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Análise: Scorn é uma experiência deliciosamente nojenta

Prepare o estômago e chegue ao fim

É inquestionável que quando Scorn foi anunciado pela primeira vez, gerou um hype gigantesco por sua estética que se assemelha muito a franquia de filmes Alien. Agora com o jogo finalmente lançado, trazemos a análise de Scorn que me surpreendeu de diversas formas. Será que temos aqui um fps de terror ou um jogo conceitual? Confira aqui a resposta!

A análise de Scorn foi possível graças a um código cedido por sua produtora. O jogo já está disponível para Xbox Series e PC, incluindo game pass, e conta com legendas em PT-BR.

Um jogo “sem história”

Logo ao iniciar esta análise eu posso afirmar que fui enganado pelos trailers de Scorn. Inicialmente eu achei que teríamos aqui um jogo de terror, porém, onde veria alguma história sobre esse mundo diferente e claro, veria embates com monstros nojentos.

Em Scorn nós temos um personagem principal, mas nenhuma informação sobre ele, nem mesmo um nome. E esse mundo biomecânico nojento e estranho também tem essa mesma pegada, um absoluto nada.

A grande surpresa do jogo é que ele está longe de ser um jogo tradicional. Aqui você irá explorar esse mundo que carece de informações e tentará, ao seu fim, entender o que aconteceu e acontece. Quem são os criadores desta tecnologia? Que tecnologia é essa? Quem sou eu? O que está acontecendo?

Essas são perguntas que não necessariamente serão respondidas, podendo afastar os jogadores que gostam de uma experiência mais linear onde pega sua mão e dá um banquete de informação. Admito que senti um pouco de falta de uma lore desse mundo, mas ao mesmo tempo eu sempre quis jogar um pouco mais e explorar um pouco mais esse mundo insano e tentar entender o que está acontecendo através da visão do protagonista.

Uma ambientação fantástica

E embora Scorn não traga uma história concisa e detalhada, temos do outro lado da moeda uma ambientação que sem sombra de dúvidas é o ponto alto do jogo.

Aqui cada pedaço do cenário conta uma história e dá dicas de seus próximos passos. Esse mundo biomecânico é simplesmente fabuloso e cada novo cenário era de cair o queixo, de um jeito diferente claro.

Como falei no início, o jogo lembra muito a estética da franquia Alien, mais precisamente de seus prequels como Prometheus e Covenant. Não apenas temos esse mundo biomecânico, mas tudo parece estar vivo e seu protagonista é submetido a dolorosas provações.

É difícil colocar em palavras, mas a cada novo passo tinha algo inteligente e de certa forma triste que me dava alguma dica desse mundo, sem contar que ver a evolução do personagem é igualmente interessante e nojento.

Quebra cabeça nível Resident Evil

No passado era normal vermos um jogo de terror com puzzles que desafiavam o jogador além de ter o backtracking. De certa forma, a série Resident Evil acabou se tornando referência nesse estilo.

Em Scorn temos muitos momentos nesse estilo. Na realidade, isso define muito bem o que é Scorn. Em um primeiro momento eu fiquei triste em ver que o combate foi deixado de lado. Ele existe, mas é algo que não merece destaque.

O real destaque no jogo é a exploração e a solução de inúmeros quebra-cabeças. A cada cenário, você deverá buscar novas ferramentas para avançar e para tal, deverá criar um mapa mental e com isso irá navegar nos corredores escuros e nojentos para conseguir o que precisa.

E claro que irei me repetir aqui: muitas das soluções desses puzzles são nojentas. Se prepare para ter seu corpo modificado, ser invadido por seres inimigos, ter seu braço perfurado mil vezes além de ter que sacrificar a estranha vida deste mundo para avançar.

Conclusão

Para fechar a análise de Scorn eu posso citar a frase clichê de que esse jogo não é para todos. Claro que pelo fato de estar no game pass o jogo irá atrair a atenção de muitos, porém, nem todos chegarão ao final.

Ele tem grande êxito em trazer uma experiência completamente fora da caixinha com uma ambientação estranha e maravilhosa com excelentes puzzles. Porém, ele falha em trazer um combate eficiente e também não explica muita coisa do personagem e do mundo, assim como não dá nenhum tipo de dica sobre seus próximos passos.

Claro, Scorn não tem como objetivo ser um jogo de ação ou explicar as coisas, portanto, pense bem se esse jogo é para você.

Essa análise de Scorn segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Scorn não é para todos, mas eu adorei

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7

8.1

Ótimo

Scorn tem grande êxito em trazer uma experiência completamente fora da caixinha com uma ambientação estranha e maravilhosa com excelentes puzzles. Porém, ele falha em trazer um combate eficiente e também não explica muita coisa do personagem e do mundo, assim como não dá nenhum tipo de dica sobre seus próximos passos.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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