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Análise: Tinykin é um excelente Pikmin indie

Divertido e viciante

Quem é fã da Nintendo certamente já ouviu falar do simpático jogo Pikmin, onde Miyamoto se inspirou em seu jardim para trazer um jogo de quebra cabeças tendo vários animais e ambientes que vemos em Jardins. Porém, como o último jogo da franquia principal, Pikmin 3, foi lançado no Wii U, a desenvolvedora Splashteam trouxe Tinykin, o jogo inspirado em Pikmin que trazemos nesta análise.

Então será que Tinykin, este Pikmin Indie, traz uma boa experiência para os fãs da série?

Esta análise de Tinykin foi possível graças a um código cedido pela editora. Tinykin já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One incluindo o Game Pass, Nintendo Switch e PC e conta com legendas em PT-BR.

Sua simples história e rica ambientação

Assim como em sua fonte inspiradora, você será Milo, um humano que vive em um planeta no espaço e descobriu que a raça humana vem de um planeta chamado Terra. Ao ir explorar suas origens, Milo tem um pouso forçado e perde sua nave. E logo de cara ele vê que ele é uma pequena pessoa em uma casa enorme.

E nesta casa ele encontra diversos insetos que cultuam o ex- morador da casa, Ardwin. Sem muitas opções, Milo deve seguir explorando essa casa e montando uma misteriosa máquina para ver se, com ela, consegue retornar para seu lar original.

E bem, embora a história seja completamente secundária, seu mundo é fascinante. Aqui teremos ambientes inspirados em uma casa, ou seja, teremos grandes ambientes focados em banheiros, escritório, cozinha, corredores, quartos infantis e mais.

Além da criatividade ter sido gigantesca para montar esse mundo, nós iremos interagir com insetos. Sim, onde estão os humanos e quem é esse misterioso Ardwin? São essas perguntas que Milo responderá ao conversar com formigas, gafanhotos, pulgas, besouros e mais.

O legal desses protagonistas inesperados, é que eles têm suas personalidades e rixas com os outros insetos. Isso e a clara adoração a Ardwin. É muito divertido ver a interação entre eles assim como os diálogos e como eles são distribuídos no mapa realizando suas tarefas. Tudo é bem original e bem feito.

E uma rápida observação que faço é que cada vez que você encontra um novo Tinykin pela primeira vez, você é brindado com uma excelente animação em 2D como se fosse um desenho animado.

Mundo 3D com personagens 2D

Antes de entrar na parte da análise que falo de como os Tinykins funcionam, eu quero falar da arte de Tinykin.

Eu já falei que a ambientação é bem criativa e bem feita. E todo o mundo de Tinykin é feito em 3D, com exceção dos personagens que são em 2D. E isso funciona quase de forma impecável. O desenho dos personagens é super bem feito e eles se destacam do ambiente.

Adicionalmente, a animação dos insetos é feita no geral com frames reduzidos o que dá aquela sensação de stop and motion. Isso é algo que particularmente me agrada muito e é bem feito.

Porém, eu falei que essa mescla de 2D e 3D é quase impecável. Ou seja, existe uma crítica que tenho que trazer que é com relação a sua câmera e movimentação.

No geral tudo funciona bem, mas a câmera em lugares apertados de vez em quando não funciona tão bem. Eu tive algumas quedas bobas por causa dessa falta de calibração da câmera. Porém, o que eu vi que é muito complicado de se fazer, é conseguir andar com precisão. Em muitos momentos eu queria pegar um item que estava na ponta de algum lugar e não era uma tarefa fácil manter uma linha reta na beirada de uma mesa.

Faltou aqui um polimento maior nesse ponto específico que será minha única reclamação de todo o jogo.

Conheça os Tinykin

E agora chegando ao maior destaque do jogo, temos obviamente os seres misteriosos que te obedecem, os Tinykins.

Mas antes de falar deles, vou falar rapidamente de Milo. Diferente de Pikmin onde Olimar tem uma movimentação mais limitada, Milo tem suas mecânicas próprias como pular, flutuar e  surfar na barra de sabão. Aqui além das habilidades únicas dos Tinykins, você também irá participar ativamente da exploração e solução de puzzles que aumenta muito a verticalidade na exploração do jogo.

E a segunda diferença é que não existem inimigos. Não espere adversários à espreita para te matar ou algum chefão criativo. O único perigo real é que Milo não anda na água.

Após pontuar esses detalhes, posso afirmar que a experiência em Tinykin é muito tranquila e prazerosa. Sempre que ia jogar apenas um pouquinho eu ficava pelo menos uma hora ou mais explorando cada canto das fases que são extremamente criativas.

E claro, o que solidifica essa experiência positiva na exploração são os simpáticos Tinykins. Dentre eles temos o rosa que carrega itens, o vermelho que explode coisas e abre passagens, o verde que podemos fazer de escada em qualquer lugar, o amarelo que podem fazer uma passagem em lugares específicos e os azuis que conduzem eletricidade.

Essa combinação de poderes, juntamente com a capacidade de mobilidade de Milo, fez a exploração ser algo muito natural. Em cada fase você terá que conseguir um item para montar a máquina de Ardwin e para tal, sempre terá que concluir um objetivo que inclui resolver um problema ou fazer algo referente ao cenário.

Além do objetivo principal, você poderá fazer outras missões como coletar lúpulo para o mestre cervejeiro que lhe dará mais uma bola de ar para planar mais longe. Ou então resolver alguns pedidos de cada ambiente para coletar itens do museu.

E sei que estou me repetindo, mas eu enfatizo aqui: A exploração é deliciosa e viciante e a vontade de querer coletar e fazer tudo, vem naturalmente.

Conclusão

E chegando ao fim de nossa análise de Tinykin, eu posso afirmar que ele tem grande sucesso em fazer um jogo nos moldes de sua fonte inspiradora, mas dando um toque único a sua jogabilidade.

Aqui temos um mundo com uma ambientação muito legal que é divertido e prazeroso explorar. Graças às habilidades dos Tinykins como a agilidade de Milo, você irá explorar cada canto dessa gigantesca casa sem ver a hora passar.

E falando rapidamente da trilha sonora, ela tem efeitos sonoros muito bons e as músicas são divertidas. Ela casa em cheio com a temática do jogo.

Essa análise de Tinykin segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Tinykin é pura diversão

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 8

9.3

Excelente

Tinykin acerta em cheio em se inspirar no estilo de Pikmin, mas se adaptando para ser algo único. Aqui temos a xploração como o grande pilar do jogo que acaba sendo super leve e divertido de explorar cada canto do mundo.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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