de experimentar Red Dead Redemption, apesar do preço elevado e da necessidade do launcher adicional.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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