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Análise: Overwatch 2 é uma grata evolução

Mas será que vai sobreviver ao tempo?

Ao ser anunciado em 2019, a sequência de Overwatch não foi tão bem recebida pelos jogadores e pela crítica. Um dos motivos principais seria o fato de Overwatch ser um FPS relativamente novo se levarmos em comparação com os demais jogos mais famosos de FPS. Portanto, a comunidade considerava que o jogo ainda poderia receber atualizações nos mapas, novos heróis, e arrumar os problemas que se arrastam há um muito tempo sem necessariamente se tornar novo jogo. E é ai onde entra esta análise de Overwatch 2.

Aqui veremos se a opção da Blizzard de lançar um jogo novo atualizando sua engine e remodelando completamente desde os heróis, até a quantidade de jogadores em uma partida, vai valer a pena ou não.

Esta análise de Overwatch 2 foi possível graças um código cedido pela Blizzard. O jogo estará disponível gratuitamente para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC e conta com localização em PT BR.

Diferença nos gráficos e desempenho

A diferença entre os gráficos dos jogos é gritante, mesmo colocando tudo no low para ter uma melhor performance do computador. O upgrade feito na engine de Overwatch 2 deixa o jogo mais moderno e traz a sensação de estar jogando uma sequência ao invés de apenas um patch 2.0, mesmo mantendo o seu conteúdo original.

Overwatch é um jogo relativamente leve de rodar no PC, e se você tem um PC mais antigo como eu, é possível ter uma boa performance sem o menor problema. Um dos meus maiores receios e de que com a nova atualização, o jogo ficasse bem mais pesado e eu precisaria finalmente investir em um computador melhor. Porém, mesmo com o upgrade da engine eu consegui atingir uma quantidade razoável de FPS com a spec abaixo.

CPU: Intel(R) Core(TM) i7-9750H CPU @ 2.60GHz   2.59 GHz
Ram: 8GB DDR4 2666MHz
GPU: Nvidia GeForce GTX 1660Ti 

5×5 ao invés de 6×6

A primeira grande mudança no jogo é que o seu modo PVP passa a ser 5×5 ao invés de 6×6 com a restrição de 1 Tank, 2 Healers e 2 DPS. O que pode parecer uma pequena mudança, na realidade afeta diretamente a principal característica do jogo atualmente, que depende muito mais do fator teamplay, do que a skill individual de um jogador.

Atualmente, é bem frustrante você perder algumas partidas mesmo o sendo melhor que os outros jogadores, simplesmente porque tem uma pessoa afundando o seu time. Já em Overwatch 2, é nítido que a sua skill individual conta muito mais. Portanto, se você prefere jogar o jogo competitivamente, é muito mais fácil carregar os jogos onde os seus parceiros de equipe não são tão bons assim.

Além disso, o role de Tank é o mais preterido pelos jogadores no primeiro jogo. Isso pode ser visto nos longos tempos de espera nas filas de DPS e Healers, enquanto a fila dos Tanks está sempre com bônus e vazias.  Com a necessidade de apenas um tank por time, o problema das longas filas deve finalmente ser resolvido.

Novo Scoreboard

Uma pequena mudança, mas que certamente dará o que falar é o novo scorebord de uma partida, onde vamos poder finalmente ver a contribuição de cada jogador em cada um dos atributos, seja o dano, cura, abates ou mortes. Porém, também abre margem para te deixar bem pistola caso você como um Zenyatta esteja curando quase a mesma coisa que um Bap e dando mais dano que o Reaper do seu time.

Novos Mapas e modos

A melhor notícia que trazemos nessa análise, e que qualquer jogador poderia esperar para Overwatch 2, é o fim dos mapas de 2 CP. Hanamura, Indústrias Volskaia, Templo de Anúbis e os demais mapas felizmente não estarão na sequência. Em seu lugar, teremos os novos mapas de Push, um modo onde temos que escoltar um robô e fazer com que eles empurrem uma barreira o mais longe possível. No final, o time que conseguir fazer o robô empurrar a barreira mais longe vence.

Apesar de ser cedo para afirmar, o modo não muda muito a mecânica de como uma partida deve ser jogada, pois as teamfights continuam definindo quem vai vencer.

O ponto ruim aqui é que os mapas continuam sendo escolhidos aleatoriamente. Se eu pudesse escolher, jogaria apenas Kings Row, Hollywood e Gibraltar assim como eu só jogo Mirage, Dust 2 e Overpass no Counter-Strike. Entendo que isso poderia acarretar algum tipo de problema nas filas, mas então poderíamos pelo menos escolher alguns mapas para ficar de fora da escolha das rotações.

Novos Heróis e Balanceamento

DPS

Dos três tipos de heróis, os DPS serão os que menos sofrerão com a mudança do jogo, pois seu objetivo continua o mesmo, conseguir os abates e dar a maior quantidade de dano possível. A principal mudança se da pela remoção dos stuns de alguns deles.  Cassidy (antigo Mccree) não tem mais a granada, e a Mei não congela mais seus inimigos.

A grande novidade nesse role é o novo héroi Sojourn. Apesar de ser bem parecida com soldado 76, existe uma grande diferença entre eles, pois a arma principal de Sojourn é de projeteis deixando-a mais útil para combates de curta a média distância.

Confesso não gostei muito desse novo personagem, talvez porque o early access só possuiu servidores norte americanos e os jogos tinham mais de 250 de ping, ou talvez porque o Soldado 76 faça quase a mesma coisa só que de forma muito melhor.

Healers

No novo estilo de jogo 5×5, os healers terão um papel muito maior do que anteriormente. Durante as partidas que joguei, percebi que não basta somente focar em curar os aliados, é necessário complementar o dano da equipe. Portanto, acho que Zenyatta, Moira, Kiriko serão os personagens mais utilizados.

Kiriko é a nova healer de Overwatch 2. Além de provavelmente ser a mais escolhida por ser uma novidade, ela também deve se manter no meta das composições de dive, pois além da cura ela consegue complementar o dano, e ajudar a conseguir os abates em uma team fight.

Tanks

Como main tank em Overwatch, eu gostei muito dos reworks nos personagens e a nova função da classe nas partidas. Jogar de tank em Overwatch 2 agora é muito mais dinâmico e menos monótono. Além disso, um bom tank não dependerá tanto do restante do time para vencer as partidas, tornando muito mais viável carregar o time nesse role.

A Junker Queen é basicamente uma personagem com habilidade parecida com o hook Roadhog e o hitbox da Zarya. Apesar de ser muito divertido de jogar, seu pick vai ser muito situacional, pois os outros tanks fazem um papel muito melhor do que ela.

Conclusão

Overwatch 2 é uma esperança para os amantes do jogo. A sequência deverá atrair mais jogadores por se tratar de um jogo free to play, e deve cativar por ser um jogo mais atualizado e por corrigir problemas antigos.

Ainda é muito cedo para afirmar se algum personagem está desbalanceado, e qual será o meta do jogo. Porém, a Blizzard terá um trabalho grande pela frente se quiser manter sua base de jogadores ativos. Para isso, é de se esperar atualizações constantes e que a empresa escute o feedback dos jogadores. Caso contrário, o destino de Overwatch 2 não deve ser muito diferente do seu predecessor.

Essa análise de Overwatch 2 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Overwatch 2 e uma sobrevida a franquia

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8

8.4

Ótimo

Novo modo, novos heróis, rework completo no pvp, e uma enorme lista de conteudo a ser lançado. Overwatch 2 é uma tentativa de manter a franquia viva e corrigir os principais problemas do primeiro jogo. Resta saber se isso será o suficiente para atrair novos jogadores e manter o jogo vivo.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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