Análise: DC Super Hero Girls: Teen Power

DC Super Hero Girls é um desenho, que já está famoso pelo mundo, que conta a vida cotidiana de algumas das heroínas mais amadas da DC, aqui ainda adolescentes (aqui no Brasil você assistir na Netflix). Mas não estamos aqui para falar do show. Viemos para mostrar nossa análise de DC Super Hero Girls: Teen Power, o jogo de Nintendo Switch que é uma extensão desse universo em um mundo semiaberto. Tem momentos de plataforma, beat’em up e elementos de simulação de vida que contribuem para uma experiência mais profunda do que eu poderia imaginar.

O jogo foi desenvolvido pela TOYBOX inc e publicado pela Nintendo, a qual agradecemos pelo código do jogo e confiança.

Trama simples para uma jogabilidade surpreendentemente profunda

O vilão conhecido como Toyman solta uma enorme quantidade de brinquedos robóticos (e meio macabros) por toda a cidade. Ao que parece ele está impedido a revitalização de uma área do mapa chamada d, Hob’s Bay. A empresa que está responsável pela restauração é a Lexcorp, de Lex Luthor. Toda vez que um novo prédio está para ser inaugurado, os brinquedos aparecem para impedir. E aí que entram nossas heroínas e até mesmo as vilãs.

Importante dizer que, embora esse seja um jogo das DC Super Hero Girls, apenas três membros do grupo principal podem ser controlados no game: Babs, Mulher Maravilha e Supergirl. Do lado das vilãs três vilãs disponíveis: Arlequina, Safira Estrela e Mulher Gato.

Durante a análise DC Super Hero Girls: Teen Power, o que mais me surpreendeu foi a quantidade de coisas que o jogador pode fazer em um jogo tão de nicho, completamente focado para um público mais jovem e fãs do desenho. Como dito antes, estamos em um mundo semi-aberto dividido por áreas. Cada área é bem específica e possui um ritmo bem diferente. Enquanto em Old Town temos a parte mais social que falaremos em breve, Hob’s Bay temos um lugar mais de destruição onde os NPCs estão preocupados com outras coisas. Isso traz um sentimento de renovação bem interessante para as missões, que não são tão criativas por si só.

Além disso temos as missões sociais, essas são surpreendentemente variadas e incluem ajudar senhoras idosas a atravessar uma rua movimentada, encontrar uma carteira perdida, achar pontos específicos para tirar fotos e etc. Completar missões, tanto sociais quanto de heróis, concede a você dinheiro que pode ser gasto em novas roupas para cada personagem. Cada personagem tem itens de roupas separados disponíveis para compra, incluindo chapéus, tops, sapatos e muito mais. Isso é de fato muito bem feito e traz uma personalização que o público com certeza irá gostar.

Combate e Habilidades

O combate é bem básico, mas conforme o jogo avança, fica um pouco mais dinâmico graças aos poderes que você vai abrindo. Você tem apenas um botão de ataque básico (que basta apertar seguidamente para fazer um combo), um botão de esquiva que abre espaço para um combo em câmera lenta (meio Breath of the Wild) e um botão para pular, planar ou voar – dependendo de com quem você está jogando. Depois de começar a desbloquear habilidades, você encontrará quais personagens você gosta mais, porém algumas missões e área só podem te obrigar a jogar com alguém específico. 

As recompensas por completar missões permitem que você melhore suas habilidades, mas o número de pontos necessários para cada atualização, em comparação com o que você recebe das missões, não bate até o final do jogo. Isso não atrapalha sua evolução no jogo, mas achei algo duro demais para o público-alvo do jogo, essa parte poderia ser mais casual e focado no fan-service.

Só queria deixar uma ressalva sobre a movimentação de voo. Ela é bem difícil se comparado com o restante do jogo, colocar o movimento invertido me ajudou um pouco mas ainda assim não é algo que você consegue usar muito bem durante as batalhas.

Bem blogueirinha

Embora a atração do jogo seja jogar como super-heroínas e vilãs, o jogo brilha também quando você explora a cidade e o que ela tem a oferecer. Embora existam missões simples de busca e itens colecionáveis, o sistema de mídia social é surpreendentemente profundo. O aplicativo chamado Superstapost presente no jogo é basicamente o Instagram. Seus personagens podem tirar fotos, selfies e fotos de corpo inteiro com diferentes filtros e em diferentes ângulos. Às vezes, esses recursos são necessários para completar missões secundárias. Ouvir os cidadãos permitirá que você saiba o que está em alta no momento e como aumentar seus seguidores e temos objetivos ligado a isso.

É interessante ver como os NPCs e outros personagens jogáveis reagem ao seus posts, mas fazer isso para vários personagens parece um pouco exaustivo.

Para um cara sem rede-sociais como eu (sim… não tenho), isso não chamou a atenção. Mas consigo perceber o quanto isso agrega para público do jogo e para seu show de sucesso. Me senti numa pegada meio The Sims (old school) onde você precisava ter amigos para ser promovido no emprego.

Conclusão

Eu me surpreendi muito enquanto fazia a análise de DC Super Hero Girls: Teen Power. O jogo traz uma profundidade que não existia quando eu era adolescente para os desenhos que eu curtia. E só isso já me faz querer recomendá-lo para todos que curtem o show das heroínas da DC. Como jogo ele funciona, tem um combate atual com alguns problemas de câmera e voo.

Há muitos personagens com os quais interagir, um excelente recurso de compras e muitas pequenas tarefas divertidas para manter o jogador ocupado. O jogo claramente conhece seu público, então não basta ser um fã da DC, para entender o que acontece aqui por completo você deve ter uma intimidade com o desenho (sim, eu assisti alguns para fazer a análise).

A profundidade na jogabilidade é algo bem-vindo para dar sustento ao jogo e para quem quer o role-play fora do combate, terá uma grande surpresa aqui. Os gráficos agradam muito e o jogo possui dublagem para todas as conversas entre as personagens principais. Uma pena que não tenhamos a dublagem ou legendas em português, acho que isso seria um grande diferencial para o público do jogo aqui no Brasil.