ANÁLISESNINTENDONOTICIASPCREVIEWSSWITCH

Análise: Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin traz consigo uma grata evolução

Gotta Ride 'Em All

Essa análise é sobre Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin que é o segundo game spinoff da consagrada franquia japonesa Monster Hunter. Igual ao título anterior, o jogo se baseia num carismático RPG de turnos onde teremos como aliados as diversas e amadas (ou seriam odiadas?) criaturas da série. Com sistema de batalha simples, porém, divertido, gráficos coloridos com uma proposta próxima de anime e história envolvente, Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin é, sem dúvidas, uma grata adição para a série.

Ficou curioso para saber mais sobre esse RPG? Confira abaixo a nossa análise feita pelo código de Steam cedido pela produtora.

Monster Hunter novamente no PC

A série Monster Hunter Stories é um spinoff que começou no Nintendo 3DS e lembrava levemente os gráficos de Pokémon Sun e Moon. Até mesmo a proposta do jogo lembrava a do jogo da Nintendo, uma vez que era necessário conseguir ovos das criaturas para chocar e assim tê-las no seu time. O fato de que Monster Hunter Stories só permite usar uma criatura por vez também lembra bastante a temática dos monstros de bolso, apesar de que os inimigos não possuem essa limitação no combate.

Mesmo sendo um tanto quanto diferente dos demais jogos da série, Monster Hunter Stories manteve o bom resultado das iterações anteriores, conseguindo se destacar em suas vendas. Como de praxe, uma sequência foi anunciada, e dessa vez não apenas para uma plataforma da Nintendo como também para PC.

Uma nova história desse rico universo

Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin conta uma nova história envolvendo os famosos montadores de monsties, só que dessa vez, temos uma nova ilha, novos personagens e, claro, um novo protagonista pronto para ação. A história tem como foco principal o Ratha Guardião que é um Rathalos especial que serve como protetor dessa ilha. De uma hora para a outra Ratha some, e um mistério paira sobre a região.

Ao mesmo tempo, um líder da aldeia aceita que um jovem iniciante (você, o protagonista) faça o treinamento para virar um montador oficial e possa auxiliar na busca pelo Ratha Guardião.

A história inicialmente tem um desenrolar bem lento, já que a Capcom optou por fazer o começo mais didático possível sobre todas mecânicas do jogo. De forma alguma isso é ruim, já que o jogo é bem diferente do Monster Hunter tradicional. O problema, é que o plot principal acaba sendo deixado de lado tempo demais e isso faz com que a gente comece a se questionar sobre o sumiço do Ratha Guardião.

Provavelmente o maior motivo do jogo estar tão didático é por levarem em consideração que os jogadores que vão se aventurar no PC, não tiveram a oportunidade de jogar o antecessor no Nintendo 3DS. Por outro lado, os jogadores que estarão no Nintendo Switch podem se sentir num deja vu.

Monster Hunter Stories 2

Consiga os seus próprios monstros

O mais divertido de Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin é a possibilidade de você ter os seus monstros para acompanhá-lo na jornada como se fossem Pokémons. Para tomá-los para si, é necessário encontrar um ninho de monstros e então pegar um ovo da criatura desejada para si.

Normalmente em cada ninho há uma quantidade aleatória de ovos, mas só é possível pegar um deles. Para saber se essa captura vai resultar num bom monstie é necessário se atentar às dicas que o jogo dá em relação ao cheiro e o brilho dele. Estranhamente, quanto mais fedido for, melhor será a criatura. Não sei se isso foi um erro de tradução ou se realmente a Capcom resolveu dar uma trollada nesse sentido.

Todo novo monstro que entra pra seu time começa no level 1, entretanto, ele ganha level mais rápido do que os outros permitindo que os alcance em poucas batalhas ou resolução de quests.

Além disso, você pode usar os seus monsties como montaria para se locomover mais rápido pelos cenários. O melhor de tudo é que cada um tem habilidades próprias, essas que servem para auxiliar na sua jornada. Por exemplo, enquanto alguns têm a capacidade de saltar, outros podem escalar, identificar itens ou amedrontar os inimigos.

Não apenas para combate, mas pela própria exploração é essencial que você tenha uma equipe bastante variada.

Universo de Monster Hunter muito bem adaptado num RPG

Quando comecei a jogar o game para fazer a análise, foi inegável que me impressionei com a adaptação da série para ser um RPG de turnos. Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin consegue trazer várias mecânicas existentes e adaptá-las, como a necessidade de ter armas que dão vantagens ou desvantagens seja pelo tipo ou elemento que elas carregam.

Agora, diferente do que estamos acostumados com os outros jogos da série, as batalhas são consideravelmente rápidas. Nelas, você tem o controle completo do seu personagem, e somente um domínio parcial do seu monstie principal. Você pode até passar comandos para ele executar naquele turno, mas na maioria das vezes, ele vai agir no “piloto automático”.

Há alguns detalhes que fazem a diferença, como sabermos a quantidade de vida dos inimigos apenas depois de derrotar um monstro daquela raça, descobrir as vantagens e desvantagens apenas na base do teste e, obviamente não poderia ficar de fora, a questão de alguns monstros correrem pra a sua toca quando estão prestes a serem derrotados.

O jogo também conta com os sistemas de buscar materiais pelo cenário e craft de armas e armaduras, mas ambos estão bem mais facilitados. Enquanto um é só passar perto e apertar o botão pra colher o material, o outro pede apenas uma quantidade X de qualquer um dos materiais da lista de craft da armadura ou arma.

Levando em consideração que nos jogos principais da série, você teria que ter todos os itens da lista na quantidade exata… Agora é muito mais fácil.

Hunter Stories 2 tem Jo Ken Po!

Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin possui um sistema de combate familiar a Jo Ken Pon. Nessa mecânica, temos três tipos de ofensivas, que são força, técnico e rapidez.

Força tem vantagem contra técnico, técnico tem vantagem contra rapidez e rapidez tem vantagem contra força.

Inicialmente, não sabemos a opção que o inimigo vai utilizar. Entretanto, com o tempo, os monstros vão repetindo os mesmos padrões até se enfurecerem e ficarem imprevisíveis. Reparar qual tipo de ataque eles usam é essencial para que você contra-ataque da maneira certa ou utilize um monstie que tenha vantagem. Toda vez que você ganhar no “jo ken pon”, o seu oponente perde a chance de atacar e você consegue atingi-lo com sucesso.

Apesar disso, cada inimigo só consegue mirar em um dos seus personagens. Então os outros podem atacá-lo sem que ocorra o confronto de vantagem ou desvantagem.

Há algumas habilidades que furam esse sistema, causando um dano considerável independente do estilo do seu inimigo. Inclusive, é possível montar na sua criatura para ganhar um bônus de dano ou usar um golpe especial. Se o seu companheiro de party também estiver montado, uma combinação ainda mais devastadora é montada.

Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin mostra uma notável evolução

Enquanto o jogo anterior era notavelmente similar a Pokémon X/Y ou Sun e Moon em termos gráficos, agora temos um game com visuais que lembram mais o consagrado Zelda: Breath of the Wild. Os personagens estão mais ricos em detalhes, enquanto o sistema de criação está com opções bem variadas de construção do protagonista.

Consequentemente aqui temos gráficos melhores do que do primeiro título, contudo, está longe de ser rival de Monster Hunter World ou Rise. Levando em conta que essa competição é até injusta, devido aos estilos serem bem diferentes. Fora isso, temos boas músicas compondo a trilha sonora.

Felizmente, eles largaram aquela clássica ideia de “idioma” próprio dos personagens, que alguns jogos insistem em ter ainda, e agora temos as vozes em inglês ou japonês. Isso permite que os jogadores possam compreender o que está sendo dito, ao invés de depender somente da legenda.

E falando nisso, algumas traduções estão um tanto estranhas, principalmente no quadro de missões, que mostra novas quests com a etiqueta de “feito” e desafios a concluir com a etiqueta de “desistir”.

Para “desistir” a análise de Hunter Stories 2: Wings of Ruin

Resumindo, temos em mãos um bom RPG de turnos no mundo do Monster Hunter. É notável que a Capcom aprendeu bastante com o jogo anterior, trazendo mecânicas bem mais robustas a Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin. Há poucos erros no jogo, mas o principal, sem sombra de dúvidas, é o ritmo inicial do jogo extremamente lento nas primeiras horas, que chega a tirar o foco da história. Outra situação que incomoda é não ter controle total sobre a party, fazendo com que diversas vezes eu xingasse a IA pelas péssimas decisões tomadas.

Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin é realmente um jogo divertido para passar o tempo, que vai agradar os fãs de Monster Hunter e de RPGs de turno.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin é uma ótima adição para a franquia

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 8.5

8.4

Ótimo

Monster Hunter Stories 2: Wings of Ruin é um bom RPG de turnos que traz uma ambientação leal ao universo de Monster Hunter. Apesar de algumas falhas, ele se destaca e consegue ser bastante divertido.

User Rating: Be the first one !

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo