Lá estávamos nós mais uma vez em território estrangeiro. Dessa vez, diferentemente daquele fatídico evento de outubro de 2016, levando o que tínhamos de melhor. Acabamos sendo eliminados em uma fase bem longe da final, perdemos todos os jogos da fase de grupo por dois a zero, mas saímos felizes e orgulhosos, mesmo assistindo uma única partida, pois as outras quatro sequer foram transmitidas. Falando a verdade, nem eu nem você que lê esse texto estávamos jogando o torneio, mas o simples fato de transformar o assistir em torcer, de ficar esperando no discord por uma noticia de fim de round, já é suficiente para transformar o texto para primeira pessoa do plural.
Ontem os jovens da Brasil Gaming House de Overwatch podem ter aberto as portas para os times Brasileiros no cenário internacional. Na única transmissão feita do nosso time, marcamos presença no chat da twitch do evento e mostramos que colocar times brasileiros para jogar eleva o numero de viewers. Além disso, a BGH realizou um bom jogo contra Fnatic mesmo jogando com uma diferença absurda de ping, mostrando que em um cenário menos discrepante podemos bater de frente com as grandes organizações internacionais.
Mas o melhor ainda estaria por vir. Na lower bracket do torneio, enfrentaríamos os coreanos da RunAway que estão classificados para as semi-finais da Season #2 da APEX, atualmente a competição de mais importância do Overwatch. O que teoricamente seria mais uma derrota para a BGH, se transformou em uma vitória e uma sensação de que com investimento podemos repetir os feitos dos nossos compatriotas da SK Gaming de Counter-Strike.
Alguns podem achar que estamos vivenciando apenas uma Hype, e que o dois a um em cima dos coreanos foi uma mera coincidência do destino. Porem, no dia em que o e-sports se tornar relevante no nosso país, esse será um dos jogos que ficará na história, mesmo sem termos sequer assistido.
Esqueci de mencionar que fomos eliminados logo em seguida pela Immortals. Mas isso, foi só um detalhe.
bnz mito