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Análise: Marvel’s Spider-Man 2

Aqui temos um jogo espetacular, então continue lendo para saber tudo!

Marvel’s Spider-Man foi um marco em relação a produções que envolviam heróis da Marvel, uma vez que jogos relacionados a casa das ideias se baseavam em games medíocres dos Vingadores, em especial, para mobile. Com o lançamento do game do cabeça de teia para o Playstation 4, tivemos depois de vários anos uma produção realmente bem feita para um público mais amplo e que trazia gameplay viciante combinado com uma narrativa bem construída e envolvente.

Como de praxe, principalmente em jogos exclusivos da Sony, uma sequência foi anunciada e agpra lançada. Aqui está a nossa análise de Marvel’s Spider-Man 2 que promete potencializar tudo que vimos em seus antecessores. Será que o jogo é um forte candidato a GOTY? Vamos descobrir.

Essa análise de Marvel’s Spider-Man 2 foi feita graças a um código cedido pela Playstation. O jogo se encontra com legenda e dublagem em pt-br.

Uma nova fase na vida de Peter Parker

Em Marvel’s Spider-Man 2, somos apresentados a uma nova oportunidade profissional para Peter Parker. Numa nova tentativa de emprego, ele está em seu primeiro dia como professor no colégio de Miles Molares. Porém, durante a aula, um ataque de Sandman contra a cidade obriga os dois a abandonarem suas obrigações para salvar o dia.

Logo de começo o game nos entrega uma batalha colossal, uma vez que Flint Marko está gigantesco e destruindo uma parte considerável de Nova Iorque. Mas felizmente tudo acaba dando certo para a dupla de aracnídeos, apesar do vilão deixar claro que estava sendo perseguido por alguém e logo seria a vez dos heróis estarem na mira desta pessoa.

Sem entender o significado disso, Peter e Miles seguem com suas vidas. Enquanto o mais velho tem que lidar novamente com o desemprego, o mais novo tem problemas criativos para escrever a sua redação para faculdade. Entretanto, esse momento pacato muda, a principio de forma positiva, pois Harry Osborn retorna curado de sua doença, mas ao mesmo um grande caçador chamado Kraven resolve fazer de Nova Iorque o seu território de caça.

Inicialmente o principal vilão é o caçador e ele consegue brilhantemente passar aquela sensação de perigo para os heróis, principalmente ao fazer todos os personagens terem que tomar decisões extremas para seguir em frente. Kraven também é fundamental para trazer a tona o verdadeiro antagonista do jogo que é o Venom.

Falando em Venom, aqui vemos a sua melhor adaptação. Ele está agressivo, ameaçador e consideravelmente inteligente. Não é apenas uma massa de gosma e músculos como costumamos ver, pois ele tem um plano e o coloca em prática de sua maneira agressiva.

Além deles, temos a participação de outros vilões durante a história principal e também nas secundárias, onde alguns são totalmente inesperados, fazendo com que tenhamos um vislumbre do que está por vir num próximo jogo.

A narrativa de Marvel’s Spider-Man é envolvente, repleta de ação e prende o jogador do começo ao fim. Há diversos momentos empolgantes, principalmente após a segunda metade do jogo onde tudo fica mais intenso. O desenvolvimento de Peter Parker, Miles Morales, Mary Jane e até mesmo de Harry são o grande destaque aqui.

Análise Marvel's Spider-Man 2

Marvel’s Spider-Man 2 é superior aos antecessores

De diversas formas posso dizer que este jogo do Homem-Aranha conseguiu ser bastante superior ao seus dois antecessores. Ampliaram o mapa, fazendo com o que possamos ultrapassar as pontes da cidade e ao mesmo tempo o realismo da construção dos cenários alcançou um novo nível, deixando a experiência visual e de imersão muito mais fidedigna.

Jogar com a opção de Ray Tracing juntamente dos 40 FPS trouxe uma imersão muito mais completa, pois mesmo não alcançando os sonhados 60 quadros por segundo, ainda consegue se mostrar muito mais fluído que os 30 FPS e soma trazendo mais detalhes gráficos como a fidelidade dos cabelos dos personagens e também os efeitos de iluminação. Para quem prefere fluidez, poderá desbravar a opção de desempenho e jogar em 60 quadros e ainda assim ser acompanhado por belos gráficos.

Além destes aspectos técnicos, o jogo também traz uma melhoria absurda na construção do modelo dos personagens, onde podemos ver perfeitamente marcas de expressão, cicatrizes, sinais de nascença, pelos e muito mais. Inclusive, as texturas dos trajes está incrível, principalmente quando se trata do simbionte. Inclusive podemos distinguir quando Peter está no controle ou sendo controlado por meio da textura de sua roupa, uma vez que o simbionte no comando deixa o traje muito mais “orgânico” e gosmento.

Falando ainda em experiência superior, também temos uma melhoria gritante em seus aspectos sonoros fazendo com que conseguimos distinguir a localização de cada som, principalmente se estiver utilizando televisor ou headset com tecnologia 3D. Junto disso, temos alguns destaques como a trilha sonora que é espetacular, a dublagem tanto pt-br quanto a original estão de extrema qualidade e também os sons produzidos pelo Lizard que são amedrontadores.

Concluindo essa parte, também quero citar como as tela de carregamento são praticamente inexistentes. As viagens rápidas aparecem de maneira instantânea, praticamente te jogando para o ponto do mapa que você deixou o cursor em cima. Em algumas trocas de traje aconteceu do jogo demorar coisa de 1 segundo para sair do menu de opções, não sendo instantaneo.

Análise Marvel's Spider-Man 2

Miles e Peter mais poderosos do que nunca

O gameplay também foi refinado, fazendo com que o combate se tornasse ainda mais frenético do que outrora. Ao menos se baseando no meu gosto pessoal já trago um ponto que achei negativo que foi a limitação de acessórios do Homem-Aranha, uma vez que no primeiro jogo tínhamos vários que serviam para combate e também stealth, porém, agora temos apenas 4 acessórios que felizmente conseguem ser bastante úteis para combate.

Em compensação, Peter está com garras de aranha em suas costas, permitindo que ele execute golpes especiais igual Miles com as suas habilidades elétricas. Esses golpes são úteis para causar mais dano em seus inimigos ao mesmo tempo em que estende os combos do aranha. Posteriormente, quando finalmente estamos trajando o simbionte, eles são substituídos por golpes especiais próprios do traje negro.

Outra mudança notável é que a habilidade própria dos trajes foram retiradas do jogo, fazendo com que as roupas sejam apenas algo visual. Em troca disso, temos a execução de uma ação mais poderosa, onde Peter fica “dominado” pelo simbionte e executa golpes mortais por um tempo determinado, enquanto Miles causa uma explosão elétrica em sua volta.

Falando em Miles, ele também recebeu melhorias. Além dos golpes apresentados no jogo próprio do garoto, também temos aqui variações novas suas habilidades elétricas do qual ele está descobrindo por causa de seus ressentimentos em relação a Martin Li.

O gameplay de Peter se mostra bastante comum até o momento dele entrar em contato com o simbionte, fazendo com que facilmente a gente preferia utilizar o Miles para o combate, pois suas habilidades próprias são bem mais divertidas.

Dois aranhas e uma cidade

Quando Marvel’s Spider-Man 2 foi anunciado todos se perguntaram como funcionaria essa divisão entre dois Homens-Aranha, onde muitos sugeriram a possibilidade de gameplay cooperativo. Infelizmente não existe esse co-op multiplayer, mas isso não chega a ser exatamente negativo.

A história não foca em apenas um dos heróis, pois ambos tem seus objetivos e momentos marcantes. O jogo fica constantemente alternando entre eles, mostrando a evolução de ambos no decorrer da narrativa. Quando não estiver executando missões principais, será possível optar por um dos dois personagens no momento que bem entender.

Tanto Peter quanto Miles possuem missões próprias que servem para liberar alguma mecânica exclusiva, desenvolvê-los, expandir o universo do jogo e trazer pistas de acontecimentos futuros na franquia.

Quanto as missões secundárias, temos como de costume inúmeras de combate contra mal feitores. Infelizmente esse se torna um ponto consideravelmente cansativo, pois há três tipos diferentes de atividades em volta desse mesmo objetivo. Entretanto, felizmente, também temos outros tipos como desvendar os esconderijos do Prowler, auxiliar os cientistas da Fundação Emily-May e interceptar os drones do Kraven.

Análise Marvel's Spider-Man 2

Marvel’s Spider-Man 2 não é um jogo repetitivo

Por mais que eu tenha criticado agora a pouco as atividades de combate por serem parecidas demais, devo mencionar que Marvel’s Spider-Man 2 não é um game repetitivo. Podemos até ter muitas atividades de combate, mas as outras auxiliam a trazer uma boa diferenciada no jogo.

Além disso, há diversos minigames durante a campanha que trazem variação no gameplay. O exemplo mais notável é quando Peter, MJ e Harry vão até o parque de diversões e podemos fazer eles se divertirem em diversos brinquedos que estão espalhados no parque.

Outro momento que merece destaque são momentos específicos em que jogamos com outros personagens que não são os protagonistas, igual acontece no primeiro jogo onde podemos fazer uso da Mary Jane. No controle da jornalista, temos uma jogabilidade mais polida, ainda mais agora que ela cita ter passado por um treinamento com a Silver Saber durante os acontecimentos de Marvel’s Spider-Man Miles Molares.

Mary Jane está com uma pistola de choque, possibilitando abater os seus inimigos. Então quando utilizamos a ruiva, ela não é apenas alguém precisando usufruir de stealth para fugir dos criminosos, já que a própria é capaz de atordoá-los com a sua arma. Em um momento mais a frente, o gameplay dela fica tão diferente de tudo que vimos até o momento que passa uma sensação de “Que Resident Evil é esse?”.

Outro momento que merece ser citado é quando usamos a Hailey Cooper. Para quem não se lembra dela em Marvel’s Spider-Man, Haily é uma garota com problemas auditivos. Quando temos ela sobre controle, ficamos quase que totalmente desprovidos de sons, podendo ouvir bem vagamente alguns barulhos agudos. O ponto mais incrível disso é que o Dual Sense se responsabiliza em ampliar essa imersão, trazendo todas as vibrações do ambiente, consequentemente simulando como é ser alguém com problemas auditivos. Em menos de 20 minutos, Marvel’s Spider-Man 2 conseguiu alcançar brilhantemente aquilo que The Quiet Man falhou.

Há também mais um gameplay diferente com outro personagem, porém, desta vez não irei me aprofundar por motivos de spoiler.

Liberdade para ser o Homem-Aranha do seu jeito

Algo que foi criticado em Batman Arkham Knight foi o uso excessivo do Batmóvel, fazendo com que o cavaleiro das trevas tivesse que utilizado em momentos que consideravelmente aleatórios e até mesmo anti-climax. Quando adicionaram a mecânica de planar em Marvel’s Spider-Man 2, fiquei com medo de rever este acontecimento, onde uma mecânica nova se torna obrigatória em excesso, mas felizmente o meu medo não se concretizou.

O jogo não te obriga a planar, apesar de ter algumas missões que a utilização da mecânica é necessária. Porém, elas foram feitas realmente com este intuito. E, além disso, poder planar pela cidade traz uma experiência bastante agradável e com jogabilidade intuitiva. Espalhado pelo mapa temos diversas correntes de ar que auxiliam na locomoção pela cidade ao ampliar a nossa velocidade e manter no ar por mais tempo.

Ainda falando sobre essa liberdade que o jogo nos proporciona, não temos mais aquela “obrigação” de utilizar um traje X para liberar uma habilidade Y. Peter, por exemplo, tem quatro habilidades proporcionados pelas garras de aranha e outras quatro que são relacionadas ao simbionte, possibilitando que a gente escolha qual utilizar. Enquanto isso, Miles tem quatro habilidades vinda do seu próprio jogo e as outras quatro sendo inéditas.

Além do que citei nesta análise, Marvel’s Spider-Man 2 também permite evoluir os personagens por meio de uma arvore de habilidades e outra de evolução do traje. A primeira serve para melhorar o combate de Peter e Miles, principalmente ampliando o efeito de seus golpes especiais. Enquanto a segunda serve para aumentar a vida, força e outros aspectos.

A arvore de evolução do traje em alguns pontos traz opção de escolha se você quer selecionar um efeito ou outro, possibilitando que adapte as habilidades passivas dos heróis para o seu gameplay. Por exemplo, aumentar o dano de golpes aéreos ou aumentar temporariamente o dano após executar um combo de 10 hits.

Combates memoráveis

Algo que Marvel’s Spider-Man deixou a desejar foi a falta de uma melhor distribuição das batalhas contra chefes. Onde tínhamos o confronto contra o Rei do Crime no começo, mais da metade do jogo vinha a primeira luta contra Marlin Li e, por fim, só lá no final tivemos a introdução do Sexteto Sinistro e diversas batalhas contra chefes. Se não fossem os chefes presentes nas missões secundárias, ficaria ainda mais estampado esse espaçamento enorme entre as lutas.

Marvel’s Spider-Man 2 não comete o erro do seu antecessor. Aqui temos diversas batalhas contra chefes durante a narrativa principal e também temos outras durante as missões secundárias, fazendo com que o jogo sempre tenha algum desafio. Apesar disso, achei a luta final consideravelmente fácil, enquanto a penúltima se mostrou muito mais desafiadora.

Conclusão da análise de Marvel’s Spider-Man 2

Chegando ao final desta análise, devo dizer que Marvel’s Spider-Man 2 é o jogo definitivo do cabeça de teia. A desenvolvedora não se arriscou em inovar demais e acabar entregando algo que poderia desagradar, ao invés disso, mirou na segurança confiando na qualidade do que já existia e trouxe um jogo que todas as novidades agregam ao que já conhecíamos. Sua narrativa é muito bem construída, trazendo um desenvolvimento muito bem feito a todos os personagens, principalmente os dois protagonistas e seus principais vilões. A forma que conseguem mediar a importância entre Peter e Miles faz com que tenhamos realmente dois personagens principais, sem que a balança fique pesada mais para um deles do que para o outro.

O jogo deixa obvio de várias formas que este não é o final da jornada da dupla de aranhas e que um terceiro capítulo está por vir. Mas até agora, Marvel’s Spider-Man 2 é, sem dúvidas, o melhor jogo baseado em HQ.

Análise Marvel's Spider-Man 2

Essa análise de Marvel’s Spider-Man 2 segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Análise - Marvel's Spider-Man 2

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9.8

Maravilhoso

Marvel's Spider-Man 2 consegue aprimorar tudo que foi visto no primeiro jogo e agregando mais mecânicas, tornando a experiência muito mais satisfatória. Além disso, a sua narrativa consegue prender o jogador na trama principal, mas suas histórias secundárias também trazem maior aprofundamento para esse rico universo do aranhola.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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