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Análise: Gestalt – Steam and Cinder

Uma jornada esteticamente deslumbrante.

Gestalt: Steam and Cinder chega para tentar seu lugar no competitivo universo dos metroidvanias, um gênero saturado que, embora popular, frequentemente peca pela falta de inovação. O título da Metamorphosis Games prometeu uma nova abordagem ao criar um mundo steampunk e uma narrativa intrigante.

Importante dizer que o jogo possui tradução de textos e interface para o português brasileiro e está aprovado para o Steam Deck, funcionando perfeitamente no PC portátil.

Um mundo interessante mas pouco inspirado

O cenário de Gestalt é ambientado na cidade de Canaan, um lugar visualmente impressionante com uma estética steampunk rica e detalhada. A narrativa gira em torno de Aletheia, uma heroína destinada a enfrentar os monstros que ameaçam sua cidade. Embora a premissa seja interessante, a história não consegue manter o jogador envolvido devido a uma execução que muitas vezes parece desconexa e confusa, especialmente com a inclusão excessiva de diálogos (em texto) e cenas que interrompem a fluidez da jogabilidade.

gestalt analise 56

A exploração em Gestalt: Steam and Cinder é um dos aspectos mais controversos do jogo. O mapa, embora expansivo e repleto de detalhes visuais impressionantes, muitas vezes se revela vazio e mal aproveitado. A cidade de Canaan e seus arredores são amplos, mas os espaços frequentemente se mostram desnecessariamente grandes e pouco preenchidos. Isso se traduz em um processo de exploração que, em vez de ser emocionante e recompensador, acaba por ser cansativo e pouco inspirador.

A falta de um sistema de fast travel eficiente agrava esse problema. A habilidade de teletransporte só é desbloqueada na metade do jogo e, mesmo após isso, é necessária uma quantidade significativa de backtracking para ativar portais de viagem rápida, que acabam sendo pouco úteis. A sensação de progresso é comprometida pela necessidade constante de retornar a áreas anteriores, muitas vezes sem um propósito claro ou recompensa substancial. Essa abordagem prejudica a fluidez da exploração e torna a navegação pelo mundo mais burocratica do que deveria para um jogo do genero.

Explorar sendo a melhor maneira para o jogador aprimorar suas habilidades e saber mais sobre a lore de Gestalt. Porém, apesar de recompensar os jogadores que estiverem dispostos a ir em cada canto do mapa, falta o fator curiosidade ou até mesmo dificuldade, para que os jogadores se sintam motivados a explorar.

Habilidades e Combate

Aletheia, a protagonista de Gestalt, possui um conjunto de habilidades que inicialmente impressiona pela sua fluidez e versatilidade. Ela é capaz de realizar saltos duplos, correr, e usar uma combinação de ataque corpo a corpo com sua espada e disparos com sua pistola. Esses movimentos são introduzidos de forma progressiva, permitindo que o jogador se adapte e amplie suas capacidades conforme avança no jogo. No entanto, essa progressão não é acompanhada de uma evolução significativa na complexidade das mecânicas de combate.

O combate, que deveria ser um dos pontos fortes do jogo, se revela relativamente superficial. Embora Aletheia tenha acesso a uma série de combos e habilidades que podem ser desbloqueadas através de um sistema de árvore de habilidades, muitas dessas opções se mostram pouco úteis na prática. As batalhas se baseiam principalmente em uma abordagem de “atacar e desviar”, com poucos momentos que realmente desafiem o jogador a utilizar toda a gama de habilidades disponíveis. A sensação de que as habilidades poderiam ter sido exploradas de maneira mais profunda e criativa é um desperdício, dado o potencial inicial da personagem.

Da pra ver que a Metamorphosis Games pretendia testar as habilidades dos jogadores em combate e plataformas, mas fiquei com a impressao que demorou demais para chegar nesse ponto. A experiência metroidvania resultante acabou sendo mediana e previsível, apesar da deslumbrante arte em pixel e da otima trilha sonora.

Conclusão de Gestalt: Steam and Cinder

Gestalt: Steam and Cinder é um jogo que, apesar de seu potencial e de uma estética visual marcante, não consegue entregar uma nova experiência. A promessa de uma nova abordagem ao gênero metroidvania é frustrada por uma jogabilidade que não oferece inovação suficiente e um design de níveis que não explora seu potencial ao máximo.

A exploração, embora visualmente impressionante, é prejudicada por um mundo excessivamente grande e mal aproveitado. As habilidades da personagem Aletheia, apesar de promissoras, não são suficientemente desenvolvidas para criar uma experiência de combate envolvente e, com isso, o jogo acaba sendo uma solida adicao ao genero metroidvania, mas nada muito alem disso.

No fim, Gestalt: Steam and Cinder acaba sendo indicado apenas para aqueles que são fãs do gênero, que apreciam a estética steampunk e que desejam uma experiência de jogo que segue a cartilha de como se fazer um metroidvania, já que falha em trazer inovações ao gênero.

Uma franquia que tem potencial

Visual, ambientação e gráficos - 7

7

Bom

No fim, Gestalt: Steam and Cinder acaba sendo indicado apenas para aqueles que são fãs do gênero, que apreciam a estética steampunk e que desejam uma experiência de jogo que segue a cartilha de como se fazer um metroidvania, já que falha em trazer inovações ao gênero.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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