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Análise: Disney Illusion Island, a magia Disney está de volta?

Altos e baixos a cada nova jogada

Depois de muitos anos fora do circuito principal de consoles, a Disney finalmente retornou ao mundo dos jogos trazendo o game de no estilo plataforma Disney Illusion Island o qual veremos em nossa análise se seu retorno irá ou não estremecer o mercado dos games.

A análise de Disney Illusion Island foi possível graças a um código cedido pela Publicadora. O jogo está disponível exclusivamente para o Nintendo Switch no dia 28 de julho e não conta com legendas nem dublagem em PT-BR.

Um piquenique que deu errado

A história de Disney Illusion Island não poderia ser mais simples. Os amigos Mickey, Minnie, Donald e Pateta receberam um convite para ir a um piquenique em uma ilha em que nunca foram antes. Chegando lá viram que foram enganados.

Na realidade eles foram chamados por Toku que é o líder de seu povo e ele está com um problemão. Esse povo erudito tinha três livros com grandes conhecimentos onde sempre ficam sob seus cuidados. Porém eles foram roubados e agora recorreram à ajuda de Mickey e seus amigos para reaver os livros.

O legal nessa história é que ela é feita cheia de humor e de muitas ironias, inclusive de coisas sacramentadas no mundo do videogame. Por exemplo, Mickey, Minnie, Donald e Pateta foram chamados por causa de suas aventuras que passam na TV. Ou seja, esse povo teoricamente inteligente achou que um programa de TV era algo real.

Já em diversos momentos você encontrará um personagem que lhe ajuda com itens para progredir. Ele sempre aparece de forma conveniente e sempre tem o item que você precisa, assim como desaparece sem deixar rastros mágicamente. Essa piada existe do início ao fim até os protagonistas já terem certeza que na próxima esquina o acharão e conseguirão um novo item.

Esses são alguns exemplos apenas das muitas piadas claras ou veladas que encontraremos. Por mais que Disney Illusion Island seja uma experiência mais infantil, ele irá arrancar algumas risadas de um público mais velho.

Por fim, todos os personagens estão caracterizados corretamente com suas falas esperadas como Donald sendo mais ranzinza, pateta sendo mais bobalhão e tanto Mickey como Minnie sendo um casal mais equilibrado.

Parte técnica é pura magia Disney

Além dessa história leve e divertida, com algumas muitas pitadas de sarcasmo, algo que me surpreendeu ao fazer este review de Disney Illusion Island, foi em sua parte técnica. Ou seja, em seu áudio e seus visuais.

Ao jogar o game eu me senti dentro daquela clássica magia Disney que os desenhos antigos traziam. Primeiramente sobre seus visuais, o mundo conta com diversos ambientes divertidos e diferenciados que contemplam os correios, um mundo debaixo da água, uma parte nevada, uma biblioteca e muito mais.

Tudo é extremamente bem feito e animado onde vemos diversas camadas em seus visuais dando um sentimento de mundo vivo. Adicionalmente, os personagens que seguem um traço mais clássico da década de 40, também se encaixam com primor no mundo de Disney Illusion Island.

E já falando de sua parte sonora, temos outro grande destaque. No início somos brindados às vozes oficiais dos personagens ao entrar nesta aventura, incluindo a dificuldade de entender o que Donald está falando quando fica revoltado.

Já da trilha sonora, me senti dentro de uma grande animação da Disney ou até em um de seus parques temáticos. Com uma trilha sonora orquestrada própria, era sempre um imenso prazer ouvir sua música e suas mudanças para cada nova área.

Certamente essa parte técnica de Disney Illusion Island é um dos grandes destaques que verão neste review.

Gameplay não agradará a todos

Agora, se a parte técnica de Disney Illusion Island teve um grande destaque nesta análise, não posso falar o mesmo de seu gameplay. É importante dizer de antemão que o gameplay não é ruim, porém, ele é um tanto direto ao ponto mais do que deveria.

Disney Illusion Island é em sua essência um jogo de plataforma, porém, ele deu a entender que busca um público mais infantil. Mas o que quero dizer com isso? Bem vou tentar explicar.

Aqui nós temos desafios de pulos de forma geral, só que sem atacar nossos inimigos, algo comum em jogos clássicos como Mario e Sonic. A partir daí vamos recebendo melhorias como pulo longo, a possibilidade de planar, nadar, se pendurar em pontos específicos e mais.

E embora isso não seja necessariamente ruim, Disney Illusion Island entrega desafio com uma mão, mas tira com a outra. Explicando essa confusa afirmação, o game sempre coloca novos inimigos e novos desafios à medida que novos poderes são adquiridos. E embora o início seja simplesmente andar para a frente, a necessidade de pensar em suas próximas ações vão aumentando consideravelmente com o tempo.

Porém, todo esse game design e desafio que é entregue, também é retirado logo em seguida por dois motivos. O primeiro é a oferta excessiva de checkpoints. Acredito não estar exagerando ao dizer que é impossível não passar por um checkpoint a cada 30 segundos no máximo. E além desse exagero de pontos de salvamento, tudo o que você pegou até morrer, é salvo no seu progresso e sua vida é recuperada.

Ou seja, digamos que você tenha que pegar uma chave para abrir uma porta ou então pegar um item secreto, mas tem apenas um coração. Isso na realidade não importa, pois se pegar este item pode morrer a vontade. E se morrer tentar pegando? Também não importa, pois terá sua vida carregada em nova tentativa.

Essa decisão faz com que o sentimento de urgência e perigo simplesmente não exista. E o sentimento de necessidade de pulos precisos é completamente trocado por displicência.

Colecionismo gigantesco

Chegando a parte final deste review de Disney Illusion Island, vou falar de seus vasto museu e digamos sua necessidade de colecionar itens.

Além de obviamente ter que seguir a frente com sua história e desafios, o game entrega inúmeros itens a serem colecionados fazendo homenagens tanto a lore do game como ao histórico da animação da Disney.

O primeiro item, e sendo o mais comum, é o “dinheiro” do jogo que ao coletar uma certa quantidade será possível desbloquear partes de imagens que ao completar uma, será recompensado com um coração extra.

O segundo item de colecionador são diversas cartas espalhadas pelo mundo onde elas falam um pouco dos inimigos e personagens.

Adicionalmente, temos umas sacolas espalhadas pelo mapa onde será possível pegar itens referentes a animações específicas de diversas eras. Aqui temos uma grata homenagem à história de Mickey e seus amigos assim como é possível ver a evolução do estilo do traço.

Por fim, também existe uma opção de tirar fotos em lugares específicos que apareceram com o símbolo do Mickey.

Conclusão

Ao chegar ao fim deste review de Disney Illusion Island, eu fico extremamente dividido. De um lado é impossível não elogiar a qualidade técnica do game e falar que vi um imenso potencial assim como dei algumas boas risadas durante as cerca de 7 horas de gameplay.

Porém, eu não conseguia sentar e jogar muito, pois a sensação de desafio e conquista simplesmente não existe. Eu vejo que a Disney tomou uma decisão de trazer uma experiência mais infantil para os jogadores jovens e por isso quem busca algo mais maduro e desafiador, pode se decepcionar.

Se você é um fã da Disney e de seu mascote, tenho certeza que conseguirá se divertir com o jogo e tentará conseguir todos os colecionáveis. Mas se é apenas um curioso e não está tão certo da compra, recomendo esperar uma boa promoção.

Essa análise de Disney Illusion Island segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Disney Illusion Island

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 6
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 9

7.6

Bom

Disney Illusion Island é certamente uma aventura muito divertida e com uma imensa qualidade técnica em todos seus aspectos. Porém, por decisiões de gameplay incluindo a ausência de perigo, fará com que os jogadores que procurem um desafio não se interessem por este título.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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