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Preview: Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes

Um início empolgante

Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes chega não apenas para ser um dos melhores RPG’s de 2024, mas também é considerado sucessor espiritual do clássico Suikoden. Isso se torna ainda mais impactante, pois Yoshitaka Murayama, criador dos dois primeiros Suikoden não apenas trabalhou em Hundred Heroes, como faleceu recentemente. Logo antes do lançamento do jogo.

Portanto, confira aqui o que achamos das primeiras cinco horas do game que deixa uma excelente impressão inicial para os fãs de RPG.

Uma história sólida

Embora só tenha jogado uma fração do que o jogo tem a oferecer, em Hundred Heroes nós iremos controlar o protagonista Nowa que é um membro da Patrulha de sua região. A patrulha é responsável por ajudar as pessoas que precisam de algum tipo de ajuda atuando como uma espécie de “milícia do bem”.

Nessas primeiras horas é possível ver que Nowa irá receber missões para se acomodar em seu novo posto assim como uma frágil aliança com o império está acontecendo entre todos os povos e regiões. O destaque inicial acaba ficando para a excepcional dublagem de todos os personagens.

A proposta do jogo é que até seu final, seja possível recrutar mais de 100 personagens e pelo menos inicialmente, é possível acreditar que cada um terá uma identidade própria. A dublagem dá vida a cada personagem onde poderão tirar boas gargalhadas. Por exemplo, o protagonista Nowa é mais equilibrado, enquanto seu veterano Garr é mais quieto e rabugento. Já a Lian é uma personagem efusiva. Já do outro lado, o chefe da patrulha Ymir, sempre irá criticar a todos e tem um ar de superioridade.

Esses são apenas alguns exemplos iniciais de como os personagens são bem representados e vivos.

Linda ambientação 2D com 3D

Outro ponto de destaque de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes é sobre sua ambientação e gráficos. Aqui temos uma época medieval com vilas, florestas, muralhas e mais. Tudo é devidamente bem representado com uma chuva de detalhes onde temos um pixel art em diversas camadas.

Utilizando o artifício do foco da cena e desfoque do resto, a câmera sempre está acompanhando a party principal e deixando a parte presente em foco. Isso faz com que por muitas vezes os caminhos e construções se entrelaçam dando um ótimo sentimento de profundidade.

É realmente bonito poder explorar os muitos ambientes e cidades, incluindo viradas de câmera bem inesperadas durante diversos momentos. E claro que os personagens em 2D são ricos em detalhes realçando suas personalidades e encaixando bem com o ambiente. Inclusive esse choque de dimensões fluem muito bem na hora da luta onde temos um cenário animado em 3D ao mesmo tempo que os personagens tem suas animações em 2D.

Talvez minha única crítica por aqui, fique mais para seu game design. Ele está longe de ser ruim, mas algumas dungeons duraram muito mais do que deveriam, assim como é possível ver repetição de assets. Isso seria facilmente resolvido enxugando um poucos esses longos dungeons.

Combate é o grande destaque de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes

Por fim, de longe o grande destaque de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes é seu combate. Primeiramente sua party contará com três personagens na linha de frente e mais três na linha de trás. Essa primeira decisão já irá afetar como se desenrolará a batalha, pois você precisará de personagens que possam atacar de trás, assim como os da frente geralmente recebem mais dano.

Em seguida, aqui temos o pack clássico de um RPG com level para cada personagem, batalhas em turno, classes de personagens, habilidades, utilização de itens, equipamentos que podem ser comprados e suas armas que podem ser melhoradas no ferreiro.

O que me chamou mais a atenção foram alguns detalhes bem interessantes. O primeiro vai para a possibilidade de equipar runas. Quanto mais forte um personagem fica, mais runas ele poderá equipar. Isso dará algum tipo de vantagem ou até novo golpe na luta.

Adicionalmente temos as lutas de chefes onde elas irão possuir algum tipo de mecânica única. Geralmente temos que ficar bem atentos para conseguir ganhar algum tipo de vantagem, dar um dano maior ou então não levar algum tipo de dano.

Por fim, existe a possibilidade de colocar o combate automático. Ao invés de dar seis ordens por turno, basta ligar o automático e ser feliz. Contudo, essa mecânica se expande ao podermos programar as ações de cada personagem de quando for atacar, defender, usar uma poção e assim por diante. Isso lembra tanto o sistema de Gambit de Final Fantasy 12 como uma mecânica muito similar que foi aplicada em Unicorn Overlord.

E também é bem interessante pontuar que não estamos falando de um passeio no parque. Os combates são desafiadores no geral e os de Chefe farão você suar para conseguir vencê-los, assim como acabar com seu estoque de poções para recuperar vida. O grind irá certamente facilitar sua vida nesses momentos.

Conclusão do preview de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes

Eu posso dizer com certa tranquilidade que eu gostei muito do que vi e joguei nas primeiras cinco horas de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes. A complexidade do combate e as muitas opções são fabulosas assim como a ambientação é linda para o estilo e a dublagem é absurdamente boa.

Agora cabe saber como a história irá se desenrolar, assim como se os futuros dungeons serão maçantes ou mais acessíveis e equilibrados em questão de tamanho e exploração.

Essas e outras dúvidas e perguntas serão respondidas quando Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes for lançado no dia 23 de Abril para todas as plataformas.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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