A Microsoft recebeu a aprovação final do regulador do Reino Unido, a Autoridade de Competição e Mercados (CMA), para a aquisição da Activision Blizzard. Esta era uma conclusão esperada após a aprovação provisória recebida três semanas atrás. Incluindo a reestruturação do acordo através da venda dos direitos de jogos em nuvem da Activision para a Ubisoft.
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Essa aprovação é crucial, pois abre caminho para que a Microsoft finalize a transação de $68.7 bilhões (a maior já registrada na indústria da tecnologia) a qualquer momento. A notícia oficial provavelmente virá em algumas horas; enquanto isso, a Nasdaq já suspendeu a negociação das ações da Activision Blizzard.
Como era de se prever, a CMA se orgulhou de ser o último regulador a aprovar este acordo. Martin Coleman, presidente do painel independente que originalmente revisou a transação, afirmou: “Os jogos em nuvem são uma nova maneira importante para os jogadores acessarem jogos e este acordo poderia ter prejudicado seriamente seu desenvolvimento potencial. Nisso, a Comissão Europeia e a Comissão Federal de Comércio dos EUA estão totalmente de acordo. Onde discordamos é sobre como resolver esse problema. Rejeitamos uma solução apresentada pelas partes que deixaria a Microsoft com muito controle.”
Agora, temos uma nova transação em que a distribuição em nuvem dos jogos da Activision, antigos e novos, é retirada da Microsoft e colocada nas mãos da Ubisoft, uma parte independente que está comprometida em ampliar o acesso aos jogos. Isso é melhor para a concorrência, melhor para os consumidores e melhor para o crescimento econômico.
Afirmação ousada no processo de compra pela Microsoft
Sarah Cardell, CEO da CMA, foi ainda mais ousada em sua declaração. Ela afirmou que a intervenção do regulador do Reino Unido é a única no mundo a ter garantido aos clientes mais escolha, melhores serviços e preços mais competitivos.
No entanto, essa parte é altamente discutível. Uma vez que a aprovação da União Europeia para o acordo fez com que a Microsoft fornecesse uma licença gratuita para todos os usuários na Área Econômica Europeia para transmitir jogos da Activision Blizzard com qualquer serviço de nuvem de sua escolha. Esta estipulação permanecerá em vigor para os usuários da EEA. No entanto, não se aplicará globalmente como planejado anteriormente, devido ao fato de que a Ubisoft agora controla os direitos de nuvem. Portanto, usuários fora da EEA serão forçados a usar qualquer serviço de nuvem escolhido pela Ubisoft.
Em sua declaração, Cardell também repreendeu a Microsoft por não reestruturar o acordo mais cedo durante a investigação original do regulador do Reino Unido. Caso o tivesse feito, isso teria desperdiçado menos tempo e dinheiro.
De qualquer forma, com a UE não exigindo outra investigação no acordo reestruturado e quase todos os reguladores tendo aprovado incondicionalmente o acordo, a Microsoft agora está livre para fechar a transação. A Comissão Federal de Comércio dos EUA ainda planeja tentar desfazê-lo, mas tal luta legal levaria anos e é improvável que dê frutos.
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