
Joguei o beta fechado de Call of Duty: Black Ops 7 entre 2 e 5 de outubro e minha impressão é direta: parece um BO6 com uma skin nova para justificar uma nova compra. Há ajustes aqui e ali, mas a sensação de “jogo novo” é mínima — e o multiplayer escorrega para um ritmo punitivo e pouco convidativo para quem não vive CoD todos os anos, assim como no ano passado, quando o subtítulo da minha análise de Black Ops 6 na parte de multiplayer era “multiplayer feito para psicopatas”.
A minha experiência no multiplayer do COD deve contrastar fortemente com fãs da franquia. Mas, aqui é a opinião de alguém que não joga horas e horas de COD MP todo ano.
O que ficou igual (demais)
O que mais me chamou atenção, pela ausência de surpresa, foi como o núcleo da experiência permaneceu praticamente inalterado neste Black Ops 7. A identidade do tiro — aquele “feeling CoD” de resposta imediata, recuo previsível e feedback do hit claro — segue intacta, trazendo uma sensação de memória muscular para quem costuma jogar títulos da franquia. É competente, sim, mas é exatamente o mesmo degrau onde eu já estava em Black Ops 6. A “cara nova” não esconde as mesmas fundações. Os mapas do beta reforçam essa sensação: funcionais, de leitura rápida, desenhados no velho esquema de três rotas e com bom fluxo, porém raramente memoráveis. Cortex acabou sendo o único que me puxou de volta pela intensidade dos confrontos e pelos caminhos que favorecem brigas curtas e decisões rápidas.

Omnimovement e o muro invisível
A tal “novidade” deste ano, o Omnimovement expandido, é uma faca afiada dos dois lados. O wall jumping e as corridas na parede dão uma elasticidade à movimentação que funciona muito bem em trailers e naquels vídeos de highlights dos jogadores no Youtube. Nas mãos certas, muda o eixo do confronto. Você deixa de ser um alvo ao transpor obstáculo, mantém a arma ativa e cria ângulos que simplesmente não existiam. Na prática, porém, isso ergue um muro para quem não está treinado nesse balé acrobático. Me trouxe inclusive uma sensação ruim do pior COD que eu lembro de ter jogado, o Advanced Warfare.
Ritmo, matchmaking e o funil de audiência
Esse ritmo sufocante, no beta, soou agressivo. As lobbies cheias de apelões aparecem cedo, e a curva de dificuldade escala como se o jogo quisesse provar um ponto. Para o fiel escudeiro de CoD — aquele que conhece cada patch note, volta todo ano e treina movementação —, é um prato cheio. Para quem joga esporadicamente, prefere duelar na mira e busca partidas mais arejadas, a mensagem é outra: adapte-se depressa ou aceite as dezenas e dezenas de respawns como parte da experiência.

Modos: o clássico funciona, a novidade nem tanto
Os modos tradicionais entregam exatamente o que prometem, sustentados por uma cadência que recompensa ocupação de espaço e trocações rápidas. Sobrecarga, a novidade, tem uma boa ideia ao transformar o portador do dispositivo no ponto móvel de atenção do mapa e, em partidas coordenadas, rende embates tensos, rotações arriscadas e pequenas histórias dentro do round.
Nota rápida sobre Zombies: por motivos de falta de tempo, meu foco nesta resenha foi o multiplayer. Não testei Zombies neste beta.
O que esperar
A minha impressão final é a de um jogo tecnicamente sólido e perigosamente acomodado, apostando as fichas de não mexer no time que está ganhando. Black Ops 7 é um excelente Black Ops 6 — e isso diz muito sobre a qualidade do jogo anterior, mas também sobre a escassez de ambição. Se você vive CoD e adora empurrar o limite da movimentação, vai se sentir em casa e terá um teto alto para perseguir. Se chega de vez em quando, querendo um shooter que acolhe e desafia sem asfixiar, o beta parece mais um controle de acesso do que um convite.
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